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domingo, 22 de outubro de 2023

O desafio da responsabilidade cidadã: mudando o rumo da administração em Araguari


A cidade de Araguari se vê envolta em uma série de questionamentos acerca da integridade de sua administração pública, com a mais recente acusação feita pelo professor Aurívio Veiga, que lança luz sobre a possível existência de sobrepreço na compra de livros didáticos. Essas alegações provocam uma reflexão fundamental: por que os agentes públicos parecem agir de forma desregrada em nossa cidade? A impressão geral é de que os órgãos de controle não estão cumprindo eficazmente seu papel, gerando sérias dúvidas sobre a transparência e responsabilidade na gestão municipal.

Teoricamente, Araguari possui várias ferramentas para enfrentar suspeitas de irregularidades, especialmente em licitações e contratações diretas. A Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Poder Judiciário deveriam ser instituições capazes de intervir eficazmente para assegurar que os recursos públicos sejam aplicados de maneira correta, em prol dos cidadãos. No entanto, na prática, a ineficiência dessas entidades de controle é alarmante.

É importante destacar que o Poder Judiciário só age quando provocado por cidadãos ou pelo Ministério Público, o que adiciona complexidade ao processo de responsabilização. Mesmo quando instado, este Poder tem deixado a desejar, como demonstrado no caso da ação de investigação judicial eleitoral que envolve o pedido de cassação do prefeito Major Renato. Este processo se arrasta por três anos. Pior: com uma decisão tomada em Araguari contrariando todos os esforços investigativos da Polícia Civil e do Ministério Público Eleitoral, mesmo após o próprio Judiciário  ter autorizado o uso das provas obtidas em outras investigações. Esta demora na resolução de casos desafia a eficiência do sistema judiciário em nosso município.

A impressão geral é de que as instituições de controle em Araguari estão comprometidas a ponto de se tornarem inaptas para cumprir seu papel de fiscalização externa. As causas dessa ineficiência podem não ser precisamente identificadas, mas há indícios que a influência do poder político e econômico de certos grupos locais prejudica seriamente o interesse público.

Para transformar essa realidade, é crucial não apenas a vontade política, mas, sobretudo, o engajamento ativo dos cidadãos. A reforma necessária nas instituições de controle só se tornará possível com o apoio e vigilância ativa da população. Cada cidadão precisa se tornar um verdadeiro fiscal das ações governamentais, questionar suspeitas de irregularidades e pressionar por investigações apropriadas. Somente por meio da ação coletiva dos cidadãos poderemos vislumbrar uma mudança real na forma como nossa cidade é administrada.

Em última análise, a situação em Araguari é um lembrete contundente de que a democracia e a governança responsável dependem do compromisso efetivo de todos nós. Se desejamos uma cidade melhor e mais justa, é fundamental que cada cidadão contribua para a solução, exigindo responsabilidade de nossos representantes eleitos e das entidades de controle. Somente assim poderemos aspirar a um futuro mais transparente e próspero para Araguari.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Operação Gola Alva: Ministério Público de MG denuncia vereadores e empresários por corrupção em Divinópolis



 Após um extenso período de investigação que durou onze meses, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou a denúncia no dia 5 de outubro, relacionada à operação Gola Alva, que foi iniciada em maio com o propósito de esclarecer supostas atividades corruptas envolvendo vereadores, uma servidora pública e empresários na cidade de Divinópolis, localizada na região Centro-Oeste do estado de Minas Gerais. Este caso é resultado de uma colaboração entre a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis.

Após a fase ostensiva da operação, as investigações foram intensificadas, incluindo a análise dos materiais apreendidos. Paralelamente, diversas testemunhas e pessoas sob investigação foram ouvidas, levando à conclusão de que havia um esquema criminoso operando na Câmara Municipal. Esse esquema envolvia dois vereadores, que supostamente aceitaram subornos de empresários em troca da proposição e aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano.

