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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O jabuti e a campanha eleitoral


O que mais me impressiona é o fato de alguns funcionários públicos trabalharem mais na campanha eleitoral do que no serviço público propriamente dito. Não é pra isso que pagamos os salários deles. Tá na hora de repensar Araguari. É preciso uma reforma administrativa drástica. Necessário reduzir, e muito, o número de cargos comissionados, alguns verdadeiramente inúteis. 

Duvido que algum candidato, depois de eleito, tenha peito para enfrentar essa questão. Ungido pelas urnas, qualquer um deles terá que pagar tanta dívida com os apoiadores de campanha que não sobrará tempo de governar para o povo. Como sempre, haverá muitos jabutis em cima das árvores do Palácio dos Ferroviários.

Oportunismo?!


Gostaria de saber por que essas denúncias de falcatruas do Marcão e de sua turma (ainda não estou chamando de quadrilha) só são feitas no período eleitoral? Onde estavam os vigilantes oposicionistas durante o mandato? Todas essas malandragens foram praticadas nos últimos três anos e nove meses. Algumas delas contaram com a aprovação da Câmara. Portanto, eram de conhecimento dos senhores vereadores (dois deles são, inclusive, candidatos a prefeito). Por que não denunciaram na época? Agora, têm interesse em que o político supostamente corrupto não seja reeleito. Por que, então, não tentaram afastá-lo, legalmente, do poder à época? Oportunismo?! E o interesse público?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Prefeito Marcos Coelho teria favorecido filhos

Reportagem do jornal "O Tempo" (clique aqui para ler) traz a seguinte notícia desagradável para os araguarinos:
Alegação. Marcos Coelho, que tenta a reeleição,
afirmou que pensa apenas no "progresso da cidade"

 

O prefeito de Araguari, no Triângulo Mineiro, Marcos Coelho (PMDB), é suspeito de alterar o projeto de asfaltamento da cidade, o Plano Comunitário, para beneficiar um empreendimento localizado no bairro Novo Horizonte e que pertence aos filhos do administrador. O peemedebista é candidato à reeleição.

Coelho levou o asfalto para as proximidades do estacionamento, que gera lucro mensal de R$ 360 mil. O Ministério Público em Araguari informou que acompanha o caso, mas que espera uma representação, ainda que anônima, para iniciar investigação.

A mudança no Plano Comunitário só foi possível depois de uma série de manobras. O local, que era considerado área rural, teve o seu perímetro transformado em área urbana para receber as verbas para a pavimentação e o asfaltamento de dois quilômetros.

A segunda mudança que permitiu a obra foi a alteração do projeto de acesso de caminhões de carga à subsidiária da Vale, recém-instalada na cidade. O projeto inicial, de autoria da própria mineradora, previa o investimento de R$ 3 milhões no trajeto. A proposta era de construção de
uma rodovia entre a BR-050 e a subsidiária.

Com a mudança do caminho determinada pela prefeitura, os caminhões, até chegar à Vale, têm que passar por dentro do bairro e, consequentemente, pelo estacionamento da família do prefeito antes de serem descarregados. Os moradores do bairro reclamam de ter que conviver com o tráfego diário de 600 carretas.

Procurado pela reportagem, Marcos Coelho não negou que o estacionamento pertença à família e desligou o telefone no meio da entrevista, sem responder quanto foi gasto na obra. "Só penso no progresso da cidade", afirmou.

Frustração. A chegada do asfalto tão esperada pelos moradores do Novo Horizonte se transformou em um pesadelo. Há nove meses, eles têm que conviver com o trafego diário das carretas carregadas de minério. O comerciante José Eustáquio de Araújo lembra que um atropelamento terminou com a morte de uma jovem de 32 anos. "Presenciei essa tragédia, e o que vemos é que outra pode acontecer a qualquer momento", disse.

A Polícia Militar informou que o bairro não tem estrutura para abrigar esse trânsito. "No último ano, o número de ocorrências, como atropelamentos e roubos, cresceu 55%. Os congestionamentos são comuns. A solução seria o cumprimento do projeto inicial de uma rodovia passando diretamente da BR-050 para a Vale", disse um militar, que pediu anonimato.

