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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Impactos da sociedade do espetáculo nas redes sociais e a necessidade de mudanças legislativas



No Brasil, a regulamentação das redes sociais tem se tornado um tema de discussão cada vez mais amplo e relevante. O Projeto de Lei 2630/2020, popularmente conhecido como o PL das Fake News, é uma iniciativa notável que busca estabelecer diretrizes para o uso das redes sociais e aplicativos de mensagens. Essa iniciativa legislativa lei propõe diversas medidas, incluindo a moderação de conteúdo pelas plataformas e a responsabilização civil e criminal daqueles que produzem ou disseminam informações falsas.

Nesse contexto, a necessidade de reformar a legislação para lidar de forma mais rigorosa com casos envolvendo fake news e ataques de haters que possam ter contribuído para situações trágicas, como suicídios, é uma questão de extrema importância e complexidade. A legislação brasileira já prevê punições para crimes como difamação, calúnia e injúria, porém, a aplicação dessas leis pode ser desafiadora em contextos que envolvem a internet e as redes sociais. Além disso, a regulação das redes sociais é um tema controverso, pois envolve questões cruciais como liberdade de expressão e privacidade dos usuários.

O caso da jovem Jéssica Canedo, de Araguari, é um exemplo doloroso de como a disseminação de fake news e os ataques nas redes sociais podem ter desdobramentos trágicos. Isso nos faz refletir profundamente sobre a necessidade de promover a empatia e evitar que tragédias semelhantes ocorram. A mudança começa com cada um de nós, e é fundamental que cada indivíduo contribua para a construção de uma sociedade mais solidária. É importante notar que, em meio à sociedade do espetáculo, onde a busca pelo sensacionalismo frequentemente obscurece a verdade e a compaixão, enfrentar esses desafios se torna ainda mais urgente.

sábado, 23 de dezembro de 2023

Transparência em questão: a presença do reitor do Imepac na reunião de Saúde em Araguari

 


De acordo com o repórter Lucas Thiago, no dia 13, a cidade de Araguari foi palco de uma reunião sobre a gestão da saúde municipal, na qual o objetivo principal era discutir a implementação de um sistema de informática destinado a evitar o "fura-fila". Na mesa de discussão, o prefeito de Araguari, Renato Carvalho, o promotor de justiça André Luís Alves de Melo, o presidente do Hospital Universitário Sagrada Família, José Júlio Lafayette, o delegado de polícia Rodrigo Fiorindo, o procurador-geral do município Leonardo Borelli, e secretários municipais.

No entanto, um questionamento intrigante surgiu: o que motivou a presença do senhor José Júlio Lafayette, reitor do Imepac, nessa reunião junto ao Ministério Público?

Essa dúvida levanta algumas considerações importantes. Em primeiro lugar, chama a atenção o fato de o Imepac, uma entidade privada, estar presente em uma reunião na qual a participação era esperada apenas de agentes públicos. Além disso, se a razão da presença do reitor estiver relacionada ao fato de o Hospital Universitário Sagrada Família, ligado ao Imepac, prestar serviços de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS), então outras empresas que atuam na mesma área também deveriam ter sido convidadas.

No entanto, a inquietação ultrapassa esses tópicos. Como explicar a decisão do Ministério Público de convidar ou permitir a participação de alguém em uma reunião cujo propósito era combater o desrespeito à fila de atendimentos do sistema de saúde pública, quando essa pessoa está sob investigação da Justiça Eleitoral por supostamente ter utilizado informações do banco de dados do Imepac em prol da candidatura do Major Renato?

Esse episódio levanta questões sobre a transparência do Ministério Público. A sociedade merece respostas claras sobre o andamento das investigações relacionadas à Operação Fura-Fila (leia aqui), os objetivos específicos dessa reunião e por que uma pessoa sob investigação por supostas irregularidades eleitorais no uso do cadastro de informações de usuários de serviços complementares do SUS foi convidada a participar de um encontro destinado a implementar um outro banco de dados de saúde pública.

Diante desses questionamentos, a transparência e a prestação de contas por parte do Ministério Público se tornam ainda mais necessárias para garantir a confiança da comunidade local.


