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terça-feira, 27 de março de 2012

Obrigado, Marcos Coelho!

Neste mês, os moradores da praça que fica entre as ruas Kyomi Sakaye e Dr. Augusto de Oliveira, atrás da Drogafone, no Bairro Goiás, ao abrirem as portas de suas casas encontraram duas agradáveis surpresas. Na verdade, são dois presentes dados pelo governo municipal:
1º - o carnê do IPTU, contendo a ilegal e imoral taxa de conservação de vias públicas:

2º - o mato que cresce entre em volta da praça. Detalhe: a falta de capina e limpeza não é novidade naquele local. No ano passado e no mês de janeiro deste, esse "matinho" já estava lá.
Foto disponibilizada pelo Jornal do Bairro Goiás.

CRATERAS NAS VIAS URBANAS: incompetência e descaso da Prefeitura de Araguari

INCÚRIA DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL CAUSA PREJUÍZOS E DISSABORES NO TRÂNSITO
 
No início da noite de segunda-feira, 26.03.2012, por volta de 18h50, fui vítima da incúria, da irresponsabilidade, da inoperância e do descaso da Prefeitura de Araguari para com seus cidadãos.
 
Trafegando em meu carro pela Avenida Minas Gerais, sob intensa chuva, me dirigia à UNIPAC, onde ministro aulas, para aplicar prova aos alunos do 5º período de Administração. No trecho da avenida, entre a Escola Estadual Mario Pereira e o Golden Hall, subitamente senti um forte impacto na parte frontal do carro, que travou a direção e as rodas, após cair numa imensa cratera, ocultada pela água da chuva.
 
Meu carro ficou atravessado na pista, sem qualquer condição de locomoção. Liguei o pisca-alerta, deixei os farois acesos e desci, debaixo de chuva, para orientar os demais motoristas, evitando assim que caissem no mesmo buraco ou que colidissem com a traseira do meu veículo.
 
Acionei a Polícia Militar, pelo 190. Fui prontamente atendido por duas guarnições. Os policiais orientaram o trânsito, ao mesmo tempo em que tentavam me ajudar a encostar o carro; sem sucesso, pois as rodas e a direção travaram. Os policiais ligaram para o plantão da Secretaria Municipal de Trânsito: ninguém atendeu!!
Alguns amigos pararam e ajudaram como puderam: CRISTIANE FREITAS, HORÁCIO PÓVOA e FREDERICO OZANAM. Fiquei em dívida com eles.
 
Meu carro foi guinchado para a oficina. Os policiais lavraram o Boletim de Ocorrência. Acionarei judicialmente o Município de Araguari, para que responda pelos prejuízos causados por sua incúria.
Fica o registro do meu mais sincero agradecimento aos amigos que ajudaram. Um agradecimento especial ao 53º Batalhão de Polícia Militar de Araguari, na pessoas dos militares das duas guarnições que gentilmente me auxiliaram, num momento de extrema dificuldade e angústia. Exemplo de profissionalismo e amor ao próximo.
 
No mais, lamento ter sentido na pele (e no bolso) as consequências do descaso da Administração Municipal com as vias públicas de nossa cidade e, por óbvio, com os araguarinos.








Transcrito do Blog Saúde na Tela (clique aqui para ler).

Pitaco do Blog
Taí um exemplo do que é feito (ou melhor, do que não é feito) com o dinheiro do contribuinte. A arrecadação tributária do município vem aumentando, sobretudo com a entrada em vigor do inconstitucional Código Tributário. Paradoxalmente, a qualidade dos serviços públicos públicos prestados aos cidadãos vem caindo vertiginosamente.
O fato narrado pelo cidadão Edilvo demonstra bem isso. Crateras podem ser vistas em diversas ruas da cidade. Problema que poderia ser resolvido com um pouco de boa vontade. Bastaria colocar em prática um plano de manutenção e conservação dessas vias.
Estranhamente, enquanto os buracos pipocam pelas nossas ruas, o faturamento das empreiteiras que prestam serviços de manutenção e conservação à Prefeitura vem aumentando ano a ano. Como explicar uma situação dessas? Para aonde está indo o dinheiro público? Queremos uma explicação.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Confiança ou conivência?

