A revista Sociedade Militar, um veículo que se comunica diretamente com os quartéis, divulgou nesta semana uma notícia sobre a construção de uma mansão avaliada em R$3.566.942,34 (três milhões, quinhentos e sessenta e seis mil, novecentos e quarenta e dois reais e trinta e quatro centavos). A casa, descrita como tendo quatro quartos, suíte e "cômodos simples", é classificada como de "alto luxo" e será destinada ao "uso de oficial general". Segundo a revista, o Exército Brasileiro, sob o comando do General Tomás Miguel Miné Paiva, não informou quem será o oficial general que ocupará o imóvel de luxo, que possui 658 metros quadrados e está localizado em uma área protegida pelo Exército, com direito a um clube particular.
O que a Sociedade Militar apurou é que o imóvel em construção no Distrito Federal fica na Quadra Residencial de Generais, no Setor Militar Urbano, e será destinado a um dos membros do alto comando do Exército Brasileiro. "A residência, de altíssimo padrão, está orçada e com valores já empenhados", afirma a revista. Embora o nome do futuro morador não tenha sido revelado, tudo indica que a nova residência está planejada para o comandante do Exército, Tomás Paiva. A casa que deveria ser ocupada por ele, a residência oficial do comandante, no setor militar, continua em posse da família do general e ex-comandante Eduardo Villas Bôas, que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) em 2016 e, por questão de humanidade, recebeu o direito de permanecer no imóvel destinado ao posto que ocupava.
De acordo com o regulamento do Exército, citado pela revista, os oficiais generais pagam o equivalente a 5% do seu soldo pelo uso de imóveis da União, o que para um general de quatro estrelas equivale a cerca de 680 reais de aluguel por um imóvel de luxo com segurança e manutenção das áreas externas. Um imóvel nas mesmas condições no Distrito Federal não é alugado por menos de 9 mil reais mensais. Isso ocorre enquanto o Exército perde imóveis residenciais em Brasília, pois o Comando do Exército autorizou a alienação de imóveis no DF ocupados por servidores públicos. Em resposta à revista, o Exército informou que o valor orçado para a construção do imóvel foi de R$3.566.942,34, mas o valor empenhado foi de R$3.051.570,34. A área interna do imóvel é de 658,98 m², incluindo quatro quartos tipo suíte e outros três cômodos simples. Eventuais recursos devem ser dirigidos ao Chefe do Estado-Maior do Exército no prazo de 10 dias, conforme previsto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
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