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

ℂ𝕠𝕣𝕣𝕖𝕣𝕚𝕒 𝕕𝕖 ú𝕝𝕥𝕚𝕞𝕒 𝕙𝕠𝕣𝕒: ℙ𝕣𝕖𝕗𝕖𝕚𝕥𝕦𝕣𝕒 𝕥𝕖𝕟𝕥𝕒 𝕞𝕒𝕢𝕦𝕚𝕒𝕣 𝕡𝕣𝕒ç𝕒𝕤 𝕖𝕞 𝕣𝕖𝕗𝕠𝕣𝕞𝕒

 



𝐀𝐨𝐬 𝟒𝟓 𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨, 𝐚 𝐏𝐫𝐞𝐟𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐭á 𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐪𝐮𝐢𝐚𝐫 𝐚𝐬 𝐩𝐫𝐚ç𝐚𝐬 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚. 𝐀 𝐨𝐫𝐝𝐞𝐦 é 𝐫𝐞𝐭𝐢𝐫𝐚𝐫 𝐭𝐚𝐩𝐮𝐦𝐞𝐬 𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐮𝐥𝐡𝐨𝐬, 𝐞 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐠𝐫𝐚𝐦𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐧ã𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐩𝐚𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨. 𝐃𝐞𝐭𝐚𝐥𝐡𝐞: 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐭á 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐬𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨 𝐬ã𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐜𝐢𝐨𝐧á𝐫𝐢𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐆𝐨𝐥𝐝𝐞𝐧 𝐀𝐦𝐛𝐢𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥, 𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞𝐢𝐭𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐭𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐬𝐞𝐫𝐯𝐢ç𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐦𝐩𝐞𝐳𝐚 𝐮𝐫𝐛𝐚𝐧𝐚. 𝐄𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝐚𝐬 𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫𝐚𝐦 𝐦𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐫 𝐚𝐬 𝐩𝐫𝐚ç𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐦𝐢𝐫𝐚𝐦.

As decisões 'caridosas' de Toffoli: benefícios para a J&F e os juízes federais



𝐓𝐨𝐟𝐟𝐨𝐥𝐢 𝐞 𝐬𝐮𝐚 '𝐜𝐚𝐧𝐞𝐭𝐚 𝐦á𝐠𝐢𝐜𝐚' 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐚𝐧𝐨! 𝐀𝐧𝐮𝐥𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐑$ 𝟏𝟎 𝐛𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐚𝐜𝐨𝐫𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐞𝐧𝐢ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐉&𝐅 (𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐨𝐬𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐫𝐨 é 𝐚𝐝𝐯𝐨𝐠𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐠𝐫𝐮𝐩𝐨 𝐞𝐦 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐮𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐑$ 𝟏𝟓 𝐛𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬). 𝐀𝐥é𝐦 𝐝𝐢𝐬𝐬𝐨, 𝐧𝐮𝐦 𝐠𝐞𝐬𝐭𝐨 𝐠𝐞𝐧𝐞𝐫𝐨𝐬𝐨, 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐝𝐞𝐮 𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐀𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐉𝐮í𝐳𝐞𝐬 𝐅𝐞𝐝𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐞 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐨𝐮 𝐑$ 𝟏 𝐛𝐢𝐥𝐡ã𝐨 𝐞𝐦 '𝐩𝐞𝐧𝐝𝐮𝐫𝐢𝐜𝐚𝐥𝐡𝐨𝐬' 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐚𝐠𝐢𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐟𝐞𝐝𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐮𝐣𝐨 𝐩𝐚𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐡𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐬𝐢𝐝𝐨 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐓𝐫𝐢𝐛𝐮𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐔𝐧𝐢ã𝐨.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Denúncia de falta de transparência em licitações em Araguari



O Ministério Público de Contas (MPC) apresentou uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) devido à falta de transparência nos procedimentos de licitação no site do município de Araguari. Após analisar a defesa do prefeito Renato Carvalho Fernandes, a 1ª Coordenadoria de Fiscalização Municipal concluiu que a Prefeitura não disponibilizou todos os contratos para download em seu site, mas não aplicou sanções devido à falta de erro flagrante e à presença de um link para o site "Licitanet".

Posteriormente, a 1ª Coordenadoria revisou sua posição e recomendou a publicação de todos os documentos relacionados às licitações online. O MPC, então, enviou uma recomendação à Prefeitura de Araguari em 6/6/2022, o que significa que o órgão está ciente da irregularidade há mais de um ano. De acordo com o MPC, isso justifica a aplicação de sanções ao prefeito por não divulgar os contratos formalizados em tempo hábil.

Como resultado dessa denúncia, e devido à irregularidade na falta de transparência na disponibilização dos contratos no site da Prefeitura Municipal de Araguari e no Portal da Transparência, em violação à Lei nº 12.527/2011, o Ministério Público pediu que o prefeito Municipal Renato Carvalho Fernandes seja condenado a pagar uma multa. O processo agora está aguardando julgamento pelo TCEMG.

Saiba mais...

