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quarta-feira, 19 de junho de 2024

A fraude do concurso: o legado do Gato Gatuno em Medievália

 



Na pacata Medievália, onde os segredos se entrelaçam como hera nas muralhas antigas, o Coronel Laranja Lima, conhecido como o Gato Gatuno por seus movimentos ardilosos, tramava uma teia de favores e influências. O prefeito decidiu garantir um lugar para sua esposa, a Graciosa Carol, uma médica formada no renomado Centro Universitário Unilav. O reitor da universidade, Jota, era um velho amigo do poderoso Coronel.

Dizem que, com seu poder municipal, Laranja Lima ordenou um processo seletivo para médicos, manipulado com cartas marcadas. Graciosa Carol não foi aprovada. Furioso, o prefeito invadiu a sala de reuniões da empresa responsável e exigiu manipulação dos resultados, mas o empresário recusou-se a ceder. Enfurecido, o Gato Gatuno rescindiu o contrato, desencadeando uma denúncia ao Ministério Público, cuja sigla irônica, "Muito Parado", refletia a morosidade de suas ações.

As investigações se arrastaram, mas o prefeito não se deixou abalar. Com habilidade de estrategista, Laranja Lima orquestrou um novo concurso para médicos, desta vez com vagas específicas para a especialidade de sua esposa. Quando novamente Graciosa Carol não alcançou as primeiras colocações, o prefeito convenceu os vereadores da Câmara Municipal a aprovar uma lei que ampliava o número de vagas do concurso já realizado. O aumento ocorreu justamente até o lugar em que a esposa do prefeito estava posicionada, garantindo a última vaga criada pelos vereadores subjugados. Tentando manter suas artimanhas na penumbra, Laranja Lima não publicou a nomeação de sua esposa na Gazeta Oficial Medievalense.

Assim, a saga do Gato Gatuno continuava a tecer-se como um tapete de tramas e interesses entrelaçados, onde a ética e a legalidade frequentemente cediam lugar à ganância e ao poder pessoal. Medievália, aparentemente pacata, revelava-se um palco onde as aparências enganavam e os jogos de influência moldavam o destino de seus habitantes.



2 comentários:

Aristeu disse...

Muito descarado, assim não
Certa vez, uma suposta esposa de major, ligou no gabinete de identificação, e eu atendi, ela queria fazer uma identidade, mas era pra colocar o ano de nascimento um ano a menos... Pra ela participar de concurso. .


leonardo daher de melo disse...

Puxa como este caso relatado com figuração engenhosa se parece com algo ocorrido a algum tempo em Araguari.
Seria o imaginário imaginando se transfigurado em realidade.

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