Em agosto, a Vale, em uma audiência com o promotor André Luis Alves de Melo, se comprometeu a melhorar as condições da via. A empresa informou que está investindo em sinalização.


Pitaco do Blog

A construção do terminal da Vale em Araguari trouxe inegáveis benefícios à cidade. Isso não se discute.
Entretanto, os negócios envolvendo a instalação do terminal sempre foram cercados de dúvidas. A começar pelo fato de o imóvel ter sido comprado pela Vale junto ao irmão do prefeito Marcos Coelho. De plano, esse tipo de operação suscitou diversos questionamentos: i) o prefeito sabia dessa transação e de alguma forma dela participou? ii) houve mudança de destinação da área passando-a de rural para urbana?; iii) esse negócio causou valorização ao restante do imóvel pertencente ao irmão do prefeito?
A essas dúvidas iniciais soma-se, agora, o noticiado pelo jornal O Tempo. As peças vão se encaixando no quebra-cabeças. O prefeito Marcos Coelho, cuja honestidade é tão divulgada pelos seus correligionários, tem muito o que explicar à população araguarina. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eleição ganha? De lavada?


Cássio Genaro

A inteligência do eleitor é posta à prova todos os dias durante a eleição, é fato. Como fui considerado um pseudo-intelectual, um derrotista e “coisa e tal” por parte de um cabo eleitoral de um determinado candidato, resolvi acompanhar de perto como anda a disputa eleitoral em Araguari, através dos dispositivos ao alcance de todo o eleitorado. Talvez, pelos atributos citados acima, ao ouvir hoje, no rádio, os programas dos candidatos, me senti ora convencido, ora subestimado. A percepção individual de certas coisas “é fogo”.

De um lado, quem busca a reeleição aborda e responde alguns dos questionamentos feitos anteriormente, no decorrer da campanha, pelo seu adversário. Do outro lado, em especial, hoje, um deboche de extremo mau-gosto ao atual governo e ao eleitorado de forma geral, com um programa vazio, sem conteúdo. Uma perda de tempo pro eleitor que não se vende, mas busca conhecer melhor cada candidato para fazer
a sua escolha.

Não posso defender um governo que poderia ter feito muito mais pela cidade, assim como todos os outros que o antecederam. Seja na saúde, infraestrutura, habitação etc. Algumas críticas que ocorrem durante o processo eleitoral são válidas e tenho, mesmo que na minha pseudo-intelectualidade (e questionados sensos de coletividade e inteligência), que concordar e apoiar. A cidade precisa melhorar, sempre!

De outro lado, não posso confiar em um candidato, cujo “time” já fez história na cidade. E não muito boa, por sinal (percepção e opinião particular). A gestão que antecedeu o atual governo, que em partes apoia a “mudança”, cometeu erros que comprometeram muitos setores da cidade. O “assunto da eleição”, que é a saúde, é um exemplo disso. Foi construído um hospital que não funcionou, e pelo visto não funcionará. Estão usando de propostas mirabolantes e impraticáveis para tentar convencer o eleitor. A minha dúvida, como eleitor é: se eleitos, como ( $ - financeiramente ) farão isso tudo? Se fosse uma coisa que bastasse “boa vontade” já não teria sido feito? Mas “não entendo”, sou “derrotista” e “burro”.

Ataques pessoais entre candidatos, verdades – e inverdades – fazem parte do jogo político, da busca pelo voto, isso é sabido por todos, há tempos. O que me incomoda – como eleitor – é o descaso e a capacidade de subestimar a inteligência do eleitorado, com mentiras, “historinhas” e o canto de “eleição ganha”.

Nessa disputa para prefeito, me sobraram dois candidatos.
Longe de promover uma discussão, aqui, exponho apenas a minha opinião (até porque, geralmente quem é contrário à opinião alheia não a respeita): essa “mudança” não me convence.


Texto postado originalmente pelo autor no Facebook.


Eleitorado consciente mudaria tudo

Caminhamos para mais um ritual da embromação dita democrática --- as eleições municipais --- sem que surja no horizonte qualquer movimento de conscientização dos eleitores.

