A semana política promete. Ao contrário do que eu havia imaginado há umas três semanas, o Sarney ainda não se safou. É que o recesso surtiu efeito contrário, servindo como um combustível jogado na fogueira onde arde o nosso Senador.
Na quarta