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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Feto morto é retirado depois de quatro dias de espera

"Equipe do MGTV visita mãe que ficou quatro dias com feto morto

Na semana passada, o MGTV mostrou a história da mãe que ficou quatro dias com o filho morto dentro da barriga no oitavo mês de gestação. Raquel da Silva Melo estava internada na Santa Casa de Araguari tomando medicamentos para ter um parto natural.

No dia da reportagem, a paciente foi transferida para o hospital São Sebastião e, no mesmo dia, foi feita a cesariana para a retirada da criança. Agora, já em casa, a equipe da TV Integração visitou Raquel.
As lágrimas representam a dor de uma perda. Raquel já esta em casa, mas as lembranças dos maus momentos continuam. Ela estava grávida de quase oito meses quando percebeu que o feto não se mexia. Foram quatro dias internada na santa casa de Araguari.
Cansada de esperar, a família procurou a equipe de reportagem do MGTV. Só que a situação da dona de casa ficou ainda pior porque, segundo ela, foi repreendida. “O médico me disse que o hospital não vai mais me aceitar”, conta.
A solução para o problema partiu dos próprios parentes. Um irmão distante que Raquel não tinha contato procurou a família e pagou R$2 mil pela cirurgia. O casal que tem uma filhinha de cinco anos não pensa mais em ter outros filhos.
A produção do MGTV tentou durante toda a manhã falar com a administração da Santa Casa de Araguari, mas não teve resposta.".
Transcrito do Megaminas
Pitaco do Blog
Existem vários aspectos importantes nesse fato. Pode ele ser visto pelo lado humano (perda de um filho). Igualmente, pode ser analisado pela qualidade da prestação de serviço pelo SUS.
Mas prefiro chamar a atenção para um detalhe. Vejam que, pelo fato de a família da paciente ter procurado a Rede Integração para denunciar um situação de perigo de vida, um médico da Santa Casa de Misericórdia simplesmente disse que o hospital não mais a atenderia.
Agora, eu pergunto:
1) Essa conduta não se caracteriza como sendo uma infração ética e legal?
2) O Conselho Regional de Medicina tomará alguma providência?
3) Considerando que o médico, ao atender pelo SUS, está prestando um serviço público (equiparado a funcionário público), será adotada alguma medida contra ele e a Santa Casa pelo município?
4) O Ministério Público irá tomar alguma medida?
Eu mesmo respondo: vai ficar o dito pelo não dito. Tudo permanecerá bem até que a senhora Raquel ou qualquer um de nós necessite do serviço público de saúde em Araguari.

Transporte coletivo ineficiente: retrato de um (des)governo

Sábado, 1h15. Vindas de Brasília, duas pessoas da minha família, chegam ao Terminal Rodoviário de Araguari. Não querendo acordar familiares para buscá-las, procuram o transporte público. Coletivo? Se durante o dia, já é raro um ônibus, a essa hora é simplesmente impossível. Táxi? Nenhum disponível. Mototáxi, da mesma forma.
Apenas uma lembrança ao Administrador da Rodoviária e ao senhor prefeito, se é que a cidade tem um, transporte coletivo é um serviço público. Logo, cabe ao município prestá-lo diretamente ou por meio de terceiros (concessionários). Quem dita as regras nesse sistema é o município e não a concessionária. Táxi é um serviço de interesse público. Por isso, o município permite que terceiros o executem, mas sob sua fiscalização.
Vale lembrar que esse problema é comum no Terminal Rodoviário. Já aconteceu comigo e com diversas pessoas. Entretanto, os agentes públicos permanecem inertes, fazendo cara de paisagem.
Por fim, uma constatação. Araguari está crescendo muito graças, sobretudo, à iniciativa privada. O Poder Público, infelizmente, não acompanha essa tendência. Permanece o mesmo, ineficiente e corrupto. Para os governantes, Araguari se resume a uma cidadezinha de 5 mil habitantes, provavelmente formada só por apadrinhados e vendedores de votos. A cidade é muito mais do que isso. Acordem! É preciso administrar para toda a sociedade, não apenas para a corruptela.

domingo, 24 de julho de 2011

Novamente, a "Farmácia da Prefeitura".

