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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Médico é denunciado por receber R$ 600 mil sem trabalhar no RS


Caso aconteceu no Hospital Universitário da cidade de Santa Maria.
Outros três médicos foram indiciados por não denunciarem o caso.


Quatro médicos da cidade de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por estelionato, falsidade ideológica e condescendência criminosa. Um deles foi denunciado por receber R$ 600 mil em um período de 3 anos sem trabalhar. Os outros três eram seus chefes, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo).

O caso aconteceu no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) e chegou ao MPF através de denúncia anônima. De acordo com a investigação, entre janeiro de 2007 e maio de 2010 o médico teria recebido R$ 600 mil como plantonista da UTI adulta do hospital.

Os outros dois indiciados ocuparam o cargo de chefe da UTI e foram denunciados por estelionato e falsidade ideológica. A acusação que recai sobre o diretor clínico do mesmo hospital é de condescendência criminosa, pois teria deixado de responsabilizar os funcionários que teriam cometido a fraude.

"Todo mês, apesar do seu não comparecimento no mês anterior, ele constava nas escalas de plantão do mês seguinte. Os outros réus assinavam e encaminhavam essa lista de plantão e deveriam ter tomado providências", disse Harold Hoppe, procurador da república.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o médico chegou a pedir o afastamento do cargo por duas vezes alegando que teria que fazer um curso fora de Santa Maria, mas teve o pedido negado devido à falta de profissionais.

O advogado do médico disse que seu cliente tinha autorização para se ausentar. Os advogados dos chefes da UTI alegaram que ambos não tinham a função de fiscalizar o trabalho do médico. O representante do diretor clínico não quis se manifestar.

Transcrito do Portal G1

Clique aqui e veja a reportagem.



Pitaco do Blog

Infelizmente, esse tipo de prática não é tão incomum no Brasil. Reportagens noticiando essas irregularidades em unidades públicas de saúde vêm se tornando frequentes. No meu dia-a-dia, no Tribunal de Contas do DF, venho constatando a repetição de problemas semelhantes no serviço público em Brasília.

É preciso que a população esteja atenta. Necessário que denuncie a falta de médicos ou a demora no atendimento em unidades de saúde. Essas deficiências na prestação de serviço podem ser ocasionadas justamente por irregularidades no cumprimento das jornadas de trabalho por parte de alguns profissionais de saúde.

Como fiscalizar? Em Araguari, por exemplo, temos profissionais de saúde que acumulam cargos nas unidades de saúde do município e em outros órgãos públicos (INSS, Universidade Federal de Uberlândia, Presídio, etc.). Além disso, alguns podem atuar em clínicas e hospitais particulares. Logo, é possível verificar se alguns desses profissionais estão atendendo em seus consultórios no horário em que deveriam estar trabalhando em um posto de saúde, por exemplo.

Precisamos dar um basta nessa situação. Não podemos deixar o problema se alastrar. Inexplicavelmente, o serviço público de saúde está se deteriorando rapidamente, na mesma proporção em que o setor privado e alguns médicos (na verdade, empresários) se enriquecem. É claro que todos têm o direito de "ganhar dinheiro". Entretanto, essa busca não pode ser feita contrariando as leis e penalizando a população mais carente, que necessita do Sistema Único de Saúde.



20 comentários:

Unknown disse...

No ano 2000, participei de auditoria na fundação que administra o Hospital de Clinicas da UFU, em Uberlândia-MG.

Constatamos e comprovamos, dentre outras irregularidades e ilegalidades, esse tipo de prática. Por exemplo: um médico constou na escala de plantão (e recebeu o pagamento) no mesmo dia em que participou de um seminário em Londrina-Paraná.

O parecer da auditoria foi encaminhado, pelo então reitor da UFU, ao Ministério Público Federal.

Até hoje, 12 anos após o ocorrido, não há notícia de uma punição sequer, a quem quer que seja.

Aristeu disse...

Não basta as mazelas de casa rerigueriana? Observatório Nacional?

Anônimo disse...

Em Araguari, ouvi dizer que o Dr. Eduardo Braga, ganhava R$28000,00 quando trabalhava na Sec de Saúde no governo Alvim. É brincadeira? Tb a Dra. Eliane, irmã da Dra. Vereadora Eunice deve ganhar uma bolada!!! Não é qualquer um que é irmã de vereadora e médica da prefeitura né? quem pode pode!!!

