quarta-feira, 25 de julho de 2012

União gasta com “vigilância” mais do que investe em saúde


Paulo Victor Chagas
Do Contas Abertas
A União gastou no ano passado quase R$ 1,7 bilhão em despesas com vigilância. A atividade é prestada com o objetivo de garantir de modo ostensivo a segurança de locais e pessoas públicas. O valor é mais que o dobro dos investimentos executados pelo Ministério da Saúde em 2011 (R$ 746 milhões). Caso os recursos tivessem sido aplicados por um ministério, a Pasta da “vigilância” ocuparia a quarta posição no ranking de investimentos executados em 2011, perdendo apenas para os Transportes, a Defesa e a Educação, que executaram R$ 6,1, R$ 5,8 e R$ 2,8 bilhões, respectivamente. Este ano, essas despesas já chegaram a R$ 715 milhões até o final de junho.
Confira os gastos em 2011 e 2012.

Clique aqui e leia a reportagem completa no site Contas Abertas.


Leitor, tire suas próprias conclusões. O que você acha de um governo que gasta mais em vigilância do que em saúde?
Apenas a título de mera informação, baseado no que vejo no meu dia-a-dia, afirmo que essas empresas de vigilância fazem forte lobby perante os governos. Na verdade, muitas delas pertencem a políticos. Vários contratos são recheados de irregularidades. Algumas causam prejuízo ao poder público e aos seus empregados. Depois, como num passe de mágica, desaparecem. Claro, os seus proprietários ou "laranjas" criam outras empresas "limpas" e voltam a prestar serviços aos governos. E assim a vida continua.

2 comentários:

Unknown disse...

A questão, no âmbito político-administrativo, se baseia unicamente em "lobby" e no poder econômico.

O Sistema Único de Saúde, além dos problemas pontuais de amadorismo na gestão e malversação de recursos, sobre também de uma estranha forma de "lobby reverso".

O que é o "lobby reverso"? É o lobby dos proprietários de serviços privados de saúde (incluidas as instituições ditas filantrópicas) que pressionam os agentes políticos (Executivo e Legislativo) a não cumprirem as disposições legais para viabilização do SUS.

A razão é simples. A eficácia do SUS representaria perda de receita no setor privado.

Convenientemente, os agentes políticos (em especial vereadores) também conseguem ganhar com a ineficácia do sistema (SUS), garantindo "favores" aos seus clientes-eleitores com o chapeu alheio (no caso, o direito dos próprios eleitores, como cidadãos, de acesso Universal e Integral a todas as ações e serviços de saúde).

Duvido que algum candidato a prefeito, vereador ou seus parceiros tenha disposição para debater (a fundo e com propriedade) este assunto.

No mais, restam circo, pão, santinhos e foguetes...

Aristeu disse...

E ninguém vigia... talvez oram.

Postagem em destaque

Falta em audiência resulta em negativa de religamento de energia elétrica para idosa dependente de aparelhos médicos

Uma idosa de 89 anos, em situação de vulnerabilidade, teve sua ação contra a Energisa/SA encerrada sem análise de mérito, após não comparece...