quinta-feira, 3 de novembro de 2011

'Não dê esmola, dê dignidade', campanha orienta em Araguari, MG

PM tenta convencer moradores de rua a voltarem para cidade de origem.



O único albergue do município foi interditado e precisa de reforma.


A campanha "Não dê esmola, dê dignidade", em Araguari, vai orientar a população a não dar esmolas aos moradores de rua. No município do Triângulo Mineiro, uma equipe de assistência social com apoio da Polícia Militar (PM) tenta convencer estas pessoas a voltarem para as cidades de origem.

Três vezes por semana a ronda social percorre pontos que já são conhecidos como abrigo para quem mora na rua, sempre com apoio da Polícia Militar. Das pessoas encontradas na Praça dos Ferroviários, muitas são de outras cidades. Os policiais conferem os documentos para checar de onde eles são. A assistente social faz o convite para que os moradores de rua voltem para casa. "O trabalho é dificil", comentou a assitente social Aparecida Damião.
Para esse trabalho, a prefeitura espera a participação da comunidade. A ideia é incentivar a troca da esmola por uma ajuda para que essas pessoas busquem dignidade. O material da campanha que será distribuído está quase pronto. Segundo a secretária de Trabalho e Ação Social, Virgínia Alcântara, o trabalho deve iniciar em dezembro.
O único albergue da cidade foi interditado e precisa de reforma. Com isso, Araguari não tem onde os moradores de rua possam passar a noite temporariamente. "Pretendemos arrumar um local perto da rodoviária, mas ainda não há data definida", disse a secretária.
Transcrito do Portal G1 - Triângulo Mineiro
Pitaco do Blog
Os governantes sempre encontram saídas geniais para transferir a culpa das mazelas sociais para a população. O caso noticiado é mais um exemplo disso.
A ausência de albergue e a existência de moradores de rua não decorrem de culpa exclusiva da sociedade. No primeiro caso, é responsabilidade única e exclusiva dos governos, em especial do municipal, que, além de não priorizar gastos com assistência social, não realizou a devida manutenção do imóvel onde funcionava o albergue. Resultado: aluguel de outro imóvel (sem licitação) e a realização de despesas com essa campanha. No segundo caso (existência de moradores de rua), há responsabilidade conjunta do estado e da sociedade. As famílias, degradadas, abandonam seus entes "queridos" à própria sorte, e o Estado, omisso, não cumpre a sua função constitucional de prestar assistência social e de reduzir as desigualdades sociais.
O mais impressionante é que a campanha tenta mexer com a solidariedade do povo araguarino (diminui-la, na verdade). Ao sugerir que os cidadãos desconfiem de todo aquele que pede esmolas, o município tenta induzi-los a se afastar do ensinamento cristão de que se deve fazer o bem sem olhar a quem. Se a pessoa tem a convicção de que, dando esmolas, estará fazendo o bem, por que o município se julga no direito de interferir? Não seria mais interessante aplicar melhor os recursos públicos na atividade-fim da assistência social?
Em suma, queremos menos eventos e festinhas bancados com recursos públicos e mais gastos com a dignidade das pessoas que vivem à margem da sociedade.

35 comentários:

garliene arts disse...

PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR>>>>>CADÊ OS LEGISLADORES DESTA CIDADE??
Hummm acho que foram passear no bosque =S

Iconoclasta disse...

A verdadeira campanha é a seguinte: "Não dê esmola, que assim eles vão embora"

Iconoclasta disse...

O poder público que deveria por meio de seus projetos e pela busca de recursos desenvolver políticas que também envolvam a sociedade para que seja possivel dar dignidade a essas pessoas. Agora o único albergue está interditado e necessitando de reformas e a na própria voz da secretária de Trabalho e Ação Social "pretendemos arrumar um local perto da rodoviária, mas ainda não há data definida"
Já estamos chegando no ultimo ano de administração do Novo Modelo ainda somos obrigados a ouvir um discurso de quem parece ter chegado no poder ontem. É brincadeira ou querem mais?

Anônimo disse...

