Escrito por Samara Arruda
Qui, 27 de Janeiro de 2011 04:35
Acontece hoje no auditório da GRS - Gerência Regional de Saúde em Uberlândia a reunião de apresentação das propostas de ações e programação da mobilização Força Tarefa de Combate que será realizada em Araguari, Passos e Frutal a partir do dia 31.
Na oportunidade participam o prefeito Marcos Coelho (PMDB) a secretária de Saúde Iara Cristina Borges e representantes do Departamento de Zoonoses e da Divisão Epidemiológica da secretaria municipal de Saúde, bem como as demais autoridades políticas e de saúde da região. A reunião será para discutir os dados estaduais e municipais relativos à dengue.
A ação da Força Tarefa foi criada pelo Governo de Minas em novembro de 2010 objetivando intensificar as ações de combate à dengue. A equipe percorreu 18 municípios mineiros com alto grau de infestações até o momento.
Nesse início de ano, diversos mutirões foram realizados, como nos distritos de Amanhece e Piracaíba, onde cerca de 25 funcionários trabalharam com a coordenação de projetos de conscientização, prevenção e combate, pois é uma região que apresenta grande índices de focos.
O governo de Minas destinou para o primeiro semestre de 2011 cerca de R$ 60 milhões para o combate à dengue. A mobilização foi criada visando estimular as pessoas a participar numa ação conjunta com parceiros. A ação conta com cerca de dez ônibus para dar suporte às equipes de trabalho, 70 carros fumacê, 600 bombas costais, nove caminhões chamados de Dengue móvel e 20 Dengômetros, 432 pessoas, sendo 200 soldados do Exército, 40 da Aeronáutica e 192 agentes de saúde.
A Força Tarefa atuará nos 20 municípios mineiros que apresentam maior incidência da doença fazendo uma varredura em áreas consideradas de risco, eliminando focos do mosquito.
Os caminhões que integram a equipe serão transformados em Dengue Móvel e circularão pelas cidades trocando entulho por material escolar. Pneus, latas e garrafas pets serão trocados por 45 mil cadernos e 125 mil borrachas e lápis.
De acordo com o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS), Daltro Catani, a Força Tarefa é necessária, uma vez que a expectativa de notificação da doença para 2011 é de 500 mil casos em todo o estado, o dobro do registrado no ano passado. “Os casos aumentam ano a ano. Para revertemos esse quadro se faz necessário o trabalho do poder público e principalmente da população. É preciso que todos entendam que a dengue é uma doença que mata. Por isso a secretaria usa o conceito ‘Agora é Guerra’ para atingir e sensibilizar as pessoas”, disse.
Transcrito do Gazeta do Triângulo.
Pitacos do blog
Trata-se de uma boa notícia. Creio que a Força Tarefa, nos moldes da que foi realizada em Uberlândia e em outras cidades, pode contribuir efetivamente na redução dos casos de dengue.
O mais interessante, a meu ver, são as ações de sensibilização da população. Essa proposta de trocar potenciais criadouros (garrafas pet, pneus) por material escolar (cadernos, lápis e borracha) pode produzir bons resultados, reduzindo o número de berços do mosquitos e conscientizando a população.
Há outro de destaque que é a participação mais direta da própria Secretaria Estadual de Saúde nessas ações. Oxalá essa intervenção consiga neutralizar um pouco dos eventuais erros e exageros praticados pelos gestores da dengue em Araguari.
Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Para o mundo que eu quero descer...
Hoje estou meio ranzinza. Em parte, deve ser a TPT, tensão pré-trabalho. Agora, as notícias do Brasil também contribuem para esse estado d'alma.
As manchetes da Folha de São Paulo de hoje sintetizam bem o que é o nosso Brasil. Vejam:
Apesar disso tudo, bom dia a todos.
As manchetes da Folha de São Paulo de hoje sintetizam bem o que é o nosso Brasil. Vejam:
Presidente do TCU dá aula paga a órgãos que fiscaliza
Benjamin Zymler recebeu pelo menos R$ 228 mil por palestras desde 2008
Ministro do tribunal afirma que palestras e cursos ministrados por ele de 2008 a 2010 eram "atividades docentes"
Duas tetranetas de Tiradentes também vão pedir pensão
Uma das descendentes do mártir da Inconfidência já recebe benefício do governo, concedido por lei de 1996
Carolina Ferreira disse ter direito à pensão e só não a pediu por falta de tempo: "Se entrar, é tranquilo que ganha"
Lula defenderá a volta de Delúbio, diz dirigente do PT
André Vargas afirma que ex-tesoureiro foi "injustiçado" e merece retornar
"Nenhum de nós tem condição moral ou política de dizer que ele não pode militar no PT", diz secretário da sigla
Acordo dá presidência de Furnas ao PMDB
Acerto prevê escolha técnica para estatal (kkkk)
Alckmin sai em defesa de aliado condenado pelo STJ
Ex-prefeito de Taubaté assume fundação com orçamento de R$ 2,5 bilhões
"Ele é honesto", afirma o governador paulista, que foi apadrinhado por Bernardo Ortiz no início da trajetória política
Menino de 14 anos é flagrado pela 17ª vez ao furtar um carro
Garoto, que cometeu seu primeiro delito aos 9 anos, ainda mordeu o delegado; família diz que "desistiu"
Adolescente estava com mais quatro menores na zona sul de SP e foi perseguido pela PM por quatro quarteirões
Apesar disso tudo, bom dia a todos.
