Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Idosa pede ajuda para diagnóstico médico
A saúde pública de Araguari não mudou nada. Aliás, se mudança houve, foi para pior.
Lembro-me que, quando criança, tinha que dormir na fila do antigo INPS (no Edifício dos Bancários) para conseguir "guia" e ser atendido por um médico público.
Durante a minha adolescência, todos os dias, via pessoas dormindo na fila em frente ao Posto de Saúde do Bairro Goiás, a menos de 100 metros da casa dos meus pais.
Agora, essa senhora diz ao repórter que, para ser atendida e tentar conter suas dores, tem que dormir na fila de um posto de saúde. Isso é desumano!
Nas mãos de quem esteve a saúde pública de Araguari nas últimas décadas? Eu tenho uma resposta. O poder em Araguari nunca mudou de mãos. Nunca foi do povo efetivamente. Esse continuísmo ocorreu também na saúde pública. Com raras exceções, vimos gestores mais preocupados com seus interesses particulares do que com o bem-estar da população propriamente dito. A falta de priorização desse setor e de um minimo planejamento colocou os araguarinos num calvário, onde cada estação é mais sofrida que a anterior.
Não há saída no curto prazo. Passar por cima dos direitos do cidadão é uma questão cultural. Um verdadeiro esporte. Precisamos ser mais cuidadosos na hora de eleger nossos representantes e mais exigentes na hora de exercer nossos direitos. Não podemos mais achar que fatos semelhantes aos retratados nessa reportagem são normais. Não são. Precisamos nos indignar.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
União gasta com “vigilância” mais do que investe em saúde
Paulo Victor Chagas Do Contas Abertas |
A União gastou no ano passado quase R$ 1,7 bilhão em despesas com vigilância. A atividade é prestada com o objetivo de garantir de modo ostensivo a segurança de locais e pessoas públicas. O valor é mais que o dobro dos investimentos executados pelo Ministério da Saúde em 2011 (R$ 746 milhões). Caso os recursos tivessem sido aplicados por um ministério, a Pasta da “vigilância” ocuparia a quarta posição no ranking de investimentos executados em 2011, perdendo apenas para os Transportes, a Defesa e a Educação, que executaram R$ 6,1, R$ 5,8 e R$ 2,8 bilhões, respectivamente. Este ano, essas despesas já chegaram a R$ 715 milhões até o final de junho.
Clique aqui e leia a reportagem completa no site Contas Abertas.
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Leitor, tire suas próprias conclusões. O que você acha de um governo que gasta mais em vigilância do que em saúde?
Apenas a título de mera informação, baseado no que vejo no meu dia-a-dia, afirmo que essas empresas de vigilância fazem forte lobby perante os governos. Na verdade, muitas delas pertencem a políticos. Vários contratos são recheados de irregularidades. Algumas causam prejuízo ao poder público e aos seus empregados. Depois, como num passe de mágica, desaparecem. Claro, os seus proprietários ou "laranjas" criam outras empresas "limpas" e voltam a prestar serviços aos governos. E assim a vida continua.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Era uma vez...
Era uma vez um governo que prometeu reduzir os gastos com empreiteiras. Ficou só na promessa. O demonstrativo acima, extraído do Portal da Transparência (quando ele estava disponível) comprova que somente em janeiro deste ano a Prefeitura gastou R$ 118.191,00 (cento e dezoito mil, cento e noventa e um reais) com aluguel de caminhões e máquinas pesadas.
PROMESSAS PROMETIDAS É NÃO CUMPRIDAS!
Airton Da Cunha Ribeiro*
Numa fria manhã de 2008 estava caminhando próximo ao Colégio Estadual, para pegar o ônibus que leva diariamente os estudantes universitários araguarinos para Uberlândia. Mais a frente vejo um aglomerado, um tanto estranho, de gente que nunca havia visto naquele local. Continuo a caminhar até que de repente um senhor veio ao meu encontro, com um ar um tanto sério e austero. Ele estende a mão e eu por educação retribui – o gesto. Após este breve contato, continuo a caminhar. Até que novamente sou abordado por uma garota que me entrega um panfleto, de arte gráfica bem trabalhada, material de boa qualidade, bem diferente a minha realidade de militante estudantil. Passo rapidamente os olhos no panfleto, e num lampejo vejo letras garrafais em destaque, onde dizia que aquele senhor de ar sério e austero se comprometia se eleito prefeito a arcar com toda os custos do transporte dos estudantes universitários araguarinos, que estudavam nas universidades fora do município. Em sua carta de programa, esta proposta foi chamada de “GRATUIDADE DO TRANSPORTE DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS”.
Após as eleições de 2008, e a respectiva vitória do referido candidato, graças em grande parte ao voto dos estudantes universitários, que compraram a promessa da gratuidade do transporte, o cenário foi sendo desvendado. Aqueles que detém um mínimo de conhecimento acerca da estrutura do transporte universitário, sabem que é impossível o governo municipal arcar com todo os custo desta transporte. Isso não é ser pessimista, muito menos uma desculpa para se acomodar com a situação que presenciamos naqueles primeiros meses de 2009. Assim indo de desencontro com o status quo araguarino, um grupo de jovens foi reinvindicar a tal da “gratuidade do transporte”, prometida e até aquele momento não cumprida pelo governo. Como de praxe sofremos uma saraivada de desculpas. Mas apesar de tudo mantivemos fiéis a nossa reinvindicação. Naquele momento a mídia pelega do governo começou a desferir os mais variados ataques aos estudantes universitários. Chamando – os de alienados, que utilizavam o transporte universitário para fazer turismo, se divertirem na noite uberlandense, etc.
