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terça-feira, 7 de junho de 2016

MPGO investiga irregularidades em contratos do transporte coletivo


O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) instaurou inquérito civil público em Goiânia para apurar irregularidades na prorrogação, por parte da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), dos contratos com 12 empresas que operam as linhas do transporte coletivo intermunicipal de Goiás sem a realizar licitação, conforme noticiado nesta quinta-feira (2/6) pelo jornal O Popular.

Segundo informado na matéria, a autorização para a prorrogação dos contratos com as empresas deu-se por um decreto do governador do Estado, Marconi Perillo, o que, para a promotora, estaria em confronto com a Constituição Federal, que exige licitação para contratação de empresas prestadoras de serviços públicos. 

A regularização da contratação foi, inclusive, motivadora de ação civil pública, ajuizada no ano de 2010 em face do Estado de Goiás, da AGR e das empresas de transporte intermunicipal, que objetivava a realização de licitação para contratação de prestadoras do serviço. Isso porque, conforme consta, dentre as 35 operadoras desse tipo de transporte em Goiás, algumas possuem contrato vigente há mais de 50 anos sem nunca terem participado de procedimento licitatório.

Para a promotora, essa “omissão do Estado de Goiás causaria prejuízos a milhares de goianos”, tendo ela, inclusive, recebido relatos narrando o descaso do transporte, como a superlotação e a situação precária dos ônibus. Ressalta ainda que, caso sejam comprovadas as irregularidades, estas podem configurar atos de improbidade administrativa, conforme os artigos 9, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92).

Clique aqui e leia a reportagem na íntegra.


PITACO DO BLOG

Em Araguari, desde 2013, a situação do transporte coletivo é precária. Tanto na qualidade quanto na legalidade. Contratos emergenciais vêm-se sucedendo. Somente agora, acena-se com a possibilidade de licitação. Tudo isso acontece nas barbas da sociedade e dos órgãos de controle.

O blog já fez diversas denúncias sobre suspeitas de ilegalidades nessas contratações. Como a péssima qualidade dos serviços costuma ser um dos sintomas da prática de irregularidades, convêm disponibilizar alguns links sobre o tema.

EMPRESAS INIDÔNEAS (monografia citando a ausência de segregação de funções como um dos indícios de fraudes em licitações e contratações).
Ônibus em precárias condições.

Saudades da ditadura?


Estão em curso no Brasil diversas tentativas de calar a imprensa e as redes sociais. Para piorar, parte desses atentados contra a liberdade de expressão estão partindo de agentes públicos, ou seja, justamente de quem deveria cumprir as leis e se sujeitar ao controle da sociedade. Deve ser saudade do período das trevas que se abateu sobre o Brasil durante o regime militar.

A partir de hoje, irei postar várias notícias sobre o tema. A matéria é relevante. A liberdade de expressão foi conquistada a duras penas. Muito sangue foi derramado para que ela figurasse como um direito fundamental do cidadão. Retroceder é pecado irremissível. Equivale a jogar o processo civilizatório na lata de lixo.

Uma dessas tentativas de mordaça figura entre as manchetes de hoje da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, alguns jornalistas do Paraná estão sendo alvo de dezenas de processos judiciais por terem publicado reportagens sobre os altos salários de juízes daquele estado. As ações foram ajuizadas em pelo menos 15 cidades, obrigando os jornalistas a se deslocarem para diversas audiências (pulverizaram as ações para dificultar a defesa). O valor total da indenização pedida corresponde a R$ 1,3 milhão.

Clique aqui e leia a reportagem da Folha de S. Paulo.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Terceirização da saúde: Estado tem capacidade de fiscalização? IV


Fonte: A gestão da saúde pelas Organizações Sociais de Saúde. Reflexões, críticas e propostas sob o olhar da Defesa do Patrimônio Público. Seminário: A gestão hospitalar compartilhada é o melhor caminho para a efetiva construção social do SUS? Reflexões para o seu aprimoramento.
Autor: Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, 
Mestrando em Saúde Pública pela UFMG, Especialista em Direito Sanitário pela ESP/MG

domingo, 5 de junho de 2016

Terceirização da saúde pública: Estado tem capacidade de fiscalização? III


Fonte: A gestão da saúde pelas Organizações Sociais de Saúde. Reflexões, críticas e propostas sob o olhar da Defesa do Patrimônio Público. Seminário: A gestão hospitalar compartilhada é o melhor caminho para a efetiva construção social do SUS? Reflexões para o seu aprimoramento.
Autor: Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, 
Mestrando em Saúde Pública pela UFMG, Especialista em Direito Sanitário pela ESP/MG

sábado, 4 de junho de 2016

Ônibus em precárias condições




A má qualidade dos serviços públicos é um dos sintomas da falta de controle. Ônibus em más condições e insuficiente número de linhas e veículos fazem parte  da rotina dos usuários. A população, como sempre, é a grande prejudicada. Afinal, paga impostos e a tarifa, mas não recebe a devida contrapartida. E quem deveria fiscalizar?! Esse simplesmente não usa o transporte coletivo.

MP de Goiás ajuiza ação para impedir gastos com Exposição Agropecuária






































Em Goianésia-GO, o prefeito pretende gastar R$ 385 mil com shows na Exposição Agropecuária. O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) não concordou. Entendeu que existem outras prioridades. Os serviços de saúde, por exemplo, não estão sendo prestados satisfatoriamente. Por isso, ingressou com ação judicial pedindo seja proibida a realização do evento.

A conduta do promotor de Goianésia é digna de elogios. Deveria ser seguida por todo o Ministério Público. Chega de pão e circo! Chega de dinheiro público migrando do bolso de quem paga impostos (trabalhadores) para o de grandes empresários (sindicatos de produtores rurais, por exemplo)! Sem falar no tradicional percentual dragado pelo ralo da corrupção.

Clique aqui e leia a reportagem na íntegra.

Vejam postagens sobre gastos públicos com eventos em Araguari:

Me engana que eu gosto!
Vai rolar a festa!
Show caro?
Carnaval 2014: os gastos continuam...
Carnaval 2013: shows serão contratados sem licitação

Terceirização da saúde pública: Estado tem capacidade de fiscalização? II


 Fonte: A gestão da saúde pelas Organizações Sociais de Saúde. Reflexões, críticas e propostas sob o olhar da Defesa do Patrimônio Público. Seminário: A gestão hospitalar compartilhada é o melhor caminho para a efetiva construção social do SUS? Reflexões para o seu aprimoramento.
Autor: Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, 
Mestrando em Saúde Pública pela UFMG, Especialista em Direito Sanitário pela ESP/MG

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