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sábado, 7 de setembro de 2024

A real face das eleições: entre a exploração e a compra de votos

 


Foto: CBN Maringá.


Em muitos contextos políticos, a exploração de pessoas tremulando bandeiras nas ruas, enfrentando o sol e a baixa umidade por uma remuneração irrisória, parece mais uma ilusão de mobilização eleitoral do que uma estratégia real para conquistar votos. Na prática, muitos desses indivíduos nem sequer recebem o que lhes foi prometido, sendo explorados por políticos que os veem apenas como peças descartáveis em seu jogo eleitoral.

Por outro lado, em uma cidade marcada pelo coronelismo, a verdadeira dinâmica política é muito mais sofisticada e dispendiosa. A compra de votos ocorre de forma descarada e estruturada. Um exemplo claro é a prática de centro universitário que envia mensagens aos usuários dos serviços jurídicos e médicos por ele oferecidos, solicitando apoio a determinados candidatos, numa tentativa direta e invasiva de influenciar eleitores.

Além disso, a compra de votos também se manifesta, por exemplo, na oferta de empregos em Câmaras de Vereadores para presidentes de associações de moradores de bairros, transformando esses líderes comunitários em aliados políticos. A contratação de cabos eleitorais para cargos comissionados — frequentemente desnecessários e ocupados por pessoas desqualificadas — é outra estratégia comum. Promessas de benefícios para servidores públicos, como planos de saúde fornecidos por um grande hospital privado com inegável influência política e econômica na gestão municipal, também são uma prática digna de ser mencionada.

Assim, a exploração de pessoas tremulando bandeiras se revela não apenas prejudicial, mas também ineficaz como estratégia eleitoral em comparação com a compra estruturada de votos. Enquanto as "formiguinhas" enfrentam desafios e desprezo, as práticas mais sofisticadas e caras continuam a moldar o cenário eleitoral de maneira muito mais impactante e, infelizmente, mais eficaz.

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