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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tarja Preta: Raul Belém deve uma explicação à sociedade


Assim que as primeiras notícias sobre a Operação Tarja Preta pipocaram na cidade, o prefeito, Raul Belém, foi às emissoras de rádio prestar informações. Noticiou a rescisão do contrato com o escritório Chayb & Máscimo, a exoneração de dois servidores e o afastamento temporário a pedido do procurador-geral, Leonardo Borelli. Na ocasião, afirmou que o advogado Tomaz Chayb somente foi contratado pelo município em setembro deste ano. Entretanto, as transcrições das escutas telefônicas desmentiram essa afirmação. O advogado, que é investigado em Goiás por supostas fraudes em licitações e contratos administrativos, já atuava na Prefeitura desde abril deste ano, demonstrando, inclusive, ter influência na tomada de decisões (clique aqui).

Em alguns trechos das conversas telefônicas capturadas pelo Ministério Público de Goiás por ordem judicial, são noticiados contatos de trabalho entre o prefeito e o advogado Tomaz Chayb muito antes de setembro.  No dia 09/04, o advogado informa ao empresário Vivaldo que a conversa com o prefeito realizada na noite do dia anterior "foi boa, que ele (o prefeito) deu todo o respaldo possível" (pág. 322). Em 10/04, essa reunião foi objeto de conversa com uma pessoa não identificada, ocasião em que o advogado reiterou que "o prefeito lhe deu todo o respaldo possível" (fl. 323). No dia 16/04, o subprocurador Marcel informa ao advogado que, assim que este chegar em Araguari, irão ao encontro de "Raul e companhia" (pág. 340). Já no dia 04/05, o encontro seria entre o prefeito, o procurador-geral do município e o referido subprocurador (pág. 385). Mais que isso,  o próprio prefeito teve uma conversa telefônica com o advogado capturada no dia 23/05. Na gravação, Raul pede o advogado que, assim que chegar na cidade, "o procure no Gabinete" (pág. 417). 

Essas conversas de trabalho indicam, de plano, que o advogado trabalhava de forma ilegal no município. Vale dizer: prestava serviços sem cobertura contratual (clique aqui). Pior: sinaliza que o prefeito tinha conhecimento dessa situação.

Não somente por esses fatos, mas por muitos outros ainda não esclarecidos, a exemplo da possível influência do empresário Vivaldo na contratação do escritório Chayb & Máscimo, o prefeito Raul Belém deveria vir a público explicar à sociedade qual é o tipo de ligação que ele e outros integrantes do governo tinham com Tomaz Chayb, quem foi o responsável direto pela sua contratação e quais foram as licitações e contratos em que o advogado efetivamente teve influência.

Clique aqui e leia o nosso primeiro post sobre os respingos da Operação Tarja Preta no município de Araguari.
Clique aqui e leia o Diário de Goiás, que acompanha, de perto, as apurações sobre o caso no estado de Goiás.

Post atualizado em 31/10/2013 às 17h23.



8 comentários:

Aristeu disse...

"Eu nunca vi este meliante"... e a impregnação das digitais reluzem no dna conjunto... Araguari segue seu rumo a pauladas ou remadas.

Anônimo disse...

GOVERNO LULA NAO SEI DE NADA NAO VI NADA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK AGORA E 11 kkkkkkkkkkkkkkk chupa araguariiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii;;;;;;

Anônimo disse...

AGORA E 11 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ;;;;;;;;;

Unknown disse...

O prefeito de Araguari deve explicações (muitas, e convincentes) à população e ao Ministério Público.

Sobre a suposta CLI a ser aberta pela Câmara Municipal, lamentavelmente o histórico da "casa" recomenda justificada desconfiança com a produção de mais uma pizza azeda, antirepublicada e antidemocrática.

Alguns "investigadores" de eventual CLI seriam os mesmos vereadores(as) que se omitiram de fiscalizar (dentre outras coisas) a obra do hospital municipal, o estranho desvio de eucaliptos, superfaturamento de marmitex, pagamento indevido de "manutenção" de araque em raio-x e mamógrafo interditados pelo governo do Estado, assédio moral e perseguição contra servidores municipais (mesmo com carta aberta e denúncia aberta na câmara), ingerência no trabalho de fiscais sanitários, presença de pessoas sem nomeação ocupando funções públicas, etc, etc, etc.

Ninguém, em sã consciência, irá acreditar que o poder legislativo, sempre tão submisso à vontade do executivo, possa agir com a imparcialidade, a isenção e a independência necessários para qualquer tipo de apuração de fatos.

Anônimo disse...

Hoje me deparei com inúmeros exemplares de um jornal local com a "Bela foto" de nosso Ilustríssimo Senhor Doutor. Me fiz a seguinte pergunta, se a população local também ganhou tais exemplares, quem pagou pelos mesmos (valor de R$1,00) cada exemplar (só na minha porta tinha 05) e qual motivo da distribuição gratuita.
Teria o mesmo a função de tapar os escândalos das últimas semanas, promover atos eleitoreiros ou em última e mais remota hipótese de terem entregue o jornal no local errado.

Anônimo disse...

CINCO exemplares?
ou você goza de muito prestígio com o autor ou, realmente, anda sobrando dinheiro n'algum lugar

Anônimo disse...

Vivado é aquele envolvido no caso Márcio Dorázio x banco Itaú?

Anônimo disse...

O telefone 34 99881000 é particular ou do gabinete do prefeito. A CLI e o MP podem começar investigando e rastreando este número.

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