A inteligência do eleitor é posta à prova todos os dias durante a eleição, é fato. Como fui considerado um pseudo-intelectual, um derrotista e “coisa e tal” por parte de um cabo eleitoral de um determinado candidato, resolvi acompanhar de perto como anda a disputa eleitoral em Araguari, através dos dispositivos ao alcance de todo o eleitorado. Talvez, pelos atributos citados acima, ao ouvir hoje, no rádio, os programas dos candidatos, me senti ora convencido, ora subestimado. A percepção individual de certas coisas “é fogo”.
De um lado, quem busca a reeleição aborda e responde alguns dos questionamentos feitos anteriormente, no decorrer da campanha, pelo seu adversário. Do outro lado, em especial, hoje, um deboche de extremo mau-gosto ao atual governo e ao eleitorado de forma geral, com um programa vazio, sem conteúdo. Uma perda de tempo pro eleitor que não se vende, mas busca conhecer melhor cada candidato para fazer
a sua escolha.
Não posso defender um governo que poderia ter feito muito mais pela cidade, assim como todos os outros que o antecederam. Seja na saúde, infraestrutura, habitação etc. Algumas críticas que ocorrem durante o processo eleitoral são válidas e tenho, mesmo que na minha pseudo-intelectualidade (e questionados sensos de coletividade e inteligência), que concordar e apoiar. A cidade precisa melhorar, sempre!
De outro lado, não posso confiar em um candidato, cujo “time” já fez história na cidade. E não muito boa, por sinal (percepção e opinião particular). A gestão que antecedeu o atual governo, que em partes apoia a “mudança”, cometeu erros que comprometeram muitos setores da cidade. O “assunto da eleição”, que é a saúde, é um exemplo disso. Foi construído um hospital que não funcionou, e pelo visto não funcionará. Estão usando de propostas mirabolantes e impraticáveis para tentar convencer o eleitor. A minha dúvida, como eleitor é: se eleitos, como ( $ - financeiramente ) farão isso tudo? Se fosse uma coisa que bastasse “boa vontade” já não teria sido feito? Mas “não entendo”, sou “derrotista” e “burro”.
Ataques pessoais entre candidatos, verdades – e inverdades – fazem parte do jogo político, da busca pelo voto, isso é sabido por todos, há tempos. O que me incomoda – como eleitor – é o descaso e a capacidade de subestimar a inteligência do eleitorado, com mentiras, “historinhas” e o canto de “eleição ganha”.
Nessa disputa para prefeito, me sobraram dois candidatos.
Longe de promover uma discussão, aqui, exponho apenas a minha opinião (até porque, geralmente quem é contrário à opinião alheia não a respeita): essa “mudança” não me convence.
Texto postado originalmente pelo autor no Facebook.
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