De acordo com o repórter Lucas Thiago, no dia 13, a cidade de Araguari foi palco de uma reunião sobre a gestão da saúde municipal, na qual o objetivo principal era discutir a implementação de um sistema de informática destinado a evitar o "fura-fila". Na mesa de discussão, o prefeito de Araguari, Renato Carvalho, o promotor de justiça André Luís Alves de Melo, o presidente do Hospital Universitário Sagrada Família, José Júlio Lafayette, o delegado de polícia Rodrigo Fiorindo, o procurador-geral do município Leonardo Borelli, e secretários municipais.
No entanto, um questionamento intrigante surgiu: o que motivou a presença do senhor José Júlio Lafayette, reitor do Imepac, nessa reunião junto ao Ministério Público?
Essa dúvida levanta algumas considerações importantes. Em primeiro lugar, chama a atenção o fato de o Imepac, uma entidade privada, estar presente em uma reunião na qual a participação era esperada apenas de agentes públicos. Além disso, se a razão da presença do reitor estiver relacionada ao fato de o Hospital Universitário Sagrada Família, ligado ao Imepac, prestar serviços de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS), então outras empresas que atuam na mesma área também deveriam ter sido convidadas.
No entanto, a inquietação ultrapassa esses tópicos. Como explicar a decisão do Ministério Público de convidar ou permitir a participação de alguém em uma reunião cujo propósito era combater o desrespeito à fila de atendimentos do sistema de saúde pública, quando essa pessoa está sob investigação da Justiça Eleitoral por supostamente ter utilizado informações do banco de dados do Imepac em prol da candidatura do Major Renato?
Esse episódio levanta questões sobre a transparência do Ministério Público. A sociedade merece respostas claras sobre o andamento das investigações relacionadas à Operação Fura-Fila (leia aqui), os objetivos específicos dessa reunião e por que uma pessoa sob investigação por supostas irregularidades eleitorais no uso do cadastro de informações de usuários de serviços complementares do SUS foi convidada a participar de um encontro destinado a implementar um outro banco de dados de saúde pública.
Diante desses questionamentos, a transparência e a prestação de contas por parte do Ministério Público se tornam ainda mais necessárias para garantir a confiança da comunidade local.
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