Foi dito:
Percebe-se que, na verdade, o Prefeito Marcos Coelho considerou tímida a decisão do Congresso Nacional, pois atrai para municípios como Araguari e outros que investem recursos consideráveis em saúde pública pacientes de regiões menos assistidas, onde a prefeituras não proporcionam melhor atendimento à população. Não há como recusar atendimento a estes pacientes, que, em geral, são acolhidos em casas de parentes, passando-se por moradores de Araguari, com a cidade desempenhando papel de centro regional de saúde, com recursos estritamente municipais.
Fonte: Correio de Araguari
Tanto o jornal quanto o prefeito deveriam tomar maiores cuidados com certas afirmações. Eles não estão em palanque eleitoral diante de uma claque. Também, nós, eleitores, não somos desprovidos de cérebro, como eles parecem pensar. A impressão que passam é a de que todos nós estamos alheios à realidade da cidade.
Tanto o jornal quanto o prefeito deveriam tomar maiores cuidados com certas afirmações. Eles não estão em palanque eleitoral diante de uma claque. Também, nós, eleitores, não somos desprovidos de cérebro, como eles parecem pensar. A impressão que passam é a de que todos nós estamos alheios à realidade da cidade.
Ao noticiar que o município de Araguari irá gastar 27% de sua receita com ações e serviços de saúde, o jornal Correio de Araguari exagerou na dose afirmando, ainda, que Araguari é um "centro regional de saúde", que atrai pacientes de outras cidades. Ora, essa afirmação contraria flagrantemente a realidade vivida pelos usuários do SUS na cidade. Aqui, para ser atendido pelo sistema público de saúde, é comum as pessoas recorrerem à imprensa, à Polícia Militar e ao Ministério Público. Que "centro regional de saúde" é esse? Aliás, essa "informação" do Correio foi logo desmentida pelo recente episódio da gestante de trigêmios que, para ter atendimento adequado, teve que ser transferida para Patos de Minas, a 250 km daqui.
Assim, viver aqui é bom demais, desde que não precisemos dos serviços públicos de saúde.
2 comentários:
Dentro do Plano Diretor de Regionalização do SUS em MInas Gerais (PDR-SUS/MG), Araguari compõe, com outras cidades da região, a Macro-Região Triângulo Norte, cujo polo é Uberlândia.
Dentro da Macro-Região Triângulo Norte, existem duas Micro-Regiões, sendo Araguari o polo microregional de um deles.
Neste caso, Araguari é responsável (de acordo com o PDR-SUS/MG) pelo atendimento de sua própria população, além dos munícipes de Cascalho Rico e Indianópolis. Para garantir esse atendimento, existe a PPI (Pactuação Programada e Integrada) que define, em quantidade de procedimentos e valores, os recursos financeiros disponíveis e os tetos de atendimento. Havendo necessidade de encaminhar estas populações para o nível macroregional, o destino é Uberlândia.
Araguari não tem obrigação legal de atender pacientes de outros municípios, fora do desenho do PDR, exceto no caso das UTI's que estão contempladas na Central Regional de Regulação, que é quem coordena e comanda o fluxo.
Quando se ouve críticas ao SUS (geralmente pertinentes) desprovidas de conhecimento da estrutura físico-financeira do sistema, é preciso sempre esclarecer.
Por isso luto, há anos, pela regulamentação da Emenda Constitucional 29. Cabe, entretanto, à sociedade, através dos conselhos de saúde, comissão de saúde das câmaras municipais, entidades organizadas, imprensa, etc, fiscalizar a aplicação dos recursos e o funcionamento do sistema.
O sistema de saúde de Araguari me atrai, mas a atração por Uberlândia é muito superior. Chegar em Araguari com Uberlândia no horizonte?
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