Do grupo inicial dos universitários que tinham em comum a reinvindicação pelo cumprimento da promessa da gratuidade do transporte universitário, surgiu o M.E.A (Movimento Estudantil Araguari). Até então um movimento de vanguarda para os padrões da cidade. Nossa primeira ação foi publicar principalmente pelos meios digitais (blog, orkut) um manifesto que contra argumentava os fatos colocados pela imprensa governista. Assim o manifesto de gêneses do MEA foi assim escrito:
Passados quatro anos nos vemos em volta de um novo processo eleitoral, onde as promessas de gratuidade do transporte universitário não mais fazem parte das propostas dos candidatos a prefeito. Este tema foi posto em um segundo plano nos programas de governo. Desta forma nunca e demais buscarmos no passado elementos que nós possam ajudar a compreender o presente. Não se deve acreditar que conquistas para os setores estudantis araguarinos serão conseguidas mediantes a benevolência dos “amigos dos estudantes”, da "juventude que busca renovação", ou das promessas eleitoreiras, etc. Se realmente avançarmos no ponto que se refere a questão do transporte dos estudantes universitários, e por que conseguimos através das mobilizações, da luta, atingir nossos objetivos. Pelo contrário serão apenas mais PROMESSAS PROMETIDAS É NÃO CUMPRIDAS!
* Militante do CDS (Campo do Debate Socialista)
Numa fria manhã de 2008 estava caminhando próximo ao Colégio Estadual, para pegar o ônibus que leva diariamente os estudantes universitários araguarinos para Uberlândia. Mais a frente vejo um aglomerado, um tanto estranho, de gente que nunca havia visto naquele local. Continuo a caminhar até que de repente um senhor veio ao meu encontro, com um ar um tanto sério e austero. Ele estende a mão e eu por educação retribui – o gesto. Após este breve contato, continuo a caminhar. Até que novamente sou abordado por uma garota que me entrega um panfleto, de arte gráfica bem trabalhada, material de boa qualidade, bem diferente a minha realidade de militante estudantil. Passo rapidamente os olhos no panfleto, e num lampejo vejo letras garrafais em destaque, onde dizia que aquele senhor de ar sério e austero se comprometia se eleito prefeito a arcar com toda os custos do transporte dos estudantes universitários araguarinos, que estudavam nas universidades fora do município. Em sua carta de programa, esta proposta foi chamada de “GRATUIDADE DO TRANSPORTE DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS”.
Após as eleições de 2008, e a respectiva vitória do referido candidato, graças em grande parte ao voto dos estudantes universitários, que compraram a promessa da gratuidade do transporte, o cenário foi sendo desvendado. Aqueles que detém um mínimo de conhecimento acerca da estrutura do transporte universitário, sabem que é impossível o governo municipal arcar com todo os custo desta transporte. Isso não é ser pessimista, muito menos uma desculpa para se acomodar com a situação que presenciamos naqueles primeiros meses de 2009. Assim indo de desencontro com o status quo araguarino, um grupo de jovens foi reinvindicar a tal da “gratuidade do transporte”, prometida e até aquele momento não cumprida pelo governo. Como de praxe sofremos uma saraivada de desculpas. Mas apesar de tudo mantivemos fiéis a nossa reinvindicação. Naquele momento a mídia pelega do governo começou a desferir os mais variados ataques aos estudantes universitários. Chamando – os de alienados, que utilizavam o transporte universitário para fazer turismo, se divertirem na noite uberlandense, etc.
Do grupo inicial dos universitários que tinham em comum a reinvindicação pelo cumprimento da promessa da gratuidade do transporte universitário, surgiu o M.E.A (Movimento Estudantil Araguari). Até então um movimento de vanguarda para os padrões da cidade. Nossa primeira ação foi publicar principalmente pelos meios digitais (blog, orkut) um manifesto que contra argumentava os fatos colocados pela imprensa governista. Assim o manifesto de gêneses do MEA foi assim escrito:
“O M.E.A. (Movimento Estudantil Araguarino) é uma nova alternativa política que surgiu no momento em que os ânimos dos estudantes mais engajados foram feridos pela falsa promessa de gratuidade do transporte universitário, feita pelo candidato que veio a assumir a cadeira de prefeito da cidade. Também e válido lembrar as ofensas desferidas através do veículo midiático oficioso do governo, que atende pelo nome de Jornal Correio de Araguari, atacando de forma gratuita todo o segmento universitário. Classificando estes como um bando de alienados que não conhece a própria realidade de sua cidade.O surgimento do M.E.A veio desmentir este veículo midiático oficioso, primeiramente na demonstração de que existem, sim, pessoas interessadas na coletividade araguarina, que estão preocupadas com as barbáries políticas que cotidianamente vemos aqui. Por conseguinte veio desmentir que não e possível fazer política fora de instituições pelegas a serviço dos interesses dos donos do poder em nossa cidade.”
Passados quatro anos nos vemos em volta de um novo processo eleitoral, onde as promessas de gratuidade do transporte universitário não mais fazem parte das propostas dos candidatos a prefeito. Este tema foi posto em um segundo plano nos programas de governo. Desta forma nunca e demais buscarmos no passado elementos que nós possam ajudar a compreender o presente. Não se deve acreditar que conquistas para os setores estudantis araguarinos serão conseguidas mediantes a benevolência dos “amigos dos estudantes”, da "juventude que busca renovação", ou das promessas eleitoreiras, etc. Se realmente avançarmos no ponto que se refere a questão do transporte dos estudantes universitários, e por que conseguimos através das mobilizações, da luta, atingir nossos objetivos. Pelo contrário serão apenas mais PROMESSAS PROMETIDAS É NÃO CUMPRIDAS!
* Militante do CDS (Campo do Debate Socialista)
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