Conforme a denúncia, oito empresários investigados confessaram ter efetuado pagamentos ilícitos a vereadores e concordaram em celebrar acordos de não persecução penal com o MPMG, acordos esses que implicam em sanções financeiras que totalizam cerca de R$ 300 mil.

A denúncia atribui a dois vereadores a prática de vários crimes de corrupção passiva, e a um deles, adicionalmente, o crime de lavagem de dinheiro. Um empresário também foi denunciado, embora tenha admitido envolvimento em atividades ilícitas, ele optou por não firmar um acordo de não persecução penal.

Em 4 de outubro, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis iniciou o processo de acusação. Nessa ocasião, atendendo ao pedido do Ministério Público, o juiz manteve a suspensão do mandato de um dos vereadores já afastado em maio. Além disso, o segundo vereador, que até então estava apenas impedido de exercer a presidência da Câmara Municipal, teve seu mandato suspenso, devido ao uso de seu cargo em atividades ilícitas e à violação das medidas cautelares previamente impostas. Ambos estão proibidos de acessar as dependências da Câmara Legislativa. O juiz também determinou o bloqueio de parte dos bens pertencentes a esses dois vereadores denunciados.

Clique aqui e leia diretamente no site do MPMG.

Araguari: cidadãos excluídos da prestação de contas da Saúde - o que está sendo escondido?



Por Garliene Paiva, para "Um Olhar para Araguari"

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, a audiência pública que apresentou a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023 da Secretaria de Saúde de Araguari trouxe à tona uma série de questões preocupantes. O evento, que deveria ser marcado pela transparência e participação da comunidade, viu-se repleto de desafios que suscitam questionamentos sobre a eficiência do uso dos recursos públicos destinados à saúde na cidade.

A audiência pública contou com a presença de vários secretários e autoridades locais. A Secretária de Saúde, Soraya Ribeiro de Moura, assumiu a tribuna para apresentar o relatório de gestão de sua pasta. No entanto, o que se esperava ser um momento de prestação de contas aberta à comunidade revelou-se como um encontro permeado por controvérsias.

Durante a apresentação, o Senhor Aurivio Veiga, presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), e diversos cidadãos presentes manifestaram o desejo de fazer perguntas à Secretária de Saúde, a fim de obter esclarecimentos sobre o uso dos recursos públicos. Entretanto, foram surpreendentemente impedidos de participar da discussão pelo Presidente da Comissão de Saúde, Sebastião Alves Ribeiro Júnior, mais conhecido como "Nego".

A situação levanta questionamentos pertinentes sobre a natureza de uma prestação pública de contas. Espera-se que esse tipo de evento proporcione um espaço para que a população possa participar, fazer perguntas e obter informações claras sobre como os recursos estão sendo utilizados em benefício da comunidade. Infelizmente, não foi o que ocorreu na Câmara Municipal de Araguari nesta tarde.

O relatório apresentado trouxe à tona números impressionantes. De janeiro a agosto de 2023, a Secretaria de Saúde gastou a quantia de R$ 124.000.000,00 (cento e vinte e quatro milhões de reais). Esse montante, que representa uma cifra considerável, levanta questões sobre o controle e a eficácia na utilização desses recursos.

É notável que, apesar dos altos gastos, a realidade de Araguari não parece refletir a aplicação desse valor em benefícios para a saúde pública. A carência de investimentos significativos e a persistente falta de médicos em algumas unidades básicas de saúde são problemas que ainda afligem a comunidade local.

Diante desse cenário, a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023 da Secretaria de Saúde de Araguari desperta preocupações legítimas entre os cidadãos. A busca por transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos continua sendo um desafio crucial para garantir que a saúde da comunidade seja devidamente atendida e que os recursos sejam utilizados de maneira responsável e eficaz.

Clique aqui e acesse a página Um Olhar para Araguari no Facebook.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Escândalo em Araguari: denúncia de superfaturamento na compra de livros didáticos



Na quarta-feira passada, 18 de outubro, uma bomba estourou nas redes sociais e arremessou Araguari no epicentro de um escândalo. O professor Aurivio Veiga, por meio de sua conta no Instagram, "Prosa de Professor," fez uma denúncia que levanta sérias questões sobre a probidade na administração pública da cidade. A alegação principal? Um possível superfaturamento na compra de livros didáticos complementares.

