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quarta-feira, 28 de março de 2012

Campanha eleitoral extemporânea?

Numa rede social, circula a informação de que o prefeito, com seu staff, já iniciou a campanha eleitoral com vistas às reeleições.

Afirma-se que o grupo palaciano está se reunindo com servidores municipais, durante o expediente, no local de trabalho, para falar das "realizações do governo".

Ainda, de acordo com informações passadas por uma estagiária, o staff do prefeito estaria tentando "sensibilizar" os (estagiários) a votar na reeleição. Com isso, teriam os seus "empregos" garantidos num eventual segundo mandato.

Consta ainda que, na quinta-feira, o grupo do prefeito irá se reunir com os funcionários que trabalham no combate à dengue.

Será que o Ministério Público, que muitas vezes não consegue evitar abusos nas contratações de comissionados, temporários e estagiários, terá força suficiente para conter as irregularidades praticadas em época de campanha eleitoral? Fica a dúvida.

terça-feira, 27 de março de 2012

Banco ou Farmácia?

Dias atrás, o colunista das "Curtas" do Diário de Araguari noticiou que um candidato a vereador teria ido a uma agência bancária para saber quanto poderia obter de empréstimo a partir de 2013 com o salário de vereador. A informação é interessante. Mostra não somente uma certeza de eleição, mas também o tipo de preocupação que se passa pela cabeça de alguns pré-candidatos. Não convém sonhar com dias melhores na política araguarina. Para a maioria dos políticos, exercer o cargo de vereador, que nem deveria ser remunerado, virou uma profissão rentável. Isso para não falar na possibilidade de receber dinheiro de fontes ilícitas.
Se fosse uma pessoa séria, esse pré-candidato agiria de forma diversa. Em vez de se preocupar em contrair empréstimos lastreados no futuro e incerto salário, ele deveria ir a uma farmácia. Para quê? Para comprar todo o estoque disponível de Plasil e Dramin. Só assim conseguiria, se eleito, evitar náuseas e vômitos causados pela convivência com "raposas velhas" e "filhotes de coronéis", que estarão (continuarão) presentes na próxima legislatura.

Um Desabafo

Um Desabafo


 Wellington Colenghi*


    O mundo do trabalho vem sofrendo significativas metamorfoses nas últimas décadas, tanto no campo técnico, com a informatização, quanto no campo das relações interpessoais. As empresas cujos administradores têm uma visão sistêmica integrada ao empreendedorismo já percebem a algum tempo que o funcionário é o maior bem da empresa.

    As atuais práticas de Recursos Humanos tendem a valorizar cada vez mais o trabalhador, premiando e incentivando o talento individual. Em termos de globalização, o que está em voga é a capacidade de inovar. Qualquer organização que preze por resultados satisfatórios cuida de seu trabalhador. Cuidado que não se restringe ao ambiente físico, com implementações de técnicas e tecnologias, mas com atitudes que busquem o trabalhador para o centro do processo.

    A relação do indivíduo com o trabalho depende do bem estar físico e psíquico. Este fato não se aplica apenas ao ambiente de trabalho propriamente dito, mas também na ausência de sentido nas normas e regulamentos de uma empresa, que por vezes, leva a uma exposição da imagem do trabalhador. A motivação do indivíduo se dá prioritariamente pelo sentido de pertencimento à organização da qual ele faz parte.

    Entretanto, observa-se no serviço público, principalmente na Prefeitura Municipal de Araguari (realidade que conheço de perto), o avesso dessas iniciativas. Não há qualquer tipo de valorização do servidor municipal. Não notamos iniciativas que promovem o bem estar do trabalhador, ou tentativas de inseri-lo como parte da organização municipal.

    Certamente há um fosso enorme que separa o público do privado. Principalmente o fator político, que impera na partilha dos cargos, desprezando-se o lado técnico, que sempre fica em último plano. As coligações eleitorais exigem sua fatia no bolo e o conhecimento necessário à execução das tarefas é desconsiderado. A infantilização do tratamento do servidor é uma constante. Menosprezam a capacidade cognitiva do trabalhador de carreira.

    Nossos gestores públicos ignoram que o estabelecimento de vínculos é uma via de mão dupla e que envolve cooperação e valorização. O sentido de pertencimento é absorvido a partir das relações estabelecidas, o que, no caso do serviço público, é fundamental à qualidade do serviço prestado à comunidade. Todos os trabalhadores de uma empresa devem ser respeitados como atores responsáveis por todos os processos e pelo reconhecimento interno e externo produzido. Nota-se, pelos fatos analisados até aqui, que os gestores do serviço público municipal encontram-se uma vez mais na contramão do desenvolvimento.

