Postei há pouco o resultado da primeira pesquisa eleitoral realizada pelo jornal "O Tempo", de Belo Horizonte. Tanto a pesquisa estimulada quanto a espontânea indicam um empate técnico entre os primeiros colocados. Há também a indicação de um alto índice de reprovação ao governo atual e de rejeição ao nome do prefeito Marcos Coelho.
Esses dados merecem uma rápida e singela interpretação.
Dois fatos nos chamam a atenção. Primeiro, o baixo índice de intenção de votos do atual prefeito na pesquisa espontânea. Normalmente, quem está no poder, por estar em evidência (mais tempo na mídia, por exemplo), costuma largar na frente. De acordo com essa pesquisa, isso não aconteceu, estando o prefeito praticamente empatado com o pré-candidato Raul Belém.
Segundo, o alto percentual de rejeição do prefeito e de reprovação da atual gestão também são relevantes. Indicam dificuldades de crescimento dos índices de intenção de voto do pré-candidato Marcos Coelho. Como os candidatos que estão classificados logo abaixo dele na pesquisa espontânea têm índices de rejeição bem menores, há uma indicativo de que, confirmados os percentuais de rejeição e de reprovação em outras pesquisas, as próximas aferições poderão demonstrar o fim do empate técnico. Indicam mais: devido à reprovação da gestão, não será fácil encontrar nomes alternativos ao do atual prefeito dentro do grupo político atualmente no poder.
O que nos interessa nesses dados? Nosso objetivo é ver melhorias na gestão pública. Logo, de plano, afirmamos que nenhum dos candidatos mencionados nessas pesquisas traduzem uma efetiva possibilidade de aumento da qualidade da gestão pública. Historicamente, os programas de governo têm sido solenemente ignorados pelos eleitos. Pior, no caso de Araguari, vemos uma sucessão de gestões deficientes, com falhas que atentam contra a qualidade dos serviços públicos e, por vezes, contra a probidade administrativa.
Nessa seara, outro ponto importante está na atuação dos governantes do momento. Na minha opinião, a gestão Marcos Coelho vem abusando, claramente, do uso da máquina pública para limpar a própria imagem e, com isso, obter dividendos eleitorais. Infelizmente, isso não está sendo visto por quem tem competência para coibir essas práticas. A partir desses resultados desfavoráveis, a tendência é a intensificação dos gastos públicos com publicidade e propaganda na tentativa de alavancar as intenções de voto no candidato à reeleição. Já que os órgãos competentes estão omissos nessa fiscalização, cabe ao cidadão prestar atenção neles e denunciar eventuais abusos.
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