A Prefeitura de Araguari divulgou a aquisição de livros didáticos complementares com um valor estratosférico de R$ 7.365.940,00 (sete milhões, trezentos e sessenta e cinco mil, novecentos e quarenta reais), destinados a beneficiar 5.196 alunos. O custo exorbitante de cerca de R$ 1.417,62 por kit pago pela Prefeitura levanta sobrancelhas e suspeitas.

Porém, a denúncia do professor Veiga expôs uma realidade bem diferente. Durante uma transmissão ao vivo, ele apresentou cotações de três kits de editoras distintas:
- Kit 1: R$ 185,00
- Kit 2: R$ 451,00
- Kit 3: R$ 153,00

Essas cifras revelam uma discrepância assombrosa entre os preços mencionados pelo professor e o montante que a Prefeitura de Araguari pagou por esses kits. Os indícios apontam diretamente para um possível superfaturamento na aquisição do material didático.

Em busca de respostas, a jornalista Garliene Paiva não demorou a agir. Ela entrou em contato com Gustavo Mori Ferreira, Secretário de Governo da cidade, questionando a autoria do caderno informativo que detalha a compra e a omissão de informações cruciais, como o nome da gráfica e a quantidade de tiragens. A resposta do Secretário foi curiosa: o caderno informativo foi produzido pela Prefeitura, e ele considerou desnecessário destacar tais informações.

O Observatório de Araguari está atento a essa denúncia de possível superfaturamento. A administração pública deve ser transparente, responsável e zelosa com os recursos dos cidadãos. Aguardamos ansiosamente por uma investigação completa e medidas apropriadas para esclarecer essa questão e, se necessário, responsabilizar aqueles envolvidos. É um momento crucial para a nossa cidade e sua integridade financeira.

Clique aqui e veja o vídeo com a denúncia do professor Aurívio Veiga

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Câmara de Araguari: vereadores são criticados por falta de comprometimento durante as sessões




A jornalista Garliene Paiva usou as redes sociais para criticar a conduta dos vereadores de Araguari, destacando a falta de respeito de alguns deles durante as sessões na Câmara Municipal. Ela mencionou que cidadãos presentes na sessão ficaram indignados com o comportamento dos vereadores, que comparecem às sessões, mas não permanecem no plenário. Garliene também apontou que essa situação não é recente e questionou o compromisso desses eleitos em cumprir suas obrigações durante o mandato. Ela expressou sua insatisfação com vereadores fictícios que marcam presença, mas não cumprem suas funções, considerando isso uma falta de respeito com a população. A reportagem contou com a concordância dos jornalistas Wilson Prado e Limírio Martins, do programa Tempero da Notícia, Rádio Planalto, que compartilharam a opinião de que muitos vereadores não estão fazendo jus aos altos salários que recebem.

domingo, 8 de outubro de 2023

Transparência em risco: sociedade exige respostas após revelações sobre o prefeito

 


Na iminência das eleições de 2020, a Polícia Civil de Minas Gerais desencadeou uma investigação em busca de possíveis crimes eleitorais. Durante essa operação, por um acaso do destino (encontro fortuito de provas), descobriu, entre as conversas em aplicativos de celulares apreendidos, um achado que lança luz sobre o papel do Major Renato Carvalho Fernandes, atual prefeito de Araguari, na administração da empresa Nutri Nuts. Essa revelação suscita questões cruciais sobre a conduta de agentes públicos e a capacidade das instituições em promover a justiça.