O secretário Sílvio Póvoa está sendo processado por improbidade administrativa por prejuízo e irregularidades no "Caso dos Eucaliptos". O que o prefeito fez? Manteve ele no cargo. O ex-secretário Clever Lima também é reu nesse mesmo processo. O que o prefeito fez? Exonerou ele do cargo, mas depois o nomeou para procurador do município. A então diretora de Saúde Iolanda Costa é citada no relatório da "sindicância do mamógrafo" como uma das envolvidas nas irregularidades ocorridas no Pronto Socorro Municipal. O que o prefeito fez? Deu-lhe uma espécie de promoção, nomeando-a secretária de Saúde.
Alguns dirão que o prefeito está certo. Afinal, existe a tal presunção de inocência. Traduzindo: ninguém pode ser considerado culpado até o julgamento (condenação) final. Logo, essas pessoas deveriam permanecer nos cargos.
Ocorre, porém, que existe um outro princípio que deve ser observado. Falo da moralidade. O agente público não deve apenas ser honesto. Deve parecer honesto. Como dizia o meu saudoso pai, "aí a porca torce o rabo". Nessa linha, pessoas processadas judicial e administrativa parecem honestas o suficiente para ocuparem cargos públicos? É igualmente honesto manter em cargos públicos pessoas processadas por  supostas irregularidades?
Há algumas conclusões possíveis no caso. Ou o prefeito tem ciência de que essas irregularidades não ocorreram e, por isso, confia piamente na honestidade e competência desses seus auxiliares diretos. Ou ele, sabendo que as irregularidades existiram, acredita na impunidade. Nesta última hipótese, o prefeito estaria, no mínimo, sendo conivente com essas práticas. Estaria, em suma, sinalizando para os seus subordinados e para a sociedade que vale a pena cometer irregularidades e causar prejuízos ao município. Enfim, o crime compensaria. Isso é perigoso. Esse tipo de procedimento do Chefe do Executivo deveria ser melhor observado pelo Ministério Público e, sobretudo, pelos eleitores.

domingo, 25 de março de 2012

Obrigado, Chico!

Uma singela homenagem ao maior humorista brasileiro. Chico Anysio soube, como poucos, usar o humor como forma de contestação do modo de se fazer política no Brasil. Enquanto ele se foi, Justo Veríssimo, um de seus famosos personagens, está mais vivo do que nunca entre nós. Podemos encontrá-lo nas filas da morte dos hospitais públicos, nos políticos que transportam dinheiro na cueca, nas licitações fraudadas, nos e parentes e apadrinhados de políticos que se encastelam no Poder Público, nos governantes que se enriquecem rapidamente à custa do trabalho da população...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Matutando sobre as supostas irregularidades na SMS

Eu preciso entender. A atual secretária de Saúde, quando ainda era diretora naquela Pasta, tentou contratar os serviços de manutenção de um gerador do Pronto Socorro Municipal que, na verdade, nem existia. Os "serviços" não foram pagos porque a servidora Mirian de Lima negou-se a assinar  documentos necessários para realizar essa contratação e denunciou o fato ao Procurador-Geral do Município. Na época, a Secretaria de Saúde obteve três orçamentos para escolher o contratado para realizar a manutenção do gerador inexistente. Hoje, o advogado da secretária alega que a intenção da secretária era adquirir um gerador(?) e não fazer a manutenção. Coincidentemente, na pesquisa de preços feita, à época, pela Secretaria, a empresa que cotou o menor valor para a manutenção foi mesma que, supostamente, teria recebido dinheiro indevido pela "manutenção" do mamógrafo interditado e lacrado. Dois fatos. Personagem comum. Quais seriam as verdadeiras ligações entre a empresa e a Secretaria? Por favor, me ajudem a compreender isso...

