Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Esclarecimentos

Sobre a postagem anterior "O paciente vai morrer? Não posso fazer nada!", recebi o comentário abaixo e creio que devo esclarecer alguns pontos.
"'Existe um discurso vazio nessa administração sobre humanização da saúde, mas depois de ler esse trecho do depoimento que o Marcos transcreveu percebo que humanizar a saúde para esse grupo é não dificultar o trabalho da morte.'
O blog divulga informações fora de contexto viabilizando apenas o criticismo e valoriza apenas opiniões de pessoas que por algum motivo perderam benefícios e estão levando o processo para o lado pessoal.
Não houve tal citação e acho que provas deveriam ser notadas antes de divulgarem conversinhas e disse-me-disse. Conversas de rádio peão não deveriam ser levadas em conta.
Acontece é que nova secretária está tentando trabalhar e falta apoio de alguns e existe uma má vontade em relação à pessoa da nova gestora, que apesar dos percalços se mostra capaz e muito humana SIM! As melhoras já são visíveis, inclusive a conquista da mudança do Pronto-socorro para a ala do hospital municipal já em março.
Como advogado o blogueiro deveria filtrar mais suas informações e procurar fontes sérias, não frustradas."



Vamos lá. Primeiro, a fonte. Trata-se de denúncia formal (por escrito) feita por uma servidora da Prefeitura. Logo, em princípio, goza de fé pública. Esse documento está em um processo público que tramita na Procuradoria do município desde 9 de agosto deste ano. Este processo deve (ou deveria) estar apurando os responsáveis pelas supostas irregularidades ocorridas no PSM (pagamento por serviços não prestados na manutenção do mamógrafo e "química" no pagamento de refeições).
Segundo, o contexto. Na denúncia, a servidora afirma que levou ao conhecimento de seus superiores a ocorrência de outras falhas no PSM (falta de materiais básicos: medicamentos, por exemplo). Nesse contexto, afirma ter ligado para o secretário-adjunto informando que havia um cidadão (um ser humano, diga-se de passagem) em estado grave no PSM, necessitando de internação urgente. O secretário-adjunto, segundo a denúncia, teria passado o telefone à senhora Iolanda, atual secretária, que, por sua vez, teria dito as palavras que intitularam aquele post.
Talvez a postagem, vista isoladamente, esteja fora de contexto. Mas, percebam que já falei no assunto dessa denúncia por duas vezes, pelo menos. Tenham certeza, à medida que tiver mais informações sobre o assunto, continuarei insistindo no tema.
Por que faço isso? Simples. Desde o início do blog, venho percebendo que a saúde pública é, disparado, o pior setor do governo. Sendo um serviço essencial, a situação do cidadão humilde, que precisa do sistema, torna-se cada vez mais dramática.
Óbvio: os problemas na saúde pública não são privilégios deste governo ou da nossa cidade. Mais óbvio ainda: independentemente disso, temos que fazer alguma coisa para mudar esse quadro. Enquanto o sistema funcionar sem transparência e sem o mínimo de humanização, nada irá mudar. Nós, cidadãos, custeamos o SUS. Logo, usuários ou não do sistema, temos o direito (numa República, eu diria: o dever) de exigir melhorias. Convenhamos, empurrar a sujeira para debaixo do tapete não resolverá nossos problemas. Ao contrário, perpetuará uma situação extremamente injusta com indivíduos das camadas mais pobres, que, por vezes, são tratados como gado nas nossas unidades de saúde.
Por fim, sobre o fato de o blog consultar fontes supostamente "contrariadas", entendo como algo normal. Quem está no sistema e se beneficia dele não tem motivos reclamar. É a tal burocratização, tão comum no Brasil. Quando se está numa zona de conforto, não se tem motivos para querer mudar nada. Para que mudar o que, ao menos para mim e meu grupo, está dando certo? Agora, um detalhe: tudo que eu li na denúncia, de certa forma, corresponde ao que percebi nas vezes que fui ao PSM ou ao que ouvi de algum parente ou amigo que necessitou dos serviços de saúde pública em Araguari. Nada do que foi escrito pela funcionária pública na denúncia me pareceu despropositado ou inverídico.
De qualquer forma, temos que esperar o resultado do processo administrativo para ver se a Administração irá agir com o rigor necessário, punindo eventuais culpados e recuperando valores supostamente gastos indevidamente. Se a esse resultado positivo somarem-se melhorias nos controles da Saúde, a população mais carente sairá ganhando. Mas, para que isso ocorra, é preciso que a apuração seja imparcial e que o processo "ande".