Água parada e inércia
“A grama do vizinho é sempre mais verde.” O ditado popular serve bem a uma análise da condição política de nossa vizinha de lá do rio, em relação à administração e à funcionalidade dos serviços públicos. Sabe-se que as deficiências do atendimento ao público é lugar comum no país, principalmente, falando em Saúde Pública. Porém, alguns administradores, possuidores de visão, conseguem, ao menos, amenizar a situação.
A questão do combate à dengue é um exemplo que vou aqui tratar, pois é a área que conheço há 15 anos nos serviços de campanha. Percebemos que nossa vizinha Uberlândia consegue alavancar soluções com maior rapidez e eficiência, mesmo possuindo área urbana maior que nossa Araguari, o que em tese, tornaria mais difícil o controle vetorial. Apesar dos problemas com mão-de-obra, capacitação e insumos, a secretaria de saúde aproveita há vários anos a mesma equipe de coordenação e supervisão.
Os gestores de nossa vizinha perceberam que rifar os cargos técnicos é extremamente prejudicial ao PNCD ( Programa Nacional de Controle do Dengue). A troca de coordenação de 4 em 4 anos causa descontinuidade ao serviço e, na maioria das vezes, aquele que adentra a chefia do trabalho é total desconhecedor da técnica, e muitos nem querem se inteirar do serviço. Geralmente, devido a uma mentalidade elitista e retrógrada, não consideram o conhecimento prático do servidor, analisando o trabalhador com uma dicotomia: SUBALTERNO/INCAPAZ. Usam a hierarquia não para o sistema funcionar, mas apenas prejudicar o servidor.
O corre em Araguari uma desestruturação do trabalho logo depois das eleições municipais. Inclusive a orientação dos auditores do Ministério da Saúde é que se fixe uma equipe de coordenação. Deste modo a continuidade do trabalho seguiria normalmente, sem preocupação com a rifa de cargos e garantindo, com a experiência adquirida, a qualidade da execução do PNCD. Deve-se evitar, inclusive, a alta rotatividade que o contrato temporário causa, no caso do servidor de campo. Uma das premissas do PNCD é que o agente se familiarize com os moradores de seu setor. Isso só é possível com concurso público. Contratação é precariedade administrativa.
No ano de 2009, participamos de uma capacitação em Patrocínio, onde estavam presentes os colegas de Uberlândia. Em conversas extremamente produtivas, percebemos que lá a coordenação tem acesso pleno ao secretário de saúde, que apoia e confere condições de trabalho (não de circo) à equipe. Araguari, exceção à época do companheiro Edilvo, o gestor raramente abre as portas para se inteirar dos problemas. Coordenadores e supervisores são barrados, cerceados e amputados ao apresentarem iniciativas. Não se dá “carta branca” para a execução de projetos. Não realizam projetos, mesmo quando nós, agentes de endemias, entregamos tudo pronto e “mastigado,” bastando apenas pôr em prática. Tenho protocolo desses projetos. Nossos administradores ainda não perceberam que, apesar da técnica do PNCD ser exigência nacional, o município tem plena autonomia para elaborar projetos complementares ao Programa. Um dos problemas do PNCD é que ele é imposto de cima para baixo, desconsiderando as micro-regionalidades e condições sócio-culturais de cada localidade. Explico: a técnica nivela todos os moradores, desconsiderando problemas específicos de cada bairro. Simples concluir, que em termos de campanha, não devo tratar o morador do Vieno igualmente ao morador do centro e vice-versa.
Cada bairro tem sua dinâmica e cada morador tem sua maneira de entender a realidade. Em cada bairro predominam tipos diferentes de criadouros. Deve-se pensar uma política que insira, no morador, a consciência de que ele faz parte dessa dinâmica. Ensinar que ele deve cuidar apenas de seu quintal, reduz a capacidade do morador sentir-se como parte de um todo. Deve-se torná-lo sujeito ativo dentro da comunidade. E dar condições dele sentir-se assim. Enfiar goela abaixo ensinamentos de cima para baixo nunca funcionou. Qualquer ser humano despreza o que lhe é imposto.
Nossos gestores e até alguns colegas vêem no mutirão uma solução ao problema. Ocorre que, graças ao apego a medidas paliativas, mutirão aqui no município é sinônimo de “catar lixo” do morador. Parecem não conseguir entender a abrangência do termo. Vinculou-se mutirão a enormes contingentes de servidores na rua, recolhendo lixo dos moradores e depositando-o em cima de caminhões caçamba. O resultado efetivo do mutirão é um paternalismo que leva à inércia do morador em relação à dengue.
Mutirão deve, inclusive, ter apoio de todas as secretarias. Aliás, o trabalho em si deveria ser cotidianamente acompanhado pelos gestores de outras pastas, o que não ocorre no Brejo Alegre. Mutirão deve ser tomado como medida educativa e não apenas trabalho de remoção. Porém, não pensam educação como forma eficaz de combate.
Falou-se em mutirão nos distritos de Amanhece e Piracaíba. O que houve na verdade foi trabalho rotineiro executado pelos servidores. Acontece que, devido a distância e a dificuldade de transporte, elencou-se um número elevado de agentes para terminar essas localidades em menos tempo e fazer única viagem. Somente a titulo de informação:
1 – Visita do agente de endemias é rotina de serviço.
2 – Fumacê leve (costal) ou pesado (caminhão) é trabalho de rotina, desde que no caso do costal, exista pessoa suspeita de dengue no quarteirão e do pesado em caso de surto ou epidemia, mas não sai da rotina, apesar de não ser usado diariamente.
Mutirão se caracteriza por ações que fogem à rotina e envolvam todos os seguimentos da sociedade, com a finalidade de conscientizar a população.
