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domingo, 20 de outubro de 2013

Tarja Preta e o financiamento de campanha

O suposto esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na Operação Tarja Preta teve sua origem no financiamento de campanhas eleitorais. As apurações mostram que as irregularidades começaram em 2012, durante o processo eleitoral. A organização criminosa teria aliciado agentes públicos e candidatos em troca de financiamento de campanha eleitoral. Integrantes da quadrilha condicionavam o apoio financeiro à exclusividade no fornecimento de medicamentos aos municípios. 

A cúpula da organização era composta por empresas sediadas em Goiânia-GO. O Estado foi loteado por elas. Segundo o MPGO, 19 prefeituras participavam do esquema. As transações ilícitas teriam movimentado, somente no Estado de Goias, mais de 15 milhões de reais. Das 37 pessoas presas inicialmente, 11 já foram soltas. 3 prefeitos foram afastados do cargo por decisões do Poder Judiciário.

Ainda segundo a nossa fonte, a organização criminosa contava com um assessor jurídico, o advogado Tomaz Chayb, que foi também contratado pela Prefeitura de Araguari. A cúpula da quadrilha colocava o advogado para assessorar as prefeituras no setor de licitações e contratos. Com isso, os editais de licitação eram direcionados para as empresas que participavam do suposto esquema.

Em Araguari, as investigações estão apenas começando. Entretanto, as ligações entre alguns agentes públicos locais e integrantes da organização criminosa ficaram claras nas escutas telefônicas feitas pelo MPGO. Além disso, a forma de atuação, no município, do suposto assessor jurídico da organização criminosa é muito parecida com a ocorrida em cidades goianas. Em nossa cidade, o advogado também começou a trabalhar informalmente e teve influência na escolha e afastamento de servidores públicos que atuavam no setor de licitações. Além disso, o blog observou que alguns editais de licitação, praticamente padronizados, foram alterados para afastar empresas concorrentes.

Voltaremos ao assunto sempre que novas informações forem surgindo. Este blog faz absoluta questão de que os fatos sejam apurados. A verdade precisa ser restabelecida até mesmo para não manchar indevidamente a reputação de pessoas inocentes indevidamente citadas no escândalo. Os eventuais responsáveis devem ser punidos e afastados da vida pública. O dinheiro eventualmente desviado deve voltar aos cofres públicos.

Clique aqui e leia a transcrição das escutas telefônicas citando o nome da cidade Araguari, bem como de agentes públicos e empresários locais.

Clique aqui e leia o post sobre a estranha contratação do escritório Chayb & Máscimo pelo município de Araguari.

Clique aqui e veja o post sobre a exigência de condições que poderiam afastar empresas da licitação para a construção do Viaduto do São Sebastião.

Clique aqui e veja o post sobre a licitação para contratar serviços de publicidade que possuía exigências que afastavam empresas interessadas.




3 comentários:

Anônimo disse...

A imprensa escrita de Araguari e radiofonica (AM) deu uma mostra clara que nao eh confiavel, depois deste episodio tivemos certeza que nao existem jornalistas em nossa cidade, existem apenas reporteres de esquina e radialistas que adoram mensalinho....que vergonha.

Anônimo disse...

Alguem sabe do parafeiro do Presidente da Camara Municipal ?

Aristeu disse...

Licitação e ilícito,
Contrato e com trato,
prisão e soltura,
boa campanha e má companhia...
Tudo a ver.

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