O paciente vai morrer? Não posso fazer nada!

No mesmo documento em que denunciou irregularidades em gastos nos pagamentos de refeições e de serviços de manutenção do mamógrafo, a ex-diretora administrativa do Pronto Socorro Municipal afirmou, também, que, por diversas vezes, comunicou aos seus superiores a constante falta de recursos materiais necessários ao bom funcionamento daquela unidade.
Numa dessas conversas, avisou, via telefone, ao então secretário-adjunto, Rodrigo Póvoa, que a situação no PSM estava insustentável naquele momento e que havia um paciente morrendo por falta de recursos materiais. Imediatamente, o então secretário passou o aparelho telefônico para a servidora Iolanda Coelho Costa, atual secretária de Saúde, que, segundo consta do processo administrativo, teria afirmado à denunciante: "O paciente vai morrer? Não posso fazer nada!". Ainda, segundo a denúncia, o paciente somente recebeu os devidos cuidados porque a denunciante conseguiu, junto ao Dr. Nelson, interná-lo na UTI do Hospital Santo Antônio.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Aumento de salário de vereadores


Câmara de Vereadores (foto extraída do Correio de Araguari)
 A Câmara Municipal de Juiz de Fora votou ontem os salários dos vereadores e do prefeito que tomarão posse em 2013. Com o reajuste de cerca 46,5%, os salários dos vereadores passam de R$10.260 para R$15.031. O salário do prefeito terá um reajuste de 16,86%, e passa dos atuais R$17.150 para R$20.042. O projeto agora vai para sanção do prefeito daquela cidade.
Já em Uberlândia, os vereadores também votaram um projeto que eleva para R$ 15.031,62 mil os salários dos parlamentares, o que representa um aumento de 54% em relação aos atuais rendimentos, de R$ 9.755. A exemplo de Juiz de Fora, o novo salário entrará em vigor a partir de 2013, quando começa a nova legislatura.
A pergunta que não quer calar: e os vereadores de Araguari? Não irão aprovar lei aumentando os  salários dos próximos edis de R$ 7.700,00 para R$ 10.021,17? Ou será que já existe algum projeto de lei nesse sentido "tramitando" na Câmara de forma "sigilosa"? De repente, o tal projeto pode estar escondido em algum cofre ou gaveta indevassáveis e só será levado a público após a aprovação... Alguém duvida?

A comparação faz sentido

Tempero da Notícia,  Correio de Araguari, 08/12:
"Alguém comparou a troca de secretários do governo Marcos Coelho com a dos ministros de Dilma; maldade pura. Todos os titulares de cargos de confiança do governo municipal que deixaram o cargo se exoneraram por motivos particulares e, às vezes, até por entenderem que o salário não é compensador, mas todos saíram de cabeça erguida, com a tranqüilidade de terem cumprido com eficiência as obrigações a eles atribuídas. A comparação é maliciosa e tenta denegrir a imagem do governo municipal ou quem a fez é completamente desinformado e ignora as bandalheiras cometidas pelos ministros de Dilma."

Pitaco do Blog
O colunista cometeu um equívoco. Existem muitas diferenças entre o governo Dilma e o "governo" do honesto Marcão. Uma delas? O governo Dilma não varre toda a sujeira pra debaixo do tapete. Deve ser por isso que alguns ministros, ao contrário dos secretários municipais, saíram do poder de cabeça baixa.
Além disso, convém lembrar: alguns secretários  municipais saíram por absoluta incompetência. Nem o honesto Marcão suportou a quantidade de problemas trazidos por alguns deles. Querem um exemplo? Mineiramente, respondo com uma pergunta: quantos secretários de saúde já tivemos?

