Foto: Divulgação. |
O Ministério Público de Contas de Minas Gerais (MPC-MG) instaurou um inquérito para investigar denúncias de interferência política e prática de “fura-fila” no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da região Norte do estado. Segundo documentos recebidos pelo órgão, a Central de Regulação do serviço estaria sofrendo pressões externas, comprometendo o atendimento e alocação das unidades móveis.
A investigação, iniciada em 1º de novembro, também analisará possíveis irregularidades na transparência e gestão de recursos públicos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (CISRUN), responsável pelo SAMU em 84 municípios. Informações preliminares indicam que a falta de clareza no uso dos recursos pode estar prejudicando o serviço e impactando diretamente o atendimento prioritário de casos urgentes.
A estrutura do CISRUN inclui uma Central de Regulação de Urgências e 44 bases descentralizadas, com um total de 60 unidades móveis, entre Unidades de Suporte Básico e Avançado, além de duas motolâncias e um helicóptero em parceria com o Corpo de Bombeiros. O financiamento do serviço é tripartite, contando com recursos federal, estadual e municipal. No entanto, há suspeitas de que a aplicação e a transparência desses fundos não estão sendo devidamente publicizadas.
O procurador Glaydson Santo Soprani Massaria destacou que, em consulta realizada no Portal da Transparência do CISRUN em 31 de outubro, não foi encontrada qualquer informação, o que configura uma violação à Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11). A investigação ocorre em um momento crítico para o consórcio, que está em processo de escolha de um novo presidente para o próximo biênio.
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