Família da vítima faz mobilização no Facebook.
'O que podemos fazer estamos fazendo', diz secretária de saúde.
Há quase 30 dias, o montador moveleiro Fabiano Araújo, de 37 anos, sofre com a falta de atendimento médico exclusivo no Hospital Público de Araguari, no Triângulo Mineiro, segundo relatou a família dele. O homem sofreu um acidente na residência dele e teve 40% do corpo queimado. Desde então está sendo cuidado pela namorada, em casa. Na última semana, ele voltou ao hospital com muitas dores e mau cheiro por conta das feridas, mas, segundo os familiares, não foi atendido.
De acordo com informações da irmã do queimado, Múria Araújo Andriolly, no dia seguinte ao acidente Fabiano foi até o Pronto Atendimento do hospital, recebeu o curativo e depois foi liberado. Para aliviar as dores das queimaduras e amenizar a cicatrização, o médico de plantão receitou uma pomada para ser usada duas vezes ao dia. "Do Pronto Socorro eu não posso reclamar, o problema é esse descaso das autoridades responsáveis pela saúde pública na cidade", lamentou.
Ainda segundo a irmã de Fabiano, a secretaria de saúde de Araguari prometeu encaminhá-lo ao HC-UFU novamente, mas até agora não tiveram nenhum posicionamento. "Eles alegam não haver vagas e que ele não precisa ser internado, só que meu irmão precisa de um atendimento específico. Tenho medo do que possa acontecer com ele nessas situações", desabafou.O paciente continuou sentindo muitas dores e voltou ao hospital na última quarta-feira (19). Como a instituição não ofereceu estrutura suficiente para atender esse tipo de caso, encaminhou Fabiano ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). No entanto, ele não foi atendido e retornou a Araguari. Desde então ele está recebendo atendimento ambulatorial. "Nós queremos um leito para ele ficar, pois a situação está muito crítica. Eles fazem o curativo no hospital com soro e gaze, daí ele volta para a casa todo encharcado. À noite fica tremendo de frio, perigoso até ter hipotermia", contou Múria.
A secretária municipal de saúde, Iolanda Coelho da Costa, informou que só ficou sabendo do caso na quarta-feira (19) e que ele não foi atendido em Uberlândia porque não houve encaminhamento no SUS Fácil, o que seria um erro do funcionário que fez o atendimento, solicitando a ambulância para Uberlândia sem colocar o paciente no sistema. "Nós procuramos o HC de novo, só que o caso dele não é de internação, nem cirúrgico e, então, é de responsabilidade do município. Eu fiz questão de visitá-lo no mesmo dia que fiquei sabendo, inclusive fiz o curativo nele e fui acompanhando-o de perto", disse.
Iolanda ainda assegurou que toda assistência médica necessária está sendo oferecida ao paciente. "O que podemos fazer estamos fazendo. O caso dele se trata de uma queimadura então é claro que as dores são inevitáveis, mas estamos dando todo o apoio, fazendo a limpeza do ferimento e curativos todos os dias", garantiu a secretária.
A assessoria do HC-UFU também foi procurada para falar sobre a situação do paciente e ficou de dar um retorno na segunda-feira (3).
Acidente
O araguarino Fabiano Araújo morava sozinho e toma medicamentos para dormir. No dia 28 de agosto, ele estava fumando no sofá da residência dele quando, sob efeito do remédio que costuma tomar, ele dormiu. O cigarro aceso caiu e incendiou o local no qual estava deitado. Por sorte, a namorada dele, Suelena Schultz, chegou a tempo e conseguiu apagar o fogo. "Cheguei na sala e ele estava em chamas, joguei um pano e deitei sobre ele imediatamente, para conter o fogo", contou a mulher.
No acidente, a vítima queimou 40% do corpo sendo que os locais mais atingidos foram as costas, barriga e o braço esquerdo. Suelena levou o namorado para a casa dela e abriu mão do trabalho para cuidar dele. "Eu nem durmo direito, muito menos ele. Faço o que posso, os enfermeiros me ensinaram a fazer o curativo e também passo a pomada todos os dias. No entanto, eu não sou profissional e acho que ele deveria estar recebendo atendimento em um hospital", desabafou Suelena.