Ao tentar justificar os erros na entrega da medicamentos, o Diretor da Farmácia da Prefeitura afirmou que o órgão enfrenta dificuldades, funcionando basicamente com servidores comissionados e estagiários. Conclusão dos entrevistadores (Rádio Vitoriosa): a culpa é da oposição, que sempre questiona a criação de cargos.
O quem tem a ver uma coisa com a outra? Ora, os empregos efetivos do Departamento de Medicamentos já foram criados por lei aprovada em 2009. Só falta o concurso público.
Agora, o que se vê são comissionados e estagiários exercendo tarefas típicas de empregados efetivos. Ambos os casos são irregulares. Os cargos em comissão destinam-se ao exercício das funções de direção, chefia e assessoramento apenas. Já os estagiários ali estão para complementar os conhecimentos obtidos em sala de aula. Não para desempenhar funções executivas.
Além dos problemas causados à população (longas filas e erros na dispensação de medicamentos), essas falhas poderão dar dor de cabeça ao governo atual e aos futuros. Basta que alguns estagiários, ao término do vínculo, ingressem no Poder Judiciário pleiteando os mesmos direitos do empregados públicos concursados. Pode-se estar criando mais dívidas trabalhistas para o município.

sábado, 23 de julho de 2011

Os 20 trabalhos de Marcão

Segundo o Correio de Araguari, 21/07, o prefeito Marcos Coelho vai abrir vinte frentes de trabalho em obras públicas, a saber:
- aguardando emissão de ordens de serviços nos próximos dias: 1) reforma da Praça Getúlio Vargas, 2) reforma do Ginásio Poliesportivo General Mário Brum Negreiros e a 3) reforma do C.E.M. Ondina Moutinho Vieira;
- obras já iniciadas: 4) reforma da creche do Bairro Vieno, 5) construção da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do Bairro São Sebastião, 6) construção de rede de esgoto no Bairro Vieno, 7) construção de rede de esgoto na Parte Alta do Bairro Goiás, 8) construção de calçada e passarela no viaduto na saída para Amanhece e 9) construção da sede da Polícia de Meio Ambiente (Bairro Maria Eugênia, junto à 2ª Cia. Do Batalhão Mauá);
- em fase final dos processos de licitação: 10) construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), 11) Posto de Saúde de Amanhece, 12) Posto de Saúde do Bairro Amorim, 13) sede do CRAS do Bairro Amorim, 14) “Bolsão” para estacionamento no canteiro central da Av. Minas Gerais, 15) C.E.M. Rosângela de Fátima (junto ao Residencial Monte Moriá), 16) sede do CRAS no Residencial Monte Moriá, 17) construção da primeira parte do Parque Linear;
- retomadas das obras de reforma e ampliação dos C.E.M.’s 18) Profº Hermenegildo Marques Veloso (Bairro Ouro Verde) e 19) Neusa Teixeira (Bairro de Fátima); e 20) construção da Creche irmã Margarida (Bairro do Bosque).
Pitaco do blog
Vários aspectos interessantes nesta notícia. Primeiro, até  mesmo reformas são consideradas obras pelo governo. Na verdade, reformas não podem ser enquadradas como se fossem investimentos, caracterizando-se, em regra, como manutenção de bens púbicos. Aliás, a Lei de Licitações e Contratos Administrativos diferencia muito bem uma coisa da outra.
Segundo, não há motivo para se orgulhar do fato de o governo estar retomando algumas obras. Vale lembrar que essas obras foram paralisadas porque a empresa contratada não tinha condições financeiras para executá-las. Ora, a capacidade econômico-financeira é justamente um dos critérios utilizados para a escolha da contratada. Se a empresa não detinha condições, como ganhou a licitação?
Terceiro, algumas dessas obras estão, na verdade, atrasadas, como é o caso do Ginásio Poliesportivo. A placa noticiando a obra já está até envelhecida, necessitando, ela também, de reforma. Convém lembrar que, com o passar do tempo, os recursos obtidos junto ao governo federal vão sendo corroídos pela inflação. Quanto maior a demora, pior.
Quarto, nota-se a ausência de algumas obras que, provavelmente, não interessaram ao governo. É o caso da restauração da Estação de Stevenson e do prédio da antiga Cia. Prada. Parece que a atual gestão não tem muita preocupação com a preservação de históricos e turísticos da cidade.
Bem, independentemente dessas ressalvas, vamos acompanhar o desenrolar dessas ações governamentais. Torcemos para que saiam do papel e cumpram suas finalidades, retornando à população ao menos um pouco dos impostos pagos. Chega de "elefantes brancos"!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cine Odette inicia atividades em Araguari