Unknown disse...

Sobre parte da gestão do ex-prefeito Marcos Alvim, em relação ao setor de saúde, posso comentar, mesmo que a provocação tenha vindo de postagem anônima. É questão de consciência cívica com período em que prestei serviços ao município de Araguari.

De janeiro/2005 a março/2008, durante minha gestão na saúde, o Dr. Eduardo Henrique Marques Braga desempenhou (e com extrema competência e zelo) a função de diretor médico da Secretaria de Saúde, nomeado pelo prefeito.

A remuneração do diretor médico, naquele período, salvo engano, era de R$ 2.000,00 (dois mil reais)brutos. O salário do secretário, naquele período, era de R$ 3.000,00 (três mil reais) brutos.

Como servidor concursado, o médico também atendia plantões (à noite e nos finais de semana) no Pronto Socorro Municipal, mediante escala feita pelo diretor clínico do PSM e remuneração autorizada em lei.

O controle da folha de pagamentos da prefeitura era responsabilidade da Secretaria de Administração.

Por outro lado, os dados da folha de pagamentos, a exemplo de qualquer outro ato do Poder Executivo, são de domínio público.

Portanto, qualquer informação por "ouvir dizer" poderá ser confirmada, ou não, mediante simples requerimento à Prefeitura de Araguari, protocolado por qualquer cidadão, na forma da lei.

Não me ocupo, aqui, de refutar nem criticar a postagem anônima.

Apenas presto esclarecimentos à população, visto que não deixei rabo preso com ninguém.

Anônimo disse...

Mulher do Raul diz: Meu marido acorda 11 horas da manhã

Anônimo disse...

entao piorou porque diz que antes ele acordava as 10

Anônimo disse...

KKK .. ENTAO RAUL TA MELHORANDO, ANTES DIZEM QUE ELE ACORDAVA AS DUAS DA TARDE, ATE MEIO DEPRESSIVO, POIS NAO TINHA NADA O QUE FAZER.

Anônimo disse...

Nada pra fazer porque os negocios do pai tudo com intervençao judicial e o cara nao é chegado a pegar no batente

Anônimo disse...

Porque Marcos Alvim ta escondidinho e nao aparece no apoio do 11? porque fez hospital que nao funciona e ta processado na justiça federal? porque se era tao amigo do governador nao fez a policlinica? porque o Werley Macedo nunca fez nada que prestasse pra cidade?

Mirian disse...

Engraçado terceirizaram a farmácia para a máfia da Home Care, pagavam mais de R$25.000,00 há alguns médicos apadrinhados (o teto nacional na época era em torno de 16.000 e o teto no município é o salário do prefeito, que era R$9.000) e ainda vêm dar uma de bonzinhos aqui!!!

Unknown disse...

REPETINDO:

"Portanto, qualquer informação por "ouvir dizer" poderá ser confirmada, ou não, mediante simples requerimento à Prefeitura de Araguari, protocolado por qualquer cidadão, na forma da lei"...

ou acionar o Poder Judiciário.

A outra opção é manter o cagaço do anonimato, cujo bla-bla-bla é tão improdutivo quanto digno de comiseração.

Anônimo disse...

É gente corre a notícia de que a funcionária pública transexual que foi cruelmente discriminada e proibida de utilizar os banheiros das dependências do local onde trabalha (Secretaria de Saúde) trouxe do hospital onde faz tratamento para realizar a cirurgia de redesignação de sexo, um laudo completo que informa e atesta ser portadora da cid F 64.0 e afirma sua identidade de gênero. Esse laudo será anexado ao processo que a mesma move contra o município e as duas cargos comissionado que foram responsáveis pela discriminação e ridícula proibição.
Se preparem porque a bomba pode estourar a qualquer momento.

Anônimo disse...

COITADA DE ARAGUARI MUITA FOFOCA E POUCO DESENVOLVIMENTO

Anônimo disse...

outra bomba que pode estourar a qualquer momento na sec de saude, é o funcionário que esta na coordenação da vig sanitária, não foi designado a ser coordenador da visa e esta liberando alvará de funcionamento e sanitário sem qualquer vistoria fazendo politica para continuar no cargo. esse foi eleito coordenador de boca.cuidado processos vão rolar?