A necessidade de transparência é fundamentada em diversos dispositivos legais. O artigo 216, parágrafo 2º, da Constituição Federal confere à administração pública a responsabilidade de gerir a documentação governamental e garantir seu acesso a todos que dela necessitem.

Além disso, a Lei nº 12.527/2011 estabelece que informações e documentos relacionados a processos licitatórios devem ser divulgados nos sites eletrônicos das entidades. O artigo 8º, parágrafo 1º, inciso IV, dessa lei ressalta a importância da inclusão dos editais, resultados e todos os contratos celebrados.

Leis posteriores, como o artigo 39 da Lei nº 13.303/2016 e o artigo 91 da Lei nº 14.133/2021, também exigem a divulgação de documentos relacionados a procedimentos licitatórios em portais específicos na internet, a menos que haja sigilo.

Por fim, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais já (TCEMG) estabeleceu a obrigatoriedade da divulgação de informações e documentos produzidos pelo Estado, sem necessidade de solicitação, conforme a decisão na Denúncia 1.101.710, julgada em 30/8/2022 pela Segunda Câmara.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Jornalismo em risco: solidariedade ao Bruno Barreto


É com profunda preocupação que acompanhamos as recentes ameaças proferidas pelo Policial Militar da reserva Wendel Lagartixa ao jornalista Bruno Barreto. Em momentos como este, é extremamente necessário reafirmar os princípios que sustentam nossa sociedade democrática: a liberdade de expressão e o direito à informação.

A liberdade de expressão é o alicerce da democracia, que permite que vozes diversas se façam ouvir, enriquecendo o debate público e promovendo a transparência. O direito à informação é essencial para que os cidadãos estejam bem informados e capacitados a tomar decisões conscientes em relação aos assuntos que afetam suas vidas.

Neste momento, expressamos nossa solidariedade ao editor do Blog do Barreto e apoiamos o apelo do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte e da Federação Nacional dos Jornalistas para que as autoridades investiguem as ameaças feitas. A impunidade não pode prevalecer quando se trata de intimidar aqueles que desempenham um papel crucial na disseminação da verdade e na busca pela justiça.

No Observatório de Araguari, reafirmamos nosso compromisso com a defesa da liberdade de imprensa e a promoção de um ambiente onde os jornalistas possam exercer seu trabalho de forma segura e livre de ameaças. É dever de todos nós zelar pelo respeito aos direitos fundamentais que sustentam nossa sociedade e nossa democracia. Unidos, podemos garantir que a voz da verdade continue a ecoar alto e claro.



segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Natal Luz 2023: ADICA leva denúncia ao TCE-MG

 



A Associação do Direito e da Cidadania de Araguari (ADICA) formalizou uma denúncia junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) referente ao Pregão Presencial nº 106/2023 e à Ata de Registro de Preços nº 260/2023, celebrados entre a Prefeitura de Araguari e a empresa Radiante Materiais Elétricos Ltda. para o fornecimento de materiais elétricos e serviços relacionados à ornamentação do evento "Natal Luz 2023".

A ADICA também solicitou ao TCE-MG a análise da regularidade de outros procedimentos licitatórios, adesões a atas de registros de preços e contratos relacionados à aquisição de materiais elétricos não somente com a Radiante, mas também com as empresas Goias Led Materiais Elétricos e Construção Eireli, Delvalle Materiais Elétricos Ltda - ME e Eletrica Luz Comercial de Materiais Elétricos Ltda.

Os principais indícios de irregularidades apresentados pela associação na denúncia incluem:

- suspeitas de irregularidades envolvendo a Radiante Materiais Elétricos Ltda. em licitações feitas por municípios goianos;

- medidas preventivas adotadas pela Controladoria Geral do Município (CGM) de Goiânia-GO em relação a empresas desse grupo;

- atuação das empresas Radiante e Elétrica Luz no Pregão nº 106/2023;

- baixa competitividade do certame, com apenas uma empresa apresentando proposta;

- ausência de justificativa razoável para a escolha do pregão presencial em vez do eletrônico, que poderia ampliar a concorrência;

- vícios na pesquisa de preços.

A denúncia foi encaminhada pelo TCE-MG ao Conselheiro Durval Angelo, que será o responsável por relatar o processo. 

Observação

O Observatório de Araguari não apenas tem como objetivo fomentar a transparência e a responsabilidade na administração pública, mas também está comprometido em defender valores fundamentais da democracia, incluindo a liberdade de expressão e o direito à informação da sociedade. Como reflexo desse compromisso, o Observatório está disposto, havendo interesse, a ouvir todas as pessoas mencionadas na postagem.

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