Abandono e insegurança

Do jornalista Márcio Marques, na coluna Em Resumo, do Gazeta do Triângulo, de hoje:
ABANDONO
A praça do Constituição está completamente abandonada e jogada às traças, ou melhor, aos andarilhos e pedintes. Além disso, o mato vem tomando conta do logradouro, deixando o local com um ar de cidade abandonada. É certo que será construída uma nova unidade de pronto atendimento no local, mas até lá não seria conveniente cuidar um pouco mais da praça para que o aspecto da cidade se torne mais agradável? Registro a sugestão.


Pitaco do blog
O jornalista foi muito feliz no seu comentário. Infeliz foi o cidadão que estava na referida praça na madrugada de hoje e foi assaltado por um usuário de crack. O abandono contribui para a insegurança, que hoje toma conta da cidade. De quem seria a culpa?
Argumenta-se que a segurança pública não é responsabilidade do Município. Esse é um raciocínio totalmente errado. O governo municipal tem, sim, sua parcela de culpa nesses casos.
O colunista fala do abandono da praça da Constituição. Esse raciocínio vale para várias outras praças da cidade. O Município abandonou as praças. Antes, existiam vigias noturnos nesses locais. Hoje, não mais.
Além disso, nossas praças viraram "residência" de andarilhos, pedintes e usuários de drogas. Aqui, mais uma vez temos a responsabilidade, também, do Município. Onde estaria a Secretaria de Trabalho e Assistência Social?  Provavelmente, realizando eventos regados a refrigerante e salgadinhos. Em vez de "colocar  a mão na massa" e tentar resolver o problema, representantes da Pasta argumentam que não podem fazer nada porque algumas pessoas simplesmente optaram por "morar" na rua. Eles têm o direito de ir e vir.
Há aqui também o problema de saúde pública, que é o consumo do crack. O que a Secretaria de Saúde estaria fazendo para resolver o problema? Poderia fazer mais? Há uma política pública municipal de combate a esse mal?
Vejam, senhores, que não podemos ser simplistas. O aumento da sensação de insegurança dos araguarinos não é culpa somente da falta de policiamento (responsabilidade do Estado) ou da entrada de drogas no país (responsabilidade da União). O Município poderia fazer muito mais para reduzir a violência na cidade. Mas, estranhamente, parece que os governantes de Araguari têm outras "prioridades".