Espero ter esclarecido o companheiro Marcos dono do blog e o leitor, principalmente acerca de ações em que nosso município deixa a desejar. Como já disse antes, Araguari não possui políticas públicas a médio e longo prazo. Vivemos de paliativo. Somem ainda a esses problemas aglutinados aqui por mim o descaso com o servidor, a desvalorização do trabalho de campo, a falta de respeito com quem exerce o trabalho. Adicione a inércia de nossos administradores. Deixo a pergunta....Onde isso vai parar?
Wellington Colenghi
Servidor Municipal perseguido pelo “novo modelo”
Pitaco do blog
Nós, leitores, é que agradecemos a sua colaboração, Colenghi. A sua participação e a de outros servidores da área de combate as endemias vêm nos ajudando a entender o que acontece em Araguari. É por meio desses esclarecimentos que podemos cobrar uma mudança de postura por parte dos gestores da Saúde Pública em Araguari.
Este texto deveria ser leitura obrigatório para os gestores do municipio. Ao que tudo indica, eles ainda têm muito o que aprender. Eficiência, continuidade do serviço público e respeito aos subordinados e administrados são expressões desconhecidas do novo modelo de administração.
A questão do combate à dengue é um exemplo que vou aqui tratar, pois é a área que conheço há 15 anos nos serviços de campanha. Percebemos que nossa vizinha Uberlândia consegue alavancar soluções com maior rapidez e eficiência, mesmo possuindo área urbana maior que nossa Araguari, o que em tese, tornaria mais difícil o controle vetorial. Apesar dos problemas com mão-de-obra, capacitação e insumos, a secretaria de saúde aproveita há vários anos a mesma equipe de coordenação e supervisão.
Os gestores de nossa vizinha perceberam que rifar os cargos técnicos é extremamente prejudicial ao PNCD ( Programa Nacional de Controle do Dengue). A troca de coordenação de 4 em 4 anos causa descontinuidade ao serviço e, na maioria das vezes, aquele que adentra a chefia do trabalho é total desconhecedor da técnica, e muitos nem querem se inteirar do serviço. Geralmente, devido a uma mentalidade elitista e retrógrada, não consideram o conhecimento prático do servidor, analisando o trabalhador com uma dicotomia: SUBALTERNO/INCAPAZ. Usam a hierarquia não para o sistema funcionar, mas apenas prejudicar o servidor.
O corre em Araguari uma desestruturação do trabalho logo depois das eleições municipais. Inclusive a orientação dos auditores do Ministério da Saúde é que se fixe uma equipe de coordenação. Deste modo a continuidade do trabalho seguiria normalmente, sem preocupação com a rifa de cargos e garantindo, com a experiência adquirida, a qualidade da execução do PNCD. Deve-se evitar, inclusive, a alta rotatividade que o contrato temporário causa, no caso do servidor de campo. Uma das premissas do PNCD é que o agente se familiarize com os moradores de seu setor. Isso só é possível com concurso público. Contratação é precariedade administrativa.
No ano de 2009, participamos de uma capacitação em Patrocínio, onde estavam presentes os colegas de Uberlândia. Em conversas extremamente produtivas, percebemos que lá a coordenação tem acesso pleno ao secretário de saúde, que apoia e confere condições de trabalho (não de circo) à equipe. Araguari, exceção à época do companheiro Edilvo, o gestor raramente abre as portas para se inteirar dos problemas. Coordenadores e supervisores são barrados, cerceados e amputados ao apresentarem iniciativas. Não se dá “carta branca” para a execução de projetos. Não realizam projetos, mesmo quando nós, agentes de endemias, entregamos tudo pronto e “mastigado,” bastando apenas pôr em prática. Tenho protocolo desses projetos. Nossos administradores ainda não perceberam que, apesar da técnica do PNCD ser exigência nacional, o município tem plena autonomia para elaborar projetos complementares ao Programa. Um dos problemas do PNCD é que ele é imposto de cima para baixo, desconsiderando as micro-regionalidades e condições sócio-culturais de cada localidade. Explico: a técnica nivela todos os moradores, desconsiderando problemas específicos de cada bairro. Simples concluir, que em termos de campanha, não devo tratar o morador do Vieno igualmente ao morador do centro e vice-versa.
Cada bairro tem sua dinâmica e cada morador tem sua maneira de entender a realidade. Em cada bairro predominam tipos diferentes de criadouros. Deve-se pensar uma política que insira, no morador, a consciência de que ele faz parte dessa dinâmica. Ensinar que ele deve cuidar apenas de seu quintal, reduz a capacidade do morador sentir-se como parte de um todo. Deve-se torná-lo sujeito ativo dentro da comunidade. E dar condições dele sentir-se assim. Enfiar goela abaixo ensinamentos de cima para baixo nunca funcionou. Qualquer ser humano despreza o que lhe é imposto.
Nossos gestores e até alguns colegas vêem no mutirão uma solução ao problema. Ocorre que, graças ao apego a medidas paliativas, mutirão aqui no município é sinônimo de “catar lixo” do morador. Parecem não conseguir entender a abrangência do termo. Vinculou-se mutirão a enormes contingentes de servidores na rua, recolhendo lixo dos moradores e depositando-o em cima de caminhões caçamba. O resultado efetivo do mutirão é um paternalismo que leva à inércia do morador em relação à dengue.
Mutirão deve, inclusive, ter apoio de todas as secretarias. Aliás, o trabalho em si deveria ser cotidianamente acompanhado pelos gestores de outras pastas, o que não ocorre no Brejo Alegre. Mutirão deve ser tomado como medida educativa e não apenas trabalho de remoção. Porém, não pensam educação como forma eficaz de combate.