O araguarino Fabiano Araújo morava sozinho e toma medicamentos para dormir. No dia 28 de agosto, ele estava fumando no sofá da residência dele quando, sob efeito do remédio que costuma tomar, ele dormiu. O cigarro aceso caiu e incendiou o local no qual estava deitado. Por sorte, a namorada dele, Suelena Schultz, chegou a tempo e conseguiu apagar o fogo. "Cheguei na sala e ele estava em chamas, joguei um pano e deitei sobre ele imediatamente, para conter o fogo", contou a mulher.
No acidente, a vítima queimou 40% do corpo sendo que os locais mais atingidos foram as costas, barriga e o braço esquerdo. Suelena levou o namorado para a casa dela e abriu mão do trabalho para cuidar dele. "Eu nem durmo direito, muito menos ele. Faço o que posso, os enfermeiros me ensinaram a fazer o curativo e também passo a pomada todos os dias. No entanto, eu não sou profissional e acho que ele deveria estar recebendo atendimento em um hospital", desabafou Suelena.
Mobilização
Para amenizar as dores, a vítima das queimaduras consume cerca de oito tubos, por dia, de uma pomada chamada Sufadiazima de Prata. Na composição genérica, cada tubo do medicamento custa em torno de R$ 12 e como não foi possível conseguir o medicamento pela Prefeitura e também não houve atendimento médico contínuo, a família de Fabiano começou, nesta semana, uma corrente no site de relacionamentos Facebook demonstrando o descaso para a situação do paciente. Além de postarem fotos dos ferimentos de Fabiano, familiares e amigos pedem ajuda aos internautas para arrecadarem o dinheiro para comprar a pomada.
Para amenizar as dores, a vítima das queimaduras consume cerca de oito tubos, por dia, de uma pomada chamada Sufadiazima de Prata. Na composição genérica, cada tubo do medicamento custa em torno de R$ 12 e como não foi possível conseguir o medicamento pela Prefeitura e também não houve atendimento médico contínuo, a família de Fabiano começou, nesta semana, uma corrente no site de relacionamentos Facebook demonstrando o descaso para a situação do paciente. Além de postarem fotos dos ferimentos de Fabiano, familiares e amigos pedem ajuda aos internautas para arrecadarem o dinheiro para comprar a pomada.
Múria disse à reportagem do G1 que um secretário de saúde do município pediu para que algumas mensagens fossem retiradas da rede social e que o atendimento seria garantido, só que até agora nada foi feito. Iolanda Coelho da Costa disse que não teve conhecimento sobre o pedido e que a família tem todo o direito de se manifestar.
Os familiares continuam pedindo o apelo da população e convidam os interessados a visitarem o paciente e fazer as doações da pomada. O contato pode ser feito pelos telefones (34) 8819-3152 ou (34) 9156-2611.
Os familiares continuam pedindo o apelo da população e convidam os interessados a visitarem o paciente e fazer as doações da pomada. O contato pode ser feito pelos telefones (34) 8819-3152 ou (34) 9156-2611.
Transcrito do Portal G1 (clique aqui para ler)
2 comentários:
A administração do Novo Modelo já está entrando na fase do pleno desespero. Quando ainda distante das eleições a fala do 15 era que não precisava do funcionário público para se reeleger, agora já agendam reuniões até com consursados, isso mesmo, o que não faz o desespero né.
E para aqueles que duvidam dessa mudança de postura do 15, vai hj pela manha no BIG HOTEL pra ver, a admnistração vai oferecer o café da manhã nesse espaço para os funcionários da OBRA. Certamente outros encontros dessa natureza com as demais categorias vão ser agendados. E tudo na hora do expediente de trabalho. Lindo isso! Mas onde anda nossas instituições que zelam pela legalidade? Ah! Nem entro nesse mérito mais.
Antes eram só os contratados que estavam sendo paparicados e intimados para participarem de reuniões com nosso gestor, agora os concursados também estão sendo lembrados. Oque o desespero não faz.
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