Em 5 de setembro de 2018, o Major Renato comunicou à servidora Emiliane Veloso de Almeida Borges, da Vigilância Sanitária Municipal, que há dois anos estava à frente da gestão da empresa Nutri Nuts. Esta conversa é apenas uma de muitas entre eles, nas quais o militar tentou garantir que a empresa estivesse em conformidade com a legislação sanitária para assinar um contrato de fornecimento de pães com o município. O que torna essa informação notável é que, de acordo com a Polícia Civil, o militar, ainda na ativa, estava diretamente envolvido na administração da empresa, o que contraria a legislação militar, em particular o artigo 29 da Lei 6880/80. Além disso, essa atuação parece indicar tratamento potencialmente irregular a uma empresa que já tinha contratos com vários órgãos públicos, incluindo o Exército e a própria Prefeitura, mas que estava registrada sob o nome da mãe do militar.

Diante desse cenário, a Polícia Civil tomou a iniciativa de encaminhar essas informações ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP-MG). Entretanto, considerando o silêncio oficial sobre tema de inegável interesse público, a pergunta que persiste é: qual foi a atuação do MP-MG com relação a essas provas?

A sociedade aguarda ansiosamente uma resposta a essa indagação, uma vez que a confiança nas instituições responsáveis por garantir a justiça e a integridade pública depende da capacidade de agir diante de evidências de possíveis irregularidades. A divulgação e análise adequadas dessas provas são fundamentais para assegurar que a justiça seja aplicada de maneira imparcial e justa, independentemente do status ou influência dos envolvidos.

A sociedade deve permanecer vigilante e exigir transparência e prestação de contas por parte de suas instituições, a fim de preservar a integridade do sistema democrático e garantir que todos os cidadãos sejam tratados igualmente perante a lei. A resposta do Ministério Público do Estado de Minas Gerais a essa questão desempenha um papel fundamental na restauração da confiança de parte da população nas instituições encarregadas de promover a justiça e a aplicação da lei.

Ministério Público em Araguari: guardião da justiça ou inimigo do controle social?


O controle social é um pilar fundamental para a manutenção de uma sociedade democrática e transparente. Quando cidadãos se unem para fiscalizar a gestão pública, estão exercendo seu direito e dever de contribuir para um governo mais justo e eficiente. Nesse contexto, o Ministério Público deve ser um aliado dos cidadãos, apoiando e protegendo aqueles que buscam a transparência e o correto funcionamento da administração pública em Araguari. No entanto, algumas dúvidas cruciais têm surgido a respeito da atuação do órgão fiscal da lei na cidade. Por que, em alguns casos, um promotor de justiça parece perseguir cidadãos que estão tentando fiscalizar a gestão municipal? Quem se beneficia com essa postura? 

O controle social se baseia na participação ativa da sociedade na fiscalização das ações do governo. É uma maneira de garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e que os direitos dos cidadãos sejam respeitados. Quando os cidadãos se envolvem nesse processo, eles contribuem para o fortalecimento da democracia e a promoção de uma gestão mais transparente e eficaz.

O Ministério Público é uma instituição essencial para a preservação do Estado de Direito. Seu papel principal é zelar pelo cumprimento da lei e dos direitos dos cidadãos. No contexto do controle social, o órgão deveria atuar como um aliado dos cidadãos, apoiando suas iniciativas de fiscalização e investigação. No entanto, algumas situações em Araguari têm levantado dúvidas sobre a atuação dessa instituição.

É alarmante quando promotor de justiça parece perseguir cidadãos que estão exercendo seu direito de fiscalização. Isso levanta a questão: quem se beneficia com essa postura? Quando um promotor age dessa forma, corre-se o risco de criar um ambiente hostil que desencoraja a participação cidadã e protege possíveis irregularidades na administração pública.

O controle social é vital para a democracia, e o Ministério Público deve desempenhar um papel fundamental em apoiar e proteger os cidadãos engajados nessa causa. A atuação do órgão fiscal da lei em Araguari levanta sérias questões sobre o alinhamento dessa instituição com os interesses públicos. É essencial que o órgão atue de forma independente e imparcial, garantindo que a fiscalização da gestão municipal seja conduzida de maneira justa e transparente. A sociedade araguarina espera e merece uma instituição que esteja verdadeiramente comprometida com a defesa dos seus direitos e interesses.

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