Falou-se em mutirão nos distritos de Amanhece e Piracaíba. O que houve na verdade foi trabalho rotineiro executado pelos servidores. Acontece que, devido a distância e a dificuldade de transporte, elencou-se um número elevado de agentes para terminar essas localidades em menos tempo e fazer única viagem. Somente a titulo de informação:
1 – Visita do agente de endemias é rotina de serviço.
2 – Fumacê leve (costal) ou pesado (caminhão) é trabalho de rotina, desde que no caso do costal, exista pessoa suspeita de dengue no quarteirão e do pesado em caso de surto ou epidemia, mas não sai da rotina, apesar de não ser usado diariamente.
Mutirão se caracteriza por ações que fogem à rotina e envolvam todos os seguimentos da sociedade, com a finalidade de conscientizar a população.
Espero ter esclarecido o companheiro Marcos dono do blog e o leitor, principalmente acerca de ações em que nosso município deixa a desejar. Como já disse antes, Araguari não possui políticas públicas a médio e longo prazo. Vivemos de paliativo. Somem ainda a esses problemas aglutinados aqui por mim o descaso com o servidor, a desvalorização do trabalho de campo, a falta de respeito com quem exerce o trabalho. Adicione a inércia de nossos administradores. Deixo a pergunta....Onde isso vai parar?
Wellington Colenghi
Servidor Municipal perseguido pelo “novo modelo”
Pitaco do blog
Nós, leitores, é que agradecemos a sua colaboração, Colenghi. A sua participação e a de outros servidores da área de combate as endemias vêm nos ajudando a entender o que acontece em Araguari. É por meio desses esclarecimentos que podemos cobrar uma mudança de postura por parte dos gestores da Saúde Pública em Araguari.
Este texto deveria ser leitura obrigatório para os gestores do municipio. Ao que tudo indica, eles ainda têm muito o que aprender. Eficiência, continuidade do serviço público e respeito aos subordinados e administrados são expressões desconhecidas do novo modelo de administração.
Projeto que prevê aumento do número de vereadores tramita na Câmara Municipal
Escrito por Sávia de Lima
Qua, 26 de Janeiro de 2011 06:43
Com a aprovação da Emenda Constitucional 58, que estabeleceu faixas populacionais para fixação da composição das câmaras de todo o Brasil, os vereadores de Araguari já estão se preparando para discutir o projeto que prevê o aumento do número de vagas também na Câmara do município.
O Departamento Jurídico da Casa está elaborando parecer sobre o assunto para que os membros do Poder Legislativo iniciem as discussões sobre a matéria
De acordo com Rogério Bernardes Coelho (PTC), presidente da Câmara de Vereadores, um projeto a respeito da matéria já está tramitando na Casa e a expectativa é de que as discussões sejam iniciadas em breve. “Estamos aguardando um posicionamento do Departamento Jurídico da Casa porque, inicialmente, a interpretação da Emenda era de que Araguari pudesse ter entre 11 e 19 vereadores. No entanto, nossa assessoria está verificando se há um número pré-estabelecido que, obrigatoriamente, teremos que acatar. Só então, iniciaremos as discussões que precisam ser conduzidas com muito cuidado e cautela, tendo em vista os impactos que a proposta acarretará às finanças da Câmara”, explicou.
Embora tenha aberto a possibilidade de se criar mais vagas nas câmaras, a emenda reduziu em um ponto percentual o orçamento do Legislativo, que passou a variar entre 3,5% a 7% da arrecadação do município. Antes, os valores variavam entre 5% e 8% sobre o orçamento das prefeituras. “Realmente serão mais pessoas com menos recursos e nós teremos que avaliar isso com muita responsabilidade. Além dos salários dos vereadores existem os gastos com os gabinetes e com a administração. Neste sentido, pretendemos verificar a evolução dos recursos, o aumento da arrecadação do município, e fazer uma projeção para os próximos anos, a fim de chegarmos a um número seguro e com tranqüilidade. Com certeza não será algo fácil, mas estamos imbuídos em fazer o melhor pela cidade de Araguari, tratando a questão de forma séria e responsável”, acrescentou Rogerinho.
Outro ponto que preocupa o vereador diz respeito ao espaço físico da sede do atual Poder Legislativo que, segundo ele, não comporta um número muito maior de vereadores. “Os departamentos da Câmara cresceram, hoje contamos com posto de identificação, salas de chefias, de informática, comunicação e cerimonial, além do museu. Dependendo do número de gabinetes, não teremos salas suficientes para abrigar todo mundo. Então esta é uma questão séria que também precisa ser avaliada, pois, como nós bem sabemos, o atual prédio da Câmara Municipal de Araguari comporta com certa dificuldade a demanda de atendimento à população. Assim, a nossa maior preocupação é atender o que foi estabelecido pela emenda, mas da melhor maneira possível”, concluiu Rogério Bernardes Coelho.
A expectativa é de que a matéria seja apreciada até o mês de setembro, tendo em vista que, para entrar em vigor já no pleito de 2012, é necessário que a aprovação tenha ocorrido há pelo menos um ano antes. Caso contrário, prevalece o número atual que é de 11 vereadores.
Em todo o Brasil existem 51.756 vereadores, número que, com a emenda, pode subir para 59.572. De acordo com a emenda, as câmaras podem ter entre nove e 55 vereadores em cidades de até 15 mil e com mais de 8 milhões de habitantes, respectivamente.
Transcrito do Gazeta do Triângulo
Pitaco do blog
Tivemos a sorte de já ter falado sobre este assunto (clique aqui). Esse é um dos abacaxis que a Câmara terá que descascar neste ano. É uma verdadeira escolha de Sophia.
