A espera pela lista dos envolvidos no esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato vem tirando o sono de políticos em Brasília. É aguardada para esta semana a apresentação, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do pedido de abertura de inquéritos contra políticos envolvidos com o esquema de desvio de recursos da Petrobras, o "Petrolão".
As apurações contra políticos tramitarão em diferentes esferas judiciais. O Supremo Tribunal Federal (STF) é o foro responsável por dar andamento e julgar os processos contra parlamentares, ministros e outras autoridades federais. Caberá ao ministro Teori Zavascki a condução dos procedimentos. Paralelamente, continuarão correndo os processos criminais abertos na Justiça Federal do Paraná. Outros serão abertos contra pessoas sem o tal "foro privilegiado" dos parlamentares.
Ainda não se sabe quais políticos figurarão na temida lista de Janot. Figuras importantes do Congresso Nacional poderão aparecer. Os nomes do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já foram citados por delatores. Ambos negam qualquer envolvimento no suposto esquema de corrupção na estatal.
O PT é o partido com o maior número de integrantes citados em depoimentos colhidos na Operação Lava Jato. Não era pra menos. Dilma Rousseff e Lula, os dois petistas mais ilustres, acabaram ligados aos fatos sob investigação. Segundo a Revista Veja, o doleiro Alberto Youssef teria acusado ambos de conivência com o bilionário esquema de corrupção descoberto na Petrobras.
O site Congresso em Foco listou 35 políticos mencionados em depoimentos colhidos durante a investigação criminal. A maior parte deles estará na lista de Janot. Vejam os nomes:
PT
- André Vargas (PR), ex-deputado federal, atualmente sem partido, foi cassado pelo envolvimento com o doleiro Alberto Youssef
- Antônio Palocci, ex-ministro e ex-deputado federal
- Cândido Vaccarezza (SP), deputado federal não reeleito
- Delcídio Amaral (MS), senador
- Dilma Roussef, presidente da República
- Gleisi Hoffman (PR), senadora
- Humberto Costa (PE), senador
- João Vaccari (SP), tesoureiro do PT
- Lindbergh Farias (RJ) Senador/ Paulo Roberto
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República
- Tião Vianna (AC), governador
- Vander Loubet (MS), deputado federal
PMDB
- Alexandre Santos (RJ), deputado federal
- Edison Lobão (MA), ex-ministro
- Eduardo Cunha (RJ), deputado federal
- Henrique Eduardo Alves (RN), deputado federal e atual presidente da Câmara dos Deputados
- Michel Temer (SP), vice-presidente da República
- Renan Calheiros (AL), senador, atual presidente do Senado
- Romero Jucá (RR), senador
- Roseana Sarney (MA), ex-governadora Sérgio Cabral (RJ), ex-governador
- Sérgio Machado (CE), ex-senador e presidente da Transpetro
- Valdir Raupp (RO), senador
PP
- Aline Lemos Oliveira (SP), deputada federal
- Benedito de Lira (AL), senador
- Ciro Nogueira (PI), senador
- João Pizzolati (SC), deputado federal
- José Otávio Germano (RS), deputado federal
- Luiz Fernando Faria (MG), deputado federal
- Mário Negromonte (BA), ex-ministro e ex-deputado
- Nelson Meurer (PR), deputado federal
- Simão Sessim (RJ), deputado federal
PSDB
- Antônio Anastasia (MG), senador eleito
- José Aníbal (SP), deputado federal
- Sérgio Guerra, ex-deputado e ex-presidente nacional do PSDB (falecido)
DEM
- Jorge Maluly (SP), ex-deputado federal
- Robson Tuma (SP), ex-deputado federal
PTB
- Fernando Collor (AL), senador
- Gastone Righi (SP), ex-deputado federal
PSB
- Eduardo Campos (PE), ex-governador, ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PSB (falecido)
PSDC
- José Maria Eyamel, ex-deputado federal
SD
- Luiz Argôlo (BA), deputado federal não reeleito.
Observação deste blogueiro: o Correio Braziliense, edição de hoje, soltou uma lista contendo apenas os nomes dos políticos com foro privilegiado (passíveis de serem julgados, no caso, pelo Supremo). Nela não aparecem, também, os nomes da presidente Dilma Rousseff (PT) e o do ex-presidente Lula (PT), mencionados pelo Congresso em Foco a partir de reportagem da Revista Veja.
2 comentários:
Prezado Auditor,
(...)
Bresser Pereira: o ódio ao PT e o golpismo
(...)
Conforme postagem no tópico anterior, não se trata de alimentar ÓDIO a pessoas ou partidos, e sim, aos Poderes.
TRAMAR e garantir a qualquer custo ( as cifras são estratosféricas ) a IMPUNIDADE dos envolvidos, e utilizar de logísticas jurídicas mirabolantes para que a responsabilidade por tudo isso aí não atinja no ápice desta pirâmide de corrupção a Presidenta e/ou ex-Presidente é o real GOLPE dessa história, culminando sem dúvida alguma, com o FIM do JUDICIÁRIO, já que absolutamente nada mais se pode esperar do Executivo e do Legislativo.
Nunca antes na história deste País, e de uma Democracia, figurou tão FACULTATIVO a MISSÃO E O DEVER de PUNIR.
Atenciosamente,
Janis Peters Grants.
Que se apure, rigorosamente.
Havendo provas das acusações, que se punam exemplarmente TODOS os citados.
A sociedade espera que este episódio não termine em pizza.
Nem em coxinha
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