     A falta de cuidado com o servidor - principalmente o de carreira - não é uma exclusividade do “Novo Modelo”,. Entretanto, além da falta de valorização e da escassez de benefícios, o governo do PMDB, conseguiu deteriorar ainda mais as relações de trabalho entre organização e servidor. Práticas desrespeitosas e truculentas parecem ser uma constante. Enquanto isso, a  proposta de revisão do plano de carreira do servidor, que deveria ser vista pela administração como fator motivacional, encontra-se parada. Dizem até que está parada por “Força Divina”.

    Entrementes, a Câmara Municipal não mostra interesse pela situação precária em que se encontra o servidor público. Exceção de um ou dois. Há inclusive quem diga, nos corredores da Câmara, que não recebe mais servidor, pois não agüenta mais o chororô da categoria. Esse quadriênio cujo fim se aproxima pode ser considerado o pior período do Legislativo Municipal. Uma Legislação onde o Povo não foi prioridade.

     Enquanto outubro não chega, e nem a “Enchente de São José”, resta ao servidor público aguardar os resultados do próximo pleito eleitoral. Em relação a mudanças, duvido que ocorram, independente do grupo que chegará ao poder. O servidor público é sempre o primeiro a ouvir: “Não podemos fazer nada por vocês, o último prefeito deixou um rombo enorme”. De quatro em quatro anos ouvimos essa frase. Sofremos duas vezes, como cidadãos e como trabalhadores não valorizados. E ainda ouvimos que se não estivermos satisfeitos, nós é que temos de sair.

* Funcionário público municipal.
 

Obrigado, Marcos Coelho!

Neste mês, os moradores da praça que fica entre as ruas Kyomi Sakaye e Dr. Augusto de Oliveira, atrás da Drogafone, no Bairro Goiás, ao abrirem as portas de suas casas encontraram duas agradáveis surpresas. Na verdade, são dois presentes dados pelo governo municipal:
1º - o carnê do IPTU, contendo a ilegal e imoral taxa de conservação de vias públicas:

2º - o mato que cresce entre em volta da praça. Detalhe: a falta de capina e limpeza não é novidade naquele local. No ano passado e no mês de janeiro deste, esse "matinho" já estava lá.
Foto disponibilizada pelo Jornal do Bairro Goiás.

CRATERAS NAS VIAS URBANAS: incompetência e descaso da Prefeitura de Araguari

INCÚRIA DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL CAUSA PREJUÍZOS E DISSABORES NO TRÂNSITO
 
No início da noite de segunda-feira, 26.03.2012, por volta de 18h50, fui vítima da incúria, da irresponsabilidade, da inoperância e do descaso da Prefeitura de Araguari para com seus cidadãos.
 
Trafegando em meu carro pela Avenida Minas Gerais, sob intensa chuva, me dirigia à UNIPAC, onde ministro aulas, para aplicar prova aos alunos do 5º período de Administração. No trecho da avenida, entre a Escola Estadual Mario Pereira e o Golden Hall, subitamente senti um forte impacto na parte frontal do carro, que travou a direção e as rodas, após cair numa imensa cratera, ocultada pela água da chuva.
 
Meu carro ficou atravessado na pista, sem qualquer condição de locomoção. Liguei o pisca-alerta, deixei os farois acesos e desci, debaixo de chuva, para orientar os demais motoristas, evitando assim que caissem no mesmo buraco ou que colidissem com a traseira do meu veículo.
 
Acionei a Polícia Militar, pelo 190. Fui prontamente atendido por duas guarnições. Os policiais orientaram o trânsito, ao mesmo tempo em que tentavam me ajudar a encostar o carro; sem sucesso, pois as rodas e a direção travaram. Os policiais ligaram para o plantão da Secretaria Municipal de Trânsito: ninguém atendeu!!
Alguns amigos pararam e ajudaram como puderam: CRISTIANE FREITAS, HORÁCIO PÓVOA e FREDERICO OZANAM. Fiquei em dívida com eles.
 
