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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Negociando o horror: PM acusado de estupro de crianças queria comprar o silêncio de familiares das vítimas


O policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, foi preso pela Polícia Federal em Uberlândia, Minas Gerais. Ele é acusado de estuprar pelo menos três crianças da mesma família, em crimes que ocorreram tanto em Goiás quanto em Brasília. Antes de ser preso, Roberto trocou mensagens com familiares das vítimas, tentando suborná-los para que retirassem as queixas. Ele chegou a citar Deus, oferecer dinheiro e apoio psicológico, mas ignorou o fato de que uma das crianças foi violentada repetidamente por um período de sete anos.

O PM confessou os abusos contra um menino de 10 anos e pediu que o pai das crianças retirasse as queixas. Alegando desespero, Roberto também mencionou que Deus deveria estar envergonhado de suas ações e propôs negociações financeiras e psicológicas. Ele foi preso no apartamento do filho em Uberlândia, após estar foragido desde agosto de 2023. A prisão contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado e do Grupo de Capturas da Polícia Federal.

Roberto e o pai das crianças se conhecem desde 1991, quando serviram juntos no serviço militar obrigatório no Distrito Federal. O policial reformado, que nasceu em Pires do Rio (GO), mudou-se para Uberlândia, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG). Ele fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública e frequentava uma igreja evangélica na cidade. Segundo o delegado da PF, Roberto explorava sua religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e se aproximar das famílias das vítimas abusadas. Ele cometia os abusos quando ficava sozinho com as crianças, aproveitando-se de sua posição e confiança.

Os detalhes dos crimes revelam que, em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto denunciou à Polícia Militar que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente durante uma viagem a Caldas Novas (GO). Durante a estadia, o policial reformado e o menino dormiram na mesma sala, e o abuso ocorreu enquanto a criança dormia. Além disso, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou ter sido abusada por Roberto desde os 10 anos. Uma outra filha do amigo, de 14 anos, também relatou ter sido vítima de abuso por parte do policial. Atualmente, há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça pedindo a revogação do mandado de prisão.

Pitaco do blog

Os casos de estupro envolvendo familiares ou pessoas de confiança das famílias são alarmantes e trazem à tona uma realidade perturbadora. Segundo dados nacionais, 76% dos casos de estupro de vulnerável (relação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente com menos de 14 anos) ocorrem dentro do ambiente familiar, cometidos por parentes ou amigos próximos da vítima. A dificuldade de denúncia e o abuso da confiança tornam esses crimes ainda mais devastadores. É essencial conscientizar e proteger nossas crianças, garantindo que elas se sintam seguras para denunciar qualquer forma de violência.

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