De um lado, os edis querem preservar os seus "empregos". Aumentando o número de vagas, crescem as chances de reeleição. Além disso, podem realizar o velho sonho de construir um novo prédio para a Câmara para abrigar a nova composição da Casa (não sei por que político adora tanto fazer obra pública...risos).
Por outro lado, os nobres vereadores devem estar pensando que aumentar o número de vereadores e, ao mesmo tempo, reduzir os gastos com assessorias pode ser um mal negócio.
Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come...
Vai aqui uma sugestão: este é um dos assuntos em que a população deve ser ouvida. Pode até não estar prevista na Lei Orgânica a realização de audiências e consultas públicas, mas o bom senso e uma coisa chamada democracia recomendam a participação popular nessa tomada de decisão.
Qua, 26 de Janeiro de 2011 06:43
Com a aprovação da Emenda Constitucional 58, que estabeleceu faixas populacionais para fixação da composição das câmaras de todo o Brasil, os vereadores de Araguari já estão se preparando para discutir o projeto que prevê o aumento do número de vagas também na Câmara do município.
O Departamento Jurídico da Casa está elaborando parecer sobre o assunto para que os membros do Poder Legislativo iniciem as discussões sobre a matéria
De acordo com Rogério Bernardes Coelho (PTC), presidente da Câmara de Vereadores, um projeto a respeito da matéria já está tramitando na Casa e a expectativa é de que as discussões sejam iniciadas em breve. “Estamos aguardando um posicionamento do Departamento Jurídico da Casa porque, inicialmente, a interpretação da Emenda era de que Araguari pudesse ter entre 11 e 19 vereadores. No entanto, nossa assessoria está verificando se há um número pré-estabelecido que, obrigatoriamente, teremos que acatar. Só então, iniciaremos as discussões que precisam ser conduzidas com muito cuidado e cautela, tendo em vista os impactos que a proposta acarretará às finanças da Câmara”, explicou.
Embora tenha aberto a possibilidade de se criar mais vagas nas câmaras, a emenda reduziu em um ponto percentual o orçamento do Legislativo, que passou a variar entre 3,5% a 7% da arrecadação do município. Antes, os valores variavam entre 5% e 8% sobre o orçamento das prefeituras. “Realmente serão mais pessoas com menos recursos e nós teremos que avaliar isso com muita responsabilidade. Além dos salários dos vereadores existem os gastos com os gabinetes e com a administração. Neste sentido, pretendemos verificar a evolução dos recursos, o aumento da arrecadação do município, e fazer uma projeção para os próximos anos, a fim de chegarmos a um número seguro e com tranqüilidade. Com certeza não será algo fácil, mas estamos imbuídos em fazer o melhor pela cidade de Araguari, tratando a questão de forma séria e responsável”, acrescentou Rogerinho.
Outro ponto que preocupa o vereador diz respeito ao espaço físico da sede do atual Poder Legislativo que, segundo ele, não comporta um número muito maior de vereadores. “Os departamentos da Câmara cresceram, hoje contamos com posto de identificação, salas de chefias, de informática, comunicação e cerimonial, além do museu. Dependendo do número de gabinetes, não teremos salas suficientes para abrigar todo mundo. Então esta é uma questão séria que também precisa ser avaliada, pois, como nós bem sabemos, o atual prédio da Câmara Municipal de Araguari comporta com certa dificuldade a demanda de atendimento à população. Assim, a nossa maior preocupação é atender o que foi estabelecido pela emenda, mas da melhor maneira possível”, concluiu Rogério Bernardes Coelho.
A expectativa é de que a matéria seja apreciada até o mês de setembro, tendo em vista que, para entrar em vigor já no pleito de 2012, é necessário que a aprovação tenha ocorrido há pelo menos um ano antes. Caso contrário, prevalece o número atual que é de 11 vereadores.
Em todo o Brasil existem 51.756 vereadores, número que, com a emenda, pode subir para 59.572. De acordo com a emenda, as câmaras podem ter entre nove e 55 vereadores em cidades de até 15 mil e com mais de 8 milhões de habitantes, respectivamente.
Transcrito do Gazeta do Triângulo
Pitaco do blog
Tivemos a sorte de já ter falado sobre este assunto (clique aqui). Esse é um dos abacaxis que a Câmara terá que descascar neste ano. É uma verdadeira escolha de Sophia.
De um lado, os edis querem preservar os seus "empregos". Aumentando o número de vagas, crescem as chances de reeleição. Além disso, podem realizar o velho sonho de construir um novo prédio para a Câmara para abrigar a nova composição da Casa (não sei por que político adora tanto fazer obra pública...risos).
Por outro lado, os nobres vereadores devem estar pensando que aumentar o número de vereadores e, ao mesmo tempo, reduzir os gastos com assessorias pode ser um mal negócio.
Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come...
Vai aqui uma sugestão: este é um dos assuntos em que a população deve ser ouvida. Pode até não estar prevista na Lei Orgânica a realização de audiências e consultas públicas, mas o bom senso e uma coisa chamada democracia recomendam a participação popular nessa tomada de decisão.
A César o que é de César
Da coluna Em Resumo do Gazeta do Triângulo, edição de hoje:
Concordo com a opinião do colunista Márcio Marques. O Aloísio é uma das poucas ilhas de excelência que existem no governo Marcão. Vem merecendo elogios também a atuação do senhor Cândido Arruda, Candinho.
Boa sorte aos dois.
DESTAQUE
Pitaco do blog
Até que enfim Marcão definiu mais duas mudanças tão esperadas em seu secretariado. O competente Aloisio Nunes de Faria assume a secretaria de Gabinete e o atual titular Cândido Arruda passa a comandar o Meio Ambiente. Aloisio não precisa de apresentações, pois é um profissional extremamente competente e o nome certo para assumir tão importante pasta da prefeitura. O senhor Nunes é um dos principais formadores de jornalistas de nossa cidade e assume um lugar que deveria ter sido seu há muito tempo. Parabéns Marcão pela escolha e boa sorte ao “Tio” em mais essa empreitada.