"A sétima arte ganha mais um espaço em Araguari, com a inauguração hoje do Cine Odette. A primeira sessão acontece às 14h.
O cinema irá exibir neste fim de semana “Kung-Fu Panda 2” e “Se Beber, Não Case! Parte II”. A única sala do Cine Odette tem 600 lugares e terá dez sessões por semana com ingressos a R$ 6 (meia entrada) e R$ 12 (inteira).
Localizado na Avenida Nicolau Dorazio, 359, bairro Industriário, o empreendimento é uma iniciativa do professor e empresário Públio Carísio."
 
Transcrito do Portal de Araguari.

Pitaco do Blog
Boa notícia! Era absurdo uma cidade do porte de Araguari ficar sem salas de cinema. Apenas para lembrar, já tivemos quatro cinemas na cidade (Apolo, Lux, Olido e Rex). No longínquo ano de 1910, chegamos a ter duas salas.
A inauguração desse espaço comprova que a iniciativa privada está fazendo a sua parte no crescimento econômico da cidade.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Foi dito...

Abre aspas para Limírio Martins, na coluna Tempero da Notícia, Correio de Araguari, 21/07:
"Lamentável, lastimável sob todos os aspectos a conduta do senhor Marcos Antônio Alvim, Ex-Prefeito de Araguari, ao defrontar-se a socos e pontapés com o Procurador Geral do Município Dr. Leonardo Henrique de Oliveira."

Farmácia da Prefeitura: mais falhas?

Nos últimos dias, têm sido recorrentes as reclamações quanto à filhas enormes à espera de atendimento na "Farmácia da Prefeitura" (Departamento de Medicamentos). Hoje, surgiu fato novo. No programa Linha Dura (Rádio Vitoriosa), duas usuárias do serviço reclamaram do recebimento de remédios com prazo de validade vencido. Uma delas questionou ainda a distribuição de medicamentos incorretos.
Adepto da "teoria da conspiração", o radialista Valmir Brasileiro disse acreditar que essas falhas sejam deliberadas. Assim, na visão dele, alguém estaria querendo prejudicar o prefeito, cuja administração "está deslanchando".
Não acredito nisso. Creio, isto sim, em falhas de planejamento e de gestão na prestação desse serviço público. Deixaram perder o prazo de validade do medicamento e o empurraram em alguns usurários.
Assim, a teoria "valmiriana" cairia por terra. Isso porque o Departamento de Medicamentos foi criado e "estruturado" na gestão atual. Ao invés de realizar concurso público para preencher os cargos ali existentes, o atual prefeito, com a complascência (omissão) da Câmara de Vereadores, encheu a Farmácia de comissionados (já questionamos isso aqui). Assim, em vez de sabotagem, pode estar ocorrendo apenas mais um caso de incompetência patrocinada pelo intitulado "novo modelo de administração".
Por fim, uma sugestão. Em vez de levarem esses medicamentos a uma emissora de rádio, as pessoas prejudicadas deveriam ir diretamente ao Ministério Público, que, entre outras funções, tem o dever de fiscalizar a prestação dos serviços de saúde pública. Esse tipo de falha é grave. Remédio errado ou vencido equivale a não-cura, à perda da qualidade de vida e, em alguns casos, à própria morte.

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