Anônimo disse...

Marcos Coelho diz nao ter conhecimento que na dengue ha agentes concursados

Anônimo disse...

nossa to quase me sentindo um funcionario fantasma kkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

ANônimo do dia 14 de setembro de 2012 18:34
Não entendi bem sua colocação, mas aproveito para dizer que há sim agentes concursados trabalhando no combate à dengue. Entretanto, o número de contratados supera de longe os funcionários de carreira. Acontece que se aproveitam de uma brecha na lei que permite contratos para serviços de saúde e incharam o quadro de funcionários desse setor com apadrinhados de vereadores e secretários. Contratos que poderiam ficar pouco meses estão sendo prorrogados há mais de dois anos. Funções que deveriam ser exercidas exclusivamente por concursados, devido à forma de remuneração, como supervisor, estão sendo exercidas por contratados, não me pergunte como é feito o pagamento dessa função.
Aproveitam-se da subordinação e troca de favores com a Câmara Municipal, que quase em sua totalidade é base do prefeito, e a lentidão e falta de interesse do Ministério Público, para alocar pessoas nesse setor, para formar curral eleitoral. Inclusive a coordenadora do controle de zoonoses, pede votos e faz campanha veementemente para Eunice Mendes, que foi quem a colocou lá, passando por cima de colegas que lá estavam desempenhando seus papeis há anos.
Òbvio que a contratação também serviu para minar as forças da categoria, enfraquecendo a capacidade de mobilização e de luta, pois a coordenação da epidemiologia sempre foi apática e nunca teve interesse em melhorar as condições de trabalho. Para terem uma idéia, nesse governo nunca nos deram nem uniforme completo.
A coordenação do serviço está muito mais preocupada em reuniões na casa da coordenadora, com funcionários contratados para mendigar votos. Entretanto, a chuva de contratos não é só nesse setor, a Prefeitura tornou-se um cabide de empregos e favores. Infelizmente Marcos Coelho administra nossa cidade como seu quintal. Exemplo foi o caso do estacionamento de caminhões, onde graças à uma manobra que vai contra os princípios da moralidade e impessoalidade no serviço público, facilita o enriquecimento de sua família.

Anônimo disse...

Então Anônimo do dia 14 de setembro de 2012 18:34, é sério isso que você falou? porque se for então explica a razão de tantos contratos no setor de epidemiologia, é gente ''saindo pelo ladrão'' na dengue e para piorar contrataram ainda mais esses dias sendo que nem EPIs eles tem para dar à esses novos contratados, ou seja sem EPI ninguém trabalha. Isso explica também o porque dos contratados terem tratamento especial, ganharem cargos e regalias enquanto os concursados são sistematicamente jogados para escanteio. Como será que os agentes concursados que ralam o dia inteiro nas ruas da cidade debaixo de um sol inclemente vão se sentir ao saber que não existem?!

Anônimo disse...

Só sei de uma coisa, o próximo coordenador da dengue vai pegar uma verdadeira bomba! Aquilo lá hj está uma verdadeira desorganização, haja vista os resultados do ano passado, onde vergonhosamente dos 6 ciclos compactuados entregaram apenas 3!
A desorganização é tamanha que a atual coordenação da dengue nem mesmo consegue tirar aproveito desse excesso de contratações realizadas pela prefeitura(recentemente contrataram mais 22 pessoas) em época eleitoral paa acelerar os trabalhos. Mesmo com um número elevado de agentes acredito que não vou atingir as metas para esse ano também. Sinceramente, é muita falta de competência!
O próximo coordenador vai ter muito trabalho para colocar ordem naquela bagunça!

Anônimo disse...

Só podia dar nisso mesmo, tiraram todos que sabiam realmente como fazer o serviço andar. Depois que montaram um verdadeiro circo e nos fizeram de palhaços não permitiram que o coordenador que nós elegemos assumisse e semanas depois tiraram todos dos cargos de supervisão. Não tinha como dar outra coisa mesmo, só podia dar errado...

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