Junta a falta de interesse do poder público com a falta de vontade dos moradores de rua, a situação tende a piorar ainda mais. Não há como esperar outra coisa. De que adianta o albergue estar em plenas condições de funcionamento? Se não existir uma política eficaz que garanta saúde, educação e a dignidade da população de modo geral, este problema vai sempre "persistir".

Rodolfo Paranhos.

Anônimo disse...

Dignidade?? tem algo mais digno do que trabalho?? Alguém aqui acredita que esteja faltando emprego?? FALTAM PROFISSIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL!!! É MORADOR DE RUA POR OPÇÃO, NÃO TEM DINHEIRO PORQUE NÃO QUER TRABALHAR E NÃO PEDE ESMOLA PRA COMER, PEDE PRA TOMAR TODAS!!!

Anônimo disse...

Anônimo,
É justamente ao trabalho que me referi.
Se estivessem trabalhando, estudando, etc... não estariam nas ruas pedindo esmola. Como o sistema público não faz a parte dele e só funciona em benefício dele próprio, não devemos condenar estas pessoas, nem mesmo colocar a culpa apenas no sistema.

Rodolfo Paranhos.

ANTONIO MARCOS DE PAULO disse...

Esse assunto é interessante. Eu lamento não ter tocado nele antes, quando recebi a notícia da interdição do albergue.
Não podemos generalizar. Existem diversas pessoas em situação de risco social: moradores de rua, andarilhos, etc.
O papel da sociedade e do Estado é reduzir esse problema. A prática mostra que não basta dar pão, leite e sopa. São necessárias políticas públicas de resgate dessas pessoas que, por algum motivo, vivem à margem da sociedade. É claro que, para certos casos, deve haver uma ação mais firme, inclusive sob o aspecto policial.
O que me parece necessário é a intervenção do Estado mediante medidas preventivas, repressiveas e ressocializantes. Não dá mais para conviver com a omissão estatal ou com a inversão de prioridades.

Aristeu disse...

Se eu for ter que dar dignidade certamente a daria aos governantes, pois nada tem.

Wellington disse...

"FALTAM PROFISSIONAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL!!! É MORADOR DE RUA POR OPÇÃO, NÃO TEM DINHEIRO PORQUE NÃO QUER TRABALHAR E NÃO PEDE ESMOLA PRA COMER, PEDE PRA TOMAR TODAS!!!"
Analisar pelo prisma do trabalho em si é extremamente raso, inadequado. A questão exige interpretações sociológica mais ampla, desvinculando-se do preconceito e tentando entender a História de cada pessoa nessa situação.
Obviamente o Modelo Capitalista ensina á pré-julgar esses grupos, no caso os moradores de rua, como excluídos do mundo do trabalho por desapego à labuta física, deixando de levar em conta as variantes que tornaram aquele homem ou mulher um excluído, um pária.
O Blá Blá Blá de sempre, daqueles que tanto defendem o trabalho e subjugam essas pessoas desafortunadas, me faz rir. Nunca tem conhecimento, psicológico, histórico ou filosófico das questões que habitam nossa sociedade e vem ao blog com seu discurso moral. Aliás, coisa de gente hipócrita. De pequeno burguês que teme pela sua propriedade, de ser acéfalo que não consegue se enxergar no outro, por isso o teme e o ataca.
Enquanto pedem esmola para comer ou encher a cara para esquecer seu tormento, outros moralistas deviam pedir uma esmola intelectual. Vai escrever bobeira assim na rua.

Iconoclasta disse...

"É MORADOR DE RUA POR OPÇÃO, NÃO TEM DINHEIRO PORQUE NÃO QUER TRABALHAR E NÃO PEDE ESMOLA PRA COMER, PEDE PRA TOMAR TODAS!!!"

Adoraria acreditar que tal opinião não é de alguém que apoia o "Novo Modelo".

Anônimo disse...