Concordo com a opinião do colunista Márcio Marques. O Aloísio é uma das poucas ilhas de excelência que existem no governo Marcão. Vem merecendo elogios também a atuação do senhor Cândido Arruda, Candinho.
Boa sorte aos dois.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Correio de Araguari: chapa-branca ou laranja?
Tornaram-se corriqueiras as críticas desferidas pelo Correio de Araguari contra aqueles que ousam questionar atos da gestão Marcos Coelho. Nada demais. A liberdade de expressão ampara esse comportamento. Contudo, os antecedentes do jornal e daqueles que aparentam ser seus proprietários demonstram que a opinião do Correio deve ser vista com a maior desconfiança possível. É que, desde sempre, o jornal vem se notabilizando por puxar o saco dos atuais governantes.
Primeiramente, a origem do jornal já nos causa dúvidas. Vê-se que a empresa Editora e Artes Gráficas Correio de Araguari Ltda foi criada em 26 de novembro de 2008, coincidentemente poucos dias após a eleição do prefeito atual da cidade.
Além disso, integram o seu quadro funcional (editorial) com aparência de proprietários os senhores Astério de Souza Mota e Joaquim Farias de Godoi. O primeiro desses senhores (Astério) foi condenado criminalmente pela Justiça Federal por sonegação fiscal praticada quando era vereador. Não foi preso por causa da prescrição (demora no processo judicial). Na ocasião, o juiz federal considerou que ele tinha movimentação financeira incompatível com os salários que recebia da Câmara. De onde vinham esses recursos?!
Coincidentemente, o outro integrante do Correio (Joaquim Godoi) foi, ao lado do atual prefeito, vereador do município. Nessa condição, foi condenado, sempre junto com o atual prefeito, a devolver ao município valores recebidos indevidamente da Câmara. Até hoje a Prefeitura tenta receber esses valores... Pior: foi condenado por improbidade administrativa por desvio de recursos públicos. Na ocasião, um grupo de vereadores fraudou notas fiscais e usou funcionários fantasmas.
Por causa desse passado, o senhor Joaquim Farias de Godoi não poderia firmar contratos com o município de Araguari. Talvez por isso, a empresa não esteja registrada em seu nome. Estranhamente, conforme informações da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (vide foto acima), o Correio pertence a uma sociedade composta por duas pessoas que nunca aparentaram ser seus proprietários: Rafael de Souza Caetano e Marshelia da Cunha Melo.
O mais inustado vem agora. Pasmem! O próprio Correio não trata um dos seus proprietários com o respeito devido. Em duas edições (veja fotos abaixo), o jornal afirmou ter recebido a visita do advogado Dr. Rafael de Souza Caetano. Não há nenhuma referência ao fato de ele ser um dos sócios da empresa. Ora, como alguém pode ser considerado visita dentro da sua própria casa? Falta de cortesia?! Insubordinação?!
Além desses fatos que nem o Impoderável da Silva explicaria, existem outros que justificam as desconfianças em relação à linha editorial puxa-saquista adotada pelo Correio e à lisura dos ajustes firmados com a Prefeitura.
Primeiro, o município pagou R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos reais) por 30 (trinta) assinatura do jornal durante o ano de 2010. Observa-se que a Prefeitura, neste caso, foi generosa. Ora, quem faz 30 assinaturas de um jornal deveria ter direito a um descontinho. No caso, o município paga ao jornal o mesmo que qualquer outro assinante (com uma só assinatura) pagaria.
Segundo, a Prefeitura creditou ao referido jornal a importância de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) no ano de 2010 relativa à publicação de leis e atos do poder público. Sobre a contratação do Correio, está em exame no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) uma denúncia feita por mim. Por meio dela, questionei, entre outras irregularidades, o fato de a publicação oficial no Correio ser feita em tamanhos extremamente generosos. Para se ter uma ideia do absurdo, o espaço usado para publicar uma lei no Correio é suficiente para publicar três leis de idêntico tamanho em outros jornais (Correio Braziliense e Diário Oficial da União, por exemplo). Esse procedimento causa inegável prejuízo ao município, uma vez que se paga muito mais do que o necessário para dar publicidade aos atos públicos.
Terceiro, o Correio recebe, ainda, parte dos recursos gastos com publicidade e propaganda pelo município (Prefeitura e Câmara). Assim, uma fatia dos pagamentos feitos à André Franco Produções, empresa contratada pelo município para prestar esse serviço, vai para aquele jornal. Deixo de publicar aqui os valores porque, no momento, não consta do Portal da Transparência da Prefeitura o relatório de despesas do ano de 2010. Além disso, a agência de publicidade não torna públicos os valores pagos à mídia.
Com essas considerações, já é possível saber o porquê de o jornal ter essa linha de atuação tão subserviente ao novo modelo de administração. Restam, contudo, duas dúvidas. A quem efetivamente pertence o jornal? São legais esses contratos firmados com o município? Com a palavra o TCE-MG, responsável pelo exame da denúncia acima referida. Com a palavra também o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem serão enviadas cópias da denúncia e desta postagem.
Clique nas datas a seguir para ver as edições do Correio de Araguari citadas nesta postagem: 26/08/2010 e 28/10/2010.
Primeiramente, a origem do jornal já nos causa dúvidas. Vê-se que a empresa Editora e Artes Gráficas Correio de Araguari Ltda foi criada em 26 de novembro de 2008, coincidentemente poucos dias após a eleição do prefeito atual da cidade.