terça-feira, 20 de março de 2012

Opinião dos Leitores: O Legado da Sobremesa

Legado da Sobremesa

Uma tentativa de análise da atual estrutura político-econômica de Araguari remete-nos aos tempos gloriosos do auge da lavoura de café em nosso município. Lembro-me que até meados da década de 80, podíamos notar um intenso movimento humano, gerado principalmente pela cultura dessa sobremesa. Levas de homens e mulheres podiam ser vistas de madrugadinha, embarcando em caminhões que os conduziriam ao trabalho no campo.
Lembro-me que aos sábados, à tarde, a Avenida Senador Melo Viana, ficava abarrotada desses trabalhadores que acabavam de chegar do trabalho na roça. Nos antigos armazéns, as chamadas “vendas”, os donos se desdobravam para atender à demanda, vendendo ou recebendo as antigas “cadernetas”. Nos bares ao redor, amontoados de homens ainda sujos da labuta, refrescavam em seus copos de cerveja, atenuando a semana dura e calejada do ganha-pão. “Havia àqueles “que preferiam “matar o bicho” e mandavam uma” Jamel” goela abaixo, mordendo rapidamente um espetinho passado na farinha sem o vendedor preocupar-se, como hoje, com o tal do SIM. Havia movimento, corria dinheiro, e mesmo ainda sendo criança, percebia que aquele movimento era devido ao trabalho nas lavouras de café.
Com um contingente tão grande de trabalhadores nas mãos, era possível aos fazendeiros de café ter seu poder político ressaltado frente a outras categorias. Tinham seu povo e dinheiro para manter o poder. Durante a época de ouro dessa cultura em nossa Araguari, a política sempre foi direcionada aos donos dessa lavoura e seus interesses, que esbarravam inclusive na vinda de novos empreendimentos para cá. Enquanto nossas vizinhas como Uberlândia e Uberaba, preparavam o terreno propiciando condições de desenvolvimento, Araguari cerrou-se no provincianismo de interesses e preferiu manter uma estrutura que por fim culminaria em prejuízo à cidade.
A partir do fim da década de 80, percebemos que a lavoura cafeeira passa pela mecanização, excluindo uma massa enorme de trabalhadores sem qualificação. As grandes colheitadeiras passam a fazer o trabalho de milhares de homens e mulheres - lembro-me que á época até crianças “iam pro café”- surgindo um grande número de desocupados em Araguari. Dessa forma, apesar de estar aumentando seus ganhos com a mecanização agrícola o cafeicultor perde uma enorme quantidade de eleitores, que sem o trabalho, perdem o vínculo e não se sentem mais em obrigações com o patrão. Assim o café começa a perder espaço na política.
Some-se a esses fatores, uma brusca mudança na fronteira agrícola, onde o centro-oeste, a partir da década de 1990, passou a atrair interesses e capitais para as mais variadas lavouras, inclusive o café. Dessa forma, fomos perdendo a hegemonia sobre o produto. E em termos de economia globalizada, atualmente em termos de volume de produção o Brasil já foi ultrapassado pela Colômbia na produção de café.
Graças à dependência exclusiva de um único produto, nossa cidade ficou marginalizada pelo desenvolvimento. Graças aos interesses de apenas uma classe, não conseguimos criar condições e infraestrutura para o desenvolvimento. Devido a isso, já fomos ultrapassados até por Catalão, onde se criaram condições para aportar grandes indústrias, o que, a meu ver, é fator peremptório para o desenvolvimento de qualquer localidade. Ontem, a pedido de uma amigo, fui a uma reunião onde estava presente o vice-governador (confesso que é um ambiente onde não me sinto à vontade). Conversando com o Odon De Queiroz Naves, ele expôs seu ponto de vista sobre desenvolver Araguari. Concordo que temos de manter e apoiar as estruturas que já temos aqui. Apoiar o comércio e as pequenas indústrias já existentes. Entretanto, dependermos exclusivamente do comércio da Rui Barbosa é direcionar Araguari ao limbo do desenvolvimento.
O comércio depende muito da Prefeitura e do Estado, que são os maiores empregadores do município, porém, os trabalhadores têm o salário cada vez mais achatado, devido a fatores como perdas salariais, endividamento com empréstimos, etc. Tem-se de pensar Araguari dentro de uma concepção onde a concorrência não seja vista como algo prejudicial, mas sim motivadora do desenvolvimento industrial e comercial, afinal, isso é próprio do capitalismo. E fechar Araguari aos investimentos por simples caprichos de comerciantes ou outra classe é um atraso colossal que está nos deixando ilhados aqui no Triângulo Mineiro. Necessárias análises mais técnicas para o desenvolvimento, deixando de lado suposições e “achismos” que nada beneficiam ou impulsionam o desenvolvimento. Nunca vi falar que Araguari faz, por exemplo, pesquisa de mercado.
O Odon me disse ontem que a crítica pela crítica é inválida. Concordo. Aqui está minha sugestão: não deixar Araguari depender de uma única classe como no passado. Mudar a mentalidade e pensar numa cidade para todos, não só para o cafeicultor, o médico, o dentista ou o servidor público. O caminho é valorizar o que já possuímos incrementar e atrair novos investimentos. Mas para isso precisaríamos de pessoas de ampla visão e conhecimentos multidisciplinares. E nesse último ponto já esbarraremos em vaidades.


* Wellington Colenghi é funcionário público municipal.

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