Nem a propaganda bancada pelos contribuintes, como as próprias campanhas eleitorais, a cargo da justiça eleitoral, toca na parte mais importante do processo: a de que os eleitos serão funcionários públicos.

Quem vence uma eleição ocupa lugar semelhante a alguém que consegue um cargo de confiança numa empresa. E teria de prestar contas aos eleitores e a todos os contribuintes, os donos do dinheiro.

As propagandas feitas pela justiça eleitoral que já ouvi e vi até agora não tocam nesse ponto. Falam de voto consciente, da importância da democracia e até da ficha limpa.

A grande massa do eleitorado --- o voto é uma obrigação, é sempre bom lembrar --- desconhece o funcionamento dos esquemas de lobby que influenciarão os eleitos.

Os grupos de pressão começam a atuar já no financiamento das campanhas eleitorais. São esses grupos os verdadeiros “donos” dos mandatos dos ocupantes de cargos públicos eletivos.

Quanto menos pessoas souberem como a dita representação popular funciona, mais as elites comandarão o funcionamento das chamadas máquinas públicas.

Em síntese, é o dinheiro de todos beneficiando os grupos pequenos e privilegiados de sempre.

Nem a justiça eleitoral tem interesse em contribuir para esclarecer o cidadão. Até porque ela própria faz parte da turma do andar de cima.

É lamentável que isso aconteça, leitor. Até onde a vista alcança, a embromação continuará. E o que assistimos nada mais é do que a obrigatoriedade de o eleitor legitimar uma democracia de fachada.

Embora as eleições sejam municipais --- votações de dois em dois anos só interessam aos próprios políticos e seus apaniguados --- cito aqui exemplos de lobby em Brasília.

Grandes empresas e corporações mantêm mansões às margens do Lago Paranoá, área nobre de Brasília, para receber parlamentares e autoridades. São contatos em que os lobistas fazem valer os interesses de suas turmas.

O eleitor comum, terminada a votação, vai cuidar da vida. E ainda ouve observações absurdas, como a de que se errar nas urnas, só terá oportunidade de corrigir isso nas próximas eleições.

É como se um empresário só pudesse contratar funcionários de tempos em tempos e não tivesse nenhum mecanismo de “enquadrar” quem para ele trabalha durante o período.

Então, forma-se o círculo vicioso. Ao eleitor sem informação e formação está reservada apenas a condição de enganado. Sempre.

Transcrito do Blog do Valdeci Rodrigues



PELA DIALÉTICA


 Antônio Carlos Soares Ribeiro*

Agora as profissões de  ENGRAXATE,  ENGENHEIRO e deEMPRESÁRIO, dignas, como todas as outras, de nosso respeito, encontram-se à luz dos  holofotes.  
Certo é que, a primeira atividade, para o seu LUSTRO e de SEUS CULTORES, há de se dominar as técnicas do ENGRAXAR BEM, de tal forma que os PASSOS e seus NEGÓCIOS ANDEM A CONTENTO.
Pela segunda, o profissional tem a oportunidade de dominar as técnicas da engenharia, aprender o uso correto da LÍNGUA PÁTRIA e estudar o seu CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL, cujo DESRESPEITO, como o assinar projetos de engenharia com fins censuráveis, principalmente político, rende-lhe o TROFÉU  “O CANETINHA”.
A derradeira, a de empresário, tem, ACIMA DE TUDO, como princípio basilar, O TOMAR  DECISÕES, SOBRETUDO, VISANDO LUCRO.
Assim, SEM SABEDORIA, com as técnicas do ENGRAXATE, sem conhecimento da LÍNGUA PÁTRIA, FALTOSO COM O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL E, SOBRETUDO, CALCADO NOS OBJETIVOS DE UM EMPRESÁRIO, chegar a gestor público  é, subjetivamente, conviver com o embate entre o capital lucrativo e o que se destina a financiar o humanismo.

Por tudo, é dar lugar à ESQUIZOFRENIA, o indivíduo perde o  contato com a realidade, principalmente, na interlocução,  fica com um olhar perdido, fecha em si mesmo e torna-se indiferente a  tudo ao que realmente passa ao seu redor,  apático, sem qualquer calor humano.