Além disso, integram o seu quadro funcional (editorial) com aparência de proprietários os senhores Astério de Souza Mota e Joaquim Farias de Godoi. O primeiro desses senhores (Astério) foi condenado criminalmente pela Justiça Federal por sonegação fiscal praticada quando era vereador. Não foi preso por causa da prescrição (demora no processo judicial). Na ocasião, o juiz federal considerou que ele tinha movimentação financeira incompatível com os salários que recebia da Câmara. De onde vinham esses recursos?!
Coincidentemente, o outro integrante do Correio (Joaquim Godoi) foi, ao lado do atual prefeito, vereador do município. Nessa condição, foi condenado, sempre junto com o atual prefeito, a devolver ao município valores recebidos indevidamente da Câmara. Até hoje a Prefeitura tenta receber esses valores... Pior: foi condenado por improbidade administrativa por desvio de recursos públicos. Na ocasião, um grupo de vereadores fraudou notas fiscais e usou funcionários fantasmas.
Por causa desse passado, o senhor Joaquim Farias de Godoi não poderia firmar contratos com o município de Araguari. Talvez por isso, a empresa não esteja registrada em seu nome. Estranhamente, conforme informações da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (vide foto acima), o Correio pertence a uma sociedade composta por duas pessoas que nunca aparentaram ser seus proprietários: Rafael de Souza Caetano e Marshelia da Cunha Melo.
O mais inustado vem agora. Pasmem! O próprio Correio não trata um dos seus proprietários com o respeito devido. Em duas edições (veja fotos abaixo), o jornal afirmou ter recebido a visita do advogado Dr. Rafael de Souza Caetano. Não há nenhuma referência ao fato de ele ser um dos sócios da empresa. Ora, como alguém pode ser considerado visita dentro da sua própria casa? Falta de cortesia?! Insubordinação?!
Além desses fatos que nem o Impoderável da Silva explicaria, existem outros que justificam as desconfianças em relação à linha editorial puxa-saquista adotada pelo Correio e à lisura dos ajustes firmados com a Prefeitura.
Primeiro, o município pagou R$ 4.300,00 (quatro mil e trezentos reais) por 30 (trinta) assinatura do jornal durante o ano de 2010. Observa-se que a Prefeitura, neste caso, foi generosa. Ora, quem faz 30 assinaturas de um jornal deveria ter direito a um descontinho. No caso, o município paga ao jornal o mesmo que qualquer outro assinante (com uma só assinatura) pagaria.
Segundo, a Prefeitura creditou ao referido jornal a importância de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) no ano de 2010 relativa à publicação de leis e atos do poder público. Sobre a contratação do Correio, está em exame no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) uma denúncia feita por mim. Por meio dela, questionei, entre outras irregularidades, o fato de a publicação oficial no Correio ser feita em tamanhos extremamente generosos. Para se ter uma ideia do absurdo, o espaço usado para publicar uma lei no Correio é suficiente para publicar três leis de idêntico tamanho em outros jornais (Correio Braziliense e Diário Oficial da União, por exemplo). Esse procedimento causa inegável prejuízo ao município, uma vez que se paga muito mais do que o necessário para dar publicidade aos atos públicos.
Terceiro, o Correio recebe, ainda, parte dos recursos gastos com publicidade e propaganda pelo município (Prefeitura e Câmara). Assim, uma fatia dos pagamentos feitos à André Franco Produções, empresa contratada pelo município para prestar esse serviço, vai para aquele jornal. Deixo de publicar aqui os valores porque, no momento, não consta do Portal da Transparência da Prefeitura o relatório de despesas do ano de 2010. Além disso, a agência de publicidade não torna públicos os valores pagos à mídia.
Com essas considerações, já é possível saber o porquê de o jornal ter essa linha de atuação tão subserviente ao novo modelo de administração. Restam, contudo, duas dúvidas. A quem efetivamente pertence o jornal? São legais esses contratos firmados com o município? Com a palavra o TCE-MG, responsável pelo exame da denúncia acima referida. Com a palavra também o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem serão enviadas cópias da denúncia e desta postagem.
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O Correio de Araguari agradece as visitas do empresário Dr. Marcellus Merola e do Advogado Rafael de Souza Caetano |
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O Correio de Araguari agradece a visita dos adovogados Rafael de Souza Caetano e Hermano Resende Lemos |
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Mato no bairro Gutierrez é motivo de revolta dos moradores
Escrito por Fabryne Obalhe
Sex, 21 de Janeiro de 2011 00:00
Depois de o município ter notificado, há cerca de oito meses, alguns moradores do bairro Gutierrez que se apropriaram de determinadas áreas no setor e ainda com o período chuvoso e o momento propício para o crescimento de mato, a situação novamente é motivo de revolta e descontentamento por parte da comunidade.
A apropriação foi feita há décadas pelos primeiros habitantes que ali cultivavam árvores frutíferas, flores e plantas das mais variadas espécies. A limpeza, cuidado e manutenção sempre foram feitas por seus moradores e nunca, desde então, havia sido reclamada pela prefeitura, até que uma notificação do atual governo considerou a atitude invasiva e determinou a desapropriação imediata, com a prerrogativa de que a administração municipal teria responsabilidade sobre o local e dele cuidaria.
Nossa equipe de reportagem foi acionada e pode constatar a veracidade dos fatos. A manutenção e higiene dos canteiros e terrenos de posse do município, que segundo relatos dos moradores, foi um compromisso do prefeito e seu secretariado de fato é uma inverdade.
Lúcia Helena Barbosa, aposentada e moradora do bairro há aproximadamente 38 anos, se diz extremamente decepcionada com o prefeito Marcos Coelho de Carvalho (PMDB). “Sinceramente eu não espero mais nada desse prefeito, porque sem sombra de dúvidas, ele é a maior decepção na história política de Araguari. Acreditamos que o mínimo que ele faria era deixar a Gutierrez limpa, organizada, porque tudo que não presta tem nessa vila. Aqui vemos de tudo: motoqueiro empinando a moto com risco de atropelar e machucar alguém; traficante escondendo droga para vender no meio desse matagal... isso tudo porque antes da notificação pelo menos a gente cuidava, limpava e agora eles não fazem nada”, disse a moradora.
Segundo ela os problemas não param por aí. Além de tudo, a proliferação de animais como caramujos, ratazanas e baratas contribui para o contágio de doenças, inclusive de crianças e idosos que normalmente tem imunidade mais baixa.
Outro morador, Marcelo Damião de Sousa, que vive naquela região há quase 30 anos, disse que a situação é mesmo calamitosa. “Os terrenos estavam cercados, arrumados. Aí vieram com a notificação para retirarmos as lajes, as cercas e desde então estamos vivendo no meio do mato. Aqui para mim não é bairro mais, é fazenda. E não tem adiantado chamar as autoridades. Eles não vêm e nem tomam providências. Onde vamos chegar? Porque fazemos nossa obrigação que é pagar impostos, mas, nada tem adiantado”, destacou ele.
Na última quarta-feira, dia 19, alguns trabalhadores, a mando da prefeitura, começaram a cortar parte do mato que cresceu nos canteiros centrais da área, mas a informação de que a limpeza apenas seria feita na avenida causou mais indignação aos moradores. “Essa área que hoje é considerada verde, era cercada e mantida por mim limpa e arrumada. Eles vieram e derrubaram tudo, até árvores frutíferas e agora estamos no meio do mato. Este serviço que a prefeitura está fazendo não vai resolver. É preciso mandar uma patrol para limpar mesmo. Estamos nos sentindo abandonados porque pagamos todas as taxas: água, esgoto, IPTU para não ter nada. Limpam apenas a avenida, e as ruas laterais são mantidas pelos moradores. Isso é menosprezar a nossa inteligência, é um abuso de autoridade”, desabafou Lúcia Helena.
Clique aqui e leia o restante da reportagem da Gazeta do Triângulo.
Pitaco do blog
Este é o novo modelo de administração. Tirou uma outrora bem cuidada área verde das mãos dos moradores para ali instalar um matagal municipal.
E eu que pensei que incompetência tinha limite...
.
Sex, 21 de Janeiro de 2011 00:00
Depois de o município ter notificado, há cerca de oito meses, alguns moradores do bairro Gutierrez que se apropriaram de determinadas áreas no setor e ainda com o período chuvoso e o momento propício para o crescimento de mato, a situação novamente é motivo de revolta e descontentamento por parte da comunidade.
A apropriação foi feita há décadas pelos primeiros habitantes que ali cultivavam árvores frutíferas, flores e plantas das mais variadas espécies. A limpeza, cuidado e manutenção sempre foram feitas por seus moradores e nunca, desde então, havia sido reclamada pela prefeitura, até que uma notificação do atual governo considerou a atitude invasiva e determinou a desapropriação imediata, com a prerrogativa de que a administração municipal teria responsabilidade sobre o local e dele cuidaria.
Nossa equipe de reportagem foi acionada e pode constatar a veracidade dos fatos. A manutenção e higiene dos canteiros e terrenos de posse do município, que segundo relatos dos moradores, foi um compromisso do prefeito e seu secretariado de fato é uma inverdade.
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A prefeitura alegou que nessas áreas retomadas pelo município seriam construídas pequenas praças |
Segundo ela os problemas não param por aí. Além de tudo, a proliferação de animais como caramujos, ratazanas e baratas contribui para o contágio de doenças, inclusive de crianças e idosos que normalmente tem imunidade mais baixa.
Outro morador, Marcelo Damião de Sousa, que vive naquela região há quase 30 anos, disse que a situação é mesmo calamitosa. “Os terrenos estavam cercados, arrumados. Aí vieram com a notificação para retirarmos as lajes, as cercas e desde então estamos vivendo no meio do mato. Aqui para mim não é bairro mais, é fazenda. E não tem adiantado chamar as autoridades. Eles não vêm e nem tomam providências. Onde vamos chegar? Porque fazemos nossa obrigação que é pagar impostos, mas, nada tem adiantado”, destacou ele.
Na última quarta-feira, dia 19, alguns trabalhadores, a mando da prefeitura, começaram a cortar parte do mato que cresceu nos canteiros centrais da área, mas a informação de que a limpeza apenas seria feita na avenida causou mais indignação aos moradores. “Essa área que hoje é considerada verde, era cercada e mantida por mim limpa e arrumada. Eles vieram e derrubaram tudo, até árvores frutíferas e agora estamos no meio do mato. Este serviço que a prefeitura está fazendo não vai resolver. É preciso mandar uma patrol para limpar mesmo. Estamos nos sentindo abandonados porque pagamos todas as taxas: água, esgoto, IPTU para não ter nada. Limpam apenas a avenida, e as ruas laterais são mantidas pelos moradores. Isso é menosprezar a nossa inteligência, é um abuso de autoridade”, desabafou Lúcia Helena.
Clique aqui e leia o restante da reportagem da Gazeta do Triângulo.
Pitaco do blog
Este é o novo modelo de administração. Tirou uma outrora bem cuidada área verde das mãos dos moradores para ali instalar um matagal municipal.
E eu que pensei que incompetência tinha limite...
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