O hilário Correio II

Abre aspas novamente para a coluna Em Foco:

"O CORREIO

Movido pela mais firme determinação de divulgar as ações do Poder Público, especialmente, do Governo Municipal, vista sua condição de Jornal de interior, com enfoque nas questões locais, o CORREIO já foi severamente criticado sob a acusação de favorecer o Governo do Prefeito Marcos Coelho e do Vice-Prefeito Juberson dos Santos Melo, o que é absolutamente lamentável, pois não o faz, mas, caso o quisesse, teria absoluto direito de fazê-lo, exercendo o mais legítimo direito a liberdade de pensamento e expressão."

Pitaco do Blog
Já falamos aqui. As ligações entre a Prefeitura e o "jornal" são muito estranhas. Inclusive já questionamos os gastos do município nesse periódico em uma denúncia feita ao Tribunal de Contas do Estado. Provamos que o espaço utilizado para publicar uma nota da Prefeitura era suficiente para publicar duas ou três. Vale dizer, como o preço da publicação é calculado pelo centímetro de coluna, a Prefeitura estava simplesmente jogando dinheiro "fora" ao comprar largos espaços desse "jornal". Questionamos, ainda, uma das licitações feitas para publicação de matérias oficiais. Algumas condições do edital acabavam direcionando o certame justamente para o Correio.
O colunista que me perdoe, mas o que vemos no "jornal" não tem nada a ver com liberdade de expressão. Temos, isto sim, um órgão de imprensa parcial deixando-se utilizar pelo poder político para fins escusos. E quem paga a conta, como sempre, somos nós.

O hilário Correio I

Abre aspas para a coluna Em Foco, Correio de Araguari, 08/12:

"O POVO

O povo tem o direito de saber onde, como, quanto, quando e tudo mais sobre a destinação do dinheiro público. O CORREIO sempre se ocupou muito especialmente da divulgação das realizações do Poder Público e dos respectivos gastos, pensando estar prestando o mais legítimo serviço público."

Pitaco do Blog
Na última edição, o Correio se superou. Reconheceu que presta "o mais legítimo serviço público".
Nós aqui do blog já sabíamos que o Correio é um legítimo órgão público. Só falta, agora, incluir os donos da empresa formalmente na folha de pagamento da Prefeitura.
Só há uma ressalva. Talvez o Correio esteja confundindo serviço público com servir-se do dinheiro público.
Lastimável, em pleno século XXI, vermos órgãos de imprensa nas prateleiras de supermercado, vendeno "linhas editoriais" a preço de banana.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Irregularidades no Pronto Socorro: o cheiro de "pizza" está no ar

Este governo é mesmo interessante. Em agosto deste ano, uma funcionária do Pronto Socorro Municipal (PSM) denunciou irregularidades na compra de marmitex e no pagamento indevido de despesas de manutenção (não realizada) do mamógrafo, que, como todos nós sabíamos, estava parado desde abril de 2010.
O fato era de conhecimento, entre outras pessoas, da ex-secretária de Saúde. Como ninguém tomou providências, a denunciante levou a questão ao conhecimento do Procurador-Geral do Município. Há quatro meses tramita naquela Procuradoria, lentamente, um processo destinado a apurar responsabilidades. Em condições normais, esse tipo de processo poderia redundar em devolução de dinheiro aos cofres públicos e aplicação de punições. Mas, lembrem-se: estamos falando do "novo modelo de administração".
Agora, vem o lado sui generis deste governo. Até o momento, nenhuma das pessoas envolvidas ou que se omitiram no dever de fiscalizar sofreu qualquer tipo de punição. Ao contrário, permanecem no poder, "dando as cartas" na Secretaria de Saúde. A única afetada, até agora, foi justamente a denunciante, que perdeu o seu cargo em comissão no PSM e encontra-se afastada do trabalho.
Será que mais essa investigação irá terminar em "pizza"?

Postagem em destaque

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