Afinal, COINCIDÊNCIAS A PARTE, O QUE LEVA UM INDIVÍDUO, COM ESTE PERFIL,  TORNAR-SE UM GESTOR PÚBLICO? Enfim, a  QUALIFICAR-SE COMO UM ADMINISTRADOR DIFERENCIADO? Em homenagem à Dialética, valho-me de William Sheakespeare, em Hamlet:
"Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia.”

*Engenheiro e Advogado

domingo, 9 de setembro de 2012

Carrinho de compras: Presidência gasta R$ 30 mil com Tv por assinatura

Dyelle Menezes
Do Contas Abertas
O carrinho de compras desta semana inicia-se com a Secretaria de Administração da Presidência da República. A Pasta reservou R$ 30 mil para a contratação de empresa especializada na instalação e prestação de serviço continuado de TV por assinatura com recepção via satélite. A empresa contratada foi a SKY Brasil Serviços Ltda e os serviços devem ser prestados nas dependências do complexo da Presidência da República.
A Presidência reservou, ainda, R$ 17,1 mil para a compra de 520 kg de adubo químico, 37 toneladas de adubo animal (húmus de minhoca a granel) e 200 litros de fertilizante natural. A Pasta desembolsou outros R$ 500 mil para locação de veículos leves e pesados, com e sem motorista, para as regiões Sul e Sudeste. 
A Câmara dos Deputados, por sua vez, reservou R$ 6 mil para o fornecimento de duas unidades de aquecedor elétrico de acumulação vertical com capacidade de 200 litros. O pedido foi realizado pela Coordenação de Habitação da Casa.
A Casa também empenhou R$ 20,9 mil para o fornecimento de 15 cronômetros regressivos de parede, devendo  desembolsar, ainda, R$ 7,6 mil coma compra de 40 pastas para o curso de mestrado em Poder Legislativo.
O Senado Federal não ficou atrás e empenhou R$ 21 mil para adquirir 20 camas do tipo Box. Metade da compra teve preço unitário de R$ 1,1 mil e a outra metade de R$ 949,90. A diferença das camas está nas medidas (largura e comprimento).
A Secretaria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reservou R$ 4,2 mil para a compra de uma cafeteria elétrica. A máquina, que produz café expresso, possui moedores de cerâmica, dosador de café ajustável multidimensional, personalização de, no mínimo, seis tipos de bebidas, interface personalizada com um toque, conjunto de preparo do café, seletor de nível de leite e espuma, aplicação integrada automática de leite, recipiente removível e circuito de enxágue automático do café e do leite, com remoção de impurezas.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai desembolsar R$ 148,5 mil com mobiliário. O valor inclui a compra de três mesas de trabalho e atendimento (R$ 31,8 mil), seis gaveteiros volantes (R$ 7,8 mil), três mesas de reunião (R$ 35,6 mil), três estantes para livros sem portas (R$ 30,3 mil), seis estantes para livros com portas (R$ 34,7 mil) e três mesas de apoio para computador (R$ 8,2 mil).
Já o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) gastou R$ 2 mil para compra de 120 carteiras de couro vermelhas para juízes. A Corte reservou ainda R$ 3,6 mil para adquirir mil toalhas de rosto. As peças são na cor branca e devem ser entregues em 30 dias.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República fecha o carrinho de compras desta semana com a aquisição de três fragmentadores de papel, que custaram R$ 3,1 mil cada.
Confira aqui as notas de empenho
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.

Transcrito do Portal Contas Abertas.

Pitaco do Blog
A população tem o direito de saber como são gastos os recursos públicos. Nesse ponto, o Portal da Transparência da União é um exemplo. Mas, nem todos os entes federativos são transparentes. Araguari, por exemplo, está descumprindo a legislação que cuida do assunto.
Espera-se que, um dia, os governantes de Araguari se sensibilizem a ponto de disponibilizar os gastos do município no Portal da Transparência. Venho solicitando isso há tempos. Sem êxito, denunciei o fato ao Tribunal de Contas do Estado. Em breve, esses governantes avessos à transparência poderão ser obrigados a divulgar dados que deveriam ser públicos.

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