Meu carro foi guinchado para a oficina. Os policiais lavraram o Boletim de Ocorrência. Acionarei judicialmente o Município de Araguari, para que responda pelos prejuízos causados por sua incúria.
Fica o registro do meu mais sincero agradecimento aos amigos que ajudaram. Um agradecimento especial ao 53º Batalhão de Polícia Militar de Araguari, na pessoas dos militares das duas guarnições que gentilmente me auxiliaram, num momento de extrema dificuldade e angústia. Exemplo de profissionalismo e amor ao próximo.
 
No mais, lamento ter sentido na pele (e no bolso) as consequências do descaso da Administração Municipal com as vias públicas de nossa cidade e, por óbvio, com os araguarinos.








Transcrito do Blog Saúde na Tela (clique aqui para ler).

Pitaco do Blog
Taí um exemplo do que é feito (ou melhor, do que não é feito) com o dinheiro do contribuinte. A arrecadação tributária do município vem aumentando, sobretudo com a entrada em vigor do inconstitucional Código Tributário. Paradoxalmente, a qualidade dos serviços públicos públicos prestados aos cidadãos vem caindo vertiginosamente.
O fato narrado pelo cidadão Edilvo demonstra bem isso. Crateras podem ser vistas em diversas ruas da cidade. Problema que poderia ser resolvido com um pouco de boa vontade. Bastaria colocar em prática um plano de manutenção e conservação dessas vias.
Estranhamente, enquanto os buracos pipocam pelas nossas ruas, o faturamento das empreiteiras que prestam serviços de manutenção e conservação à Prefeitura vem aumentando ano a ano. Como explicar uma situação dessas? Para aonde está indo o dinheiro público? Queremos uma explicação.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Confiança ou conivência?

O secretário Sílvio Póvoa está sendo processado por improbidade administrativa por prejuízo e irregularidades no "Caso dos Eucaliptos". O que o prefeito fez? Manteve ele no cargo. O ex-secretário Clever Lima também é reu nesse mesmo processo. O que o prefeito fez? Exonerou ele do cargo, mas depois o nomeou para procurador do município. A então diretora de Saúde Iolanda Costa é citada no relatório da "sindicância do mamógrafo" como uma das envolvidas nas irregularidades ocorridas no Pronto Socorro Municipal. O que o prefeito fez? Deu-lhe uma espécie de promoção, nomeando-a secretária de Saúde.
Alguns dirão que o prefeito está certo. Afinal, existe a tal presunção de inocência. Traduzindo: ninguém pode ser considerado culpado até o julgamento (condenação) final. Logo, essas pessoas deveriam permanecer nos cargos.
Ocorre, porém, que existe um outro princípio que deve ser observado. Falo da moralidade. O agente público não deve apenas ser honesto. Deve parecer honesto. Como dizia o meu saudoso pai, "aí a porca torce o rabo". Nessa linha, pessoas processadas judicial e administrativa parecem honestas o suficiente para ocuparem cargos públicos? É igualmente honesto manter em cargos públicos pessoas processadas por  supostas irregularidades?
Há algumas conclusões possíveis no caso. Ou o prefeito tem ciência de que essas irregularidades não ocorreram e, por isso, confia piamente na honestidade e competência desses seus auxiliares diretos. Ou ele, sabendo que as irregularidades existiram, acredita na impunidade. Nesta última hipótese, o prefeito estaria, no mínimo, sendo conivente com essas práticas. Estaria, em suma, sinalizando para os seus subordinados e para a sociedade que vale a pena cometer irregularidades e causar prejuízos ao município. Enfim, o crime compensaria. Isso é perigoso. Esse tipo de procedimento do Chefe do Executivo deveria ser melhor observado pelo Ministério Público e, sobretudo, pelos eleitores.

domingo, 25 de março de 2012

Obrigado, Chico!

Uma singela homenagem ao maior humorista brasileiro. Chico Anysio soube, como poucos, usar o humor como forma de contestação do modo de se fazer política no Brasil. Enquanto ele se foi, Justo Veríssimo, um de seus famosos personagens, está mais vivo do que nunca entre nós. Podemos encontrá-lo nas filas da morte dos hospitais públicos, nos políticos que transportam dinheiro na cueca, nas licitações fraudadas, nos e parentes e apadrinhados de políticos que se encastelam no Poder Público, nos governantes que se enriquecem rapidamente à custa do trabalho da população...

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📢 ADICA denuncia falhas no Portal da Transparência da Prefeitura de Araguari 📢

Na petição, a ADICA juntou cópia de várias telas mostrando a impossibilidade de  acessar dados do Portal da Transparência. A Associação do D...