Eu particularmente, as vezes dou sim esmola mesmo pro cara que chega com bafo de pinga, mas não dou esmolas para crianças pois geralmente há um adulto por trás.
Não me incomoda gente suja, fedorenta ou seja lá como estiver EM LOCAIS PUBLICOS, pois afinal é publico e o direito garante o ir e vir, me incomoda muito é gente desonesta, estejam mautrapilhas ou de terno e gravata.

Atenciosamente.
Riberto de Sousa Junior.

Anônimo disse...

Acho que na realidade deveriamos olhar por outro prisma, se voce continuar dando esmola,para que o outro vai trabalhar se como dinheiro da esmola ele ganha mais do que qualquer um de nós que trabalhamos duro. E eles ainda tem dindim para o carotinho. Vi a reportagem ontem na TV Integração, aquela pedinte que apareceu na praça dos Ferroviarios, anda com um monte de homens tambem pedintes e todos dependentes quimicos,enquanto ela bate na sua porta o outro de ameaça com faca, quando não entra dentro de sua casa e te rouba, já passei por isso. Acho que a dignidade não é contribuir para que o outro continue na rua a pedir,mas que aja politicas publicas eficazes para que o dependente quimico possa se desintoxicar e não adianta dar tudo na realidade temos que ensina-los a pescar,mas sera que eles realmente querem? Jogar a culpa em cima dos gestores será essencial, se fosse assim a cracolandia não existia, sera que todos nós não temos um pouco de responsabilidade nesta condições,pois enquanto estamos dando um trocado a um e outro o consumo de drogas so tem aumentado. Acho que se cada um fizer a sua parte todos construiremos uma sociedade mais justa e igualitaria,mas pelo contrario sempre sentamos e esperamos que o outro faça,pois é muito mais facil criticar do que realizar. Acho valido pensarmos que estamos construindo uma sociedade em que ninguem tem real vontade de crescer e sim de viver de favores ou de relagias proporcionadas por politicagem barata, vemos isso em todos os locais. Será que aquela mulher que apareceu na tv ontem, onde ela arruma dinheiro, alguem contrinui para que ela e seus companheiros permaneçam em praça publica enchendo a cara de drogas e alcool e ameaçandotodos que por ali passam. ha alguins dias atras ela estava tomando sol em plena praça, e quando alguem vem tira-la dali, so os gestores são responsaveis? Ou sera que aqule que lhe deu um trocado nao é tão responsavel quantoo gestor? Vamos pensar um pouquinho e agir sem politicagem e sim com o que realmente cada um de nos queremos para nossa Araguari,uma cidade onde nao se ha politicas para migrantes ou uma cidade onde a população é tão hospitaleira que contribui para que todos permaneçam na rua sem precisar trabalhar e ganhar. Albergue não é solução para migrantes, pois eles fazem tudo errado o dia todo e ainda conseguem uma cama limpinha, toalha limpinha, chuveiro quentinho e comida quentinha, para no outro dia ganhar mais do que aqueles que ainda tem que tabalhar o dia todo para dar cobertura a muitos desempregados e sem vontade trabalhar. A rua dá mais dinheiro..... pensem nisto.

Anônimo disse...

Eu concordo com você anônimo.

Rodolfo Paranhos.

Anônimo disse...

Anonimo do dia 04 as 22:59...

Quem lê seu post é capaz de achar que pedir dinheiro ou ficar sujo pelas ruas é profissão, e que além de valer à pena, ainda é fácil pra caramba...
Se fosse verdade que pedir dinheiro na rua é coisa simples e que dá muito dinheiro, te garanto que você mesmo pensaria em fazer isso para viver, e no entanto sabemos que a coisa não é bem assim, e que ninguém faz isso simplesmente porque gosta. Duvido que se você perguntar para qualquer criança em idade escolar o que ela quer ser da vida, se alguma delas responderá que quer ser mendigo, no entanto, algumas serão.
O que você acha absurdo em dar uma cama quentinha, chuveiro quentinho e comida quentinha para um migrante que passou o dia todo fazendo sabe-se lá o que, eu chamo de minimo. São seres humanos que até que prove-se o contrario, são inocentes e cidadãos dignos, muito diferente de criminosos condenados e que estão em presidios com todos os "quentinhos" nos horarios certos e ainda contam com bolsa auxilio... isso sim é um absurdo. Ou mais absurdo ainda, politicos de todo tipo que se elegem na base da tramóia, aprontam todas com os trouxas que os elegeram e ainda custam muito mais caro que qualquer chuveirada e prato de comida em um albergue qualquer.
Você se esquece meu caro anonimo, que o objetivo da esmola ou do albergue não é ensinar ninguém a pescar. Para isso existem ou deveriam existir outros programas sociais e de saude para tratar os viciados ou ressocializar os excluidos.
A esmola ou a cama quentinha tem por unico intuito dar o minimo para quem não tem nada, e que ganhando ou roubando, continuarão tendo necessidades a serem atendidas.

Sim é possivel que algum deles vá mesmo com um comparsa até sua casa para lhe roubar com uma faca, também é possivel que o pessoal da praça dos ferroviarios estejam mesmo passando dos limites ao ameaçarem outros cidadão, afinal, isso é coisa que acontece; aliás, não faz muito eu me lembro de um Juíz de direito que matou um trabalhador vigia de um supermercado por motivo futil, e também me lembro não faz muito, que revogaram a prisão e aposentaram o promotor de 30 anos que matou um cara por ter OLHADO para sua namorada em uma praia de São Paulo... enfim, criminoso tem mesmo que pagar por seus atos, sejam eles cometidos por quem for, e para isso deveria servir a justiça e a policia.

Enquanto não for crime perambular pelas ruas vestindo roupas sujas e PEDINDO qualquer coisa, não vejo motivos para desviar a policia que deve ter mais o que fazer, para ficar fazendo campanha e empurrando andarilhos para outra vizinhança sem resolver de fato problema nenhum.

Atenciosamente.
Riberto de Sousa Junior.

Wellington disse...

Anônimo dia 4 de novembro de 2011 22:59
Escrever anonimo não exclui você do português correto co pontuação, vírgula, concordância...
Além de argumentos fracos, com a pouca qualidade de escrita fica difícil entender alguns posts....

Zimiro disse...

O bom é que o anônimo começa o texto assim: "Acho que na realidade deveriamos olhar por outro prisma"
(...)Daí em diante ele vai manter a mesma visão de criminalização dos moradores de rua. Isso acontece porque ao abordar a questão apenas com uso da relação moral e trabalho dentro da práxis das relações capitalistas transfere toda a situação de miséria aos próprios moradores de rua. Infelizmente há uma verdadeira banalização desse fenômeno social. É triste até de ler certos comentários.

Anônimo disse...

Em 2002 eu era membro da ADESA (Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Araguari), entidade privada sem fins lucrativos nem vínculos políticos.

Pensamos em criar um banco de microcrédito. Levamos a ideia adiante com o SEBRAE-MG; criamos a ACREDITA (Associação de Crédito do Microempreendedor de Araguari) para a qual os companheiros me elegeram presidente (sem remuneração, claro).

Fui a Belo Horizonte duas vezes participar de cursos de capacitação em Microcrédito, promovidos pelo SEBRAE-MG e com a presença de pessoas ligadas ao microcrédito de todo o país e outros países da América do Sul, como Equador, Bolívia, Peru.

O microcrédito é resultado do ideal de um economista de Bangladesh (país paupérrimo). Muhammed Yunus acreditava que as pessoas que vivem na miséria (caso de muitos em seu país) não são preguiçosas; elas precisam de apoio, estímulo. Então, para comprovar sua tese, resolveu ele mesmo emprestar 50 dólares para cada uma de 6 mulheres de Bangladesh. Porque mulheres? Yunus acreditava que a mulher é mais empreendedora que o homem. Passados alguns meses, 5 das 6 mulheres lhe devolveram o capital (US$ 50,00) e disseram terem conseguido algum lucro utilizando o dinheiro para fazer negócios. Apenas 1 delas não devolveu o capital. Então, Yunus comprovando sua tese, em 1976 criou o GRAMEEN BANK, que hoje conta com US$ milhões de empréstimos em sua carteira.
Em 2006 Muhammad Yunus ganhou o PRÊMIO NOBEL DA PAZ, que dividiu com o Grameen Bank.

O SEBRAE-MG elaborou nosso projeto que apresentei pessoalmente à Câmara Municipal, onde, após minha explanação foi aprovado por unanimidade o projeto de lei do Executivo que autorizava formalizar o Termo de Parceria entre PMA e ACREDITA. A PMA liberou, de forma parcelada, recursos para o custeio e para o fundo de empréstimo.

Começo, então, a funcionar o BANCO SOCIAL (nome sugerido por mim). Durante 4 anos atendemos centenas de propostas de microempreendedores como donos de hortaliças, sacoleiras, doceiras, donos de carrinhos de cachorro quente, sapateiros aposentados, etc. Foi um sucesso.

Em 2005, ao assumir a Secretaria de Saúde e tendo encerrado meu mandato de 4 anos, me afastei do Banco Social.

Lamentavelmente, aos poucos o Banco Social foi perdendo força até encerrar suas atividades, em 2009.

Foi mais um dos meus sonhos que morreu, sepultado pela insensibilidade social.

EDILVO MOTA
Araguarino genérico

Wellington disse...

Algumas ações em Araguari são um corpo estranho dentro organismo social que vivemos. A cidade ainda extremamente provinciana e de pensamento bairrista, não produz qualquer condição para gerenciar o desenvolvimento social da comunidade.
Apenas vemos o poder público criar jargões e trabalhar em cima deles somente com propaganda e atitudes paliativas, isso quando dão ao menos um paliativo.
NO Rio De Janeiro, começo do século XX, implantou-se uma política de urbanização,a qual, pretendia dar ares parisienses àquela cidade. Promoveu-se dessa forma, arbitrariedades em nome do progresso. Moradores e andarilhos do centro foram expulsos para os morros, começando o processo de favelização da cidade maravilhosa.Ora, esteticamente não era bom para o Rio aqueles cortiços cheios de gente suja e pobre em pleno centro da cidade.
Apesar da suposta boa intenção de Rodrigues Alves, então presidente do Brasil, o processo foi forçado e prejudicou muitos cidadãos cariocas na então Capital Federal de nosso país. fato que culminou na Revolta da Vacina.
Voltando ao caso de Araguari, onde a elite sempre no poder, com traços escandalosamente arcaicos e provinciais - lembro que até hoje aqui a família à que pertencemos conta até para vagas de emprego - não suporta e não tolera que as rus de sua cidades estejam frequentadas e usadas como moradia por pessoas sujas e mal vestidas, estendendo-lhe as mãos para um trocado. Ora, que absurdo. A elite transforma uma questão estética em questão de segurança pública, e não acha sua parcela de culpa nisso. Nunca, ora, se são ricos é por que trabalharam e estudaram, enquanto o mendigo é só um vagabundo.
Apesar de não ser advogado, creio existir na Constituição um tal Direito de ir e vir, que não é cumprido e sufocado a bel prazer dos ricos e poderosos. Confio muito pouco na justiça e democracia ainda é um termo estranho numa sociedade saiu da ditadura apenas a 26 anos atrás e ainda não abe lidar com certos princípios garantidos por lei. E afinal, nossa Constituição tem caráter mais sociológico que legal.
A solução para o problema não é expulsar outros seres humanos daqui. A solução passa por projetos de geração de renda. Não saberia citar um só programa desses em execução na nossa Brejo Alegre. A incompetência da Secretaria de Ação social aqui é fato.
Projeto Social aqui se baseia apenas na distribuição de cestas básicas, isso quando o fazem.

Unknown disse...

Colenghi... é isso!!

Quando participei da ADESA, meu sonho era a implantação de hortas comunitárias e outras formas de geração de renda e inclusão socioeconômicas.

Mas a gente fica pregando no deserto, sendo ironizado por quem não tem visão coletiva.

Também no exercício da função pública tive frustrações, como por exemplo não obter apoio para a implantação do laboratório público para produção de medicamentos fitoterápicos, em parceria com a REDE FITOCERRADO (UFU, UFTM).

Poderíamos produzir em larga escala medicamentos fitoterápicos a custo ínfimo e atender grande parte da demanda do SUS, tanto para Araguari quanto para a região.

Organizamos seminário em Araguari, obtivemos apoio da Unipac que estava prestes a iniciar o curso de Farmácia. Mas dentro do próprio governo e na Câmara Municipal, encontramos obstáculos e o projeto foi barrado.

Por estas e outras desisti!!

EDILVO MOTA
Araguarino genérico

Wellington disse...

Edilvo,
espero que não deem aos andarilhos a mesma solução que sonham aplicar aos debatedores do BLOG: O Jordão. Espero que não....

Unknown disse...

Colenghi, nada a preocupar.

Esses arroubos, em forma de ameaça, é coisa de gente que tem a cabeça ainda no século XVIII.

Justamente por isso a gestão capenga e a cidade patina.

EDILVO MOTA
Araguarino genérico

Ianis disse...

UBERLÂNDIA-MG, 6 de novembro de 2011.

Prezados e-Leitores,

(...)
'Não dê esmola, dê dignidade', campanha orienta em Araguari, MG
(...)

Exmos. Srs. POLÍTICOS, não comprem VOTOS.

Deixem os Eleitores decidirem por suas próprias conciências...

TENHAM DIGNIDADE !!!

Compreendo que PEDIR VOTO é degradante... mas comprá-lo, é IMORAL. E deveria ser ILEGAL.

Atenciosamente,
Janis Peters Grants.

Unknown disse...

Quem vende o voto é tão canalha quanto quem compra.

Anônimo disse...

O negocio é vender pra um , mas votar no outro.

Unknown disse...

Eis o retrato do país.

Os políticos são uma pequena amostra da sociedade.

Anônimo disse...

Sou contra dar esmola em dinheiro pois se paro o meu carro e o pedinte fala "posso vigiar?" ele quer dinheiro, se dou, ele vai continuar pedindo e mais vai chegar uma hora, pois isso, já aconteceu comigo em Goiânia ele vai arranhar o meu carro ou coisa pior logo, o "posso vigiar" vira uma ameaça. Querem dar esmola? Deem comida, oferecem um quintal para limpar, uma faxina.
São excluidos, então inclua-os!
Como? A resposta para esta pergunta é emprego!
Não sabem trabalhar? Ensine-os!
Não querem trabalhar? Ai é dificil, pois, não vou dar esmola para quem quer manter sua droga, agredir as pessoas.
É opnião minha!
Não sou e nem pretendo ser professora caso escrevi palavras incorretas, mas acredito que este blog é para todos opinarem!
Também não sou da m. deste governo.
Sou anonimo sim, pois, não quero colocar meu nome por opção.
Mas se forem dar esmolas escolham comida em vez de dinheiro.

Anônimo disse...

A secretaria de Trabalho e Ação Social deixa um albergue sem condições de uso mas consome-se 200 mil reais em salgadinhos. Repetindo, no programa "Voz do Povo" na Onda Viva foi comentado que esta secretaria consumiu nada menos que 200 mil reais em salgadinhos, refrigerantes e por ai vai...
Precisa dizer mais alguma coisa?

Anônimo disse...

200 mil em salgadinhos... Araguari é um lugar onde o povo dos governos é dado a comer e beber bem mesmo...Foi aqui mesmo que uma auditoria comprovou que em um ano a camara dos vereadores comprou café suficiente para encher uma piscina olimpica de cafézinhos algumas gestões atrás.

Atenciosamente.
Riberto de Sousa Junior.

Com a maldita memória em dia.

Anônimo disse...

E só para quantificar melhor estes numeros, imaginando que sejam aqueles salgadinhos pequenos "tipo de festa" que custam em torno de 30 centavos a unidade e que tomem coca cola que a embalagem de 2L custa em torno de 4 reais, e teriamos:
100.000 / 0,30 = 333.333,3 Salgadinhos.
100.000 / 4 = 25.000 unidades ou 50.000 litros de refrigerantes.

Dividindo por dias do ano:
333.333,3 / 365 = 913,2 salgadinhos por dia.
50.000 / 365 = 136,9 Litros de refrigentes por dia.

Alguns pontos ficam batendo na cabeça do matuto que vos escreve:
1 - A secretaria não trabalha 365 dias por ano (aliás, muito longe disso), então a quantidade de salgadinhos e refrigerantes por dia é ainda muito maior.

2 - Eu não sei quantos funcionarios exatamente tem na secretaria, mas é possivel que estejam todos a beira do infarto com tamanha quantidade de guloseimas ingeridas.

3 - Realmente fica dificil uma secretaria que deveria tratar de quem não tem nada ou tem muito pouco, sobrar algum tempo para tratar de qualquer assunto quando se tem tanta comida para consumir em apenas 40 horas por semana (e olhe lá).

Atenciosamente.
Riberto de Sousa Junior.

Wellington disse...

Hum 200 mil em salgadinhos? Será que consigo que a Virgínia banque meu niver?

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkk, Colenghi, Se ela não bancar, e quiser tomar umas no boteco, é só avisar (e rachamos a conta).

Atenciosamente.
Riberto de Sousa Junior.

Anônimo disse...

Opa...

BUTECO?!?!


TÔ NESSA...


EDILVO MOTA
Araguarino genérico

Wellington disse...

Anônimo do dia 7 de novembro de 2011 19:06
"Sou contra dar esmola em dinheiro pois se paro o meu carro e o pedinte fala "posso vigiar?" ele quer dinheiro, se dou, ele vai continuar pedindo e mais vai chegar uma hora, pois isso, já aconteceu comigo em Goiânia ele vai arranhar o meu carro ou coisa pior logo, o "posso vigiar" vira uma ameaça."
Creio que a deteriorização do ser humano começou quando o primeiro humanoide em seu dialeto usou a palavra "meu". Infelizmente passamos a analisar a situação de outros através da relação de valor que estabelecemos com nossos bens materiais e consequentemente, quando invadem o espaço de nossa propriedade e nos sentimos ameaçados.
Alguns de nós só discutem o problema da exclusão social por caus do medo que os excluídos geram. Lembramos deles apenas quando ameaçam nossa propriedades. Sem hipocrisia, quantas vezes já mudamos de calçada só para não passar por eles. A calçada é pública e lá podem ficar né?
"A resposta para esta pergunta é emprego!
Não sabem trabalhar? Ensine-os!"
Sugiro à você que leia um pouco sobre desemprego estrutural e conjuntural na sociedade informacional que vivemos, talvez assim amplie seus conceitos e verá que suas "receitas" não são tão fáceis de executar como acha.
"É opnião minha!"
Voltamos `questão da propriedade, com a diferença de que se você defende uma opinião num espaço público, correrá o risco de ser criticada.
Você pode não ser dessa M. de governo, mas por sua mentalidade, parece que faria carreira nele.

Wellington disse...

Edilvo E Riberto;
Nossa ir pro buteco e racharmos duzentos mil?
kkkkkkk
Haja cerva!

Wellington disse...

Aos que temem os que nada tem:
Infelizmente
Titãs
A tua voz está cansada e rouca
Pois não falamos pela mesma boca
E o teu corpo então é gordo e calvo
O teu lençol já não é limpo e alvo
Não advinhas de quem és escravo
Nem o que pode causar tal estrago
Eu sei porque vives feliz e calmo
É porque achas que estás são e salvo
Tua mulher não quer criar teus filhos
E tu não queres dividir teus grãos de milho
E mesmo assim eis que aí vem de novo
Tua parceira vai por mais um ovo
Mas tu não sabes do que tenho fome
Pois não nos chamam pelo mesmo nome
E quando comes te redeiam moscas
É porque usas sempre as mesmas roupas
Mas se perderes tudo até as calças
Só vão te dar algum caixão sem alças
E quando enfim chegar a tua hora
Não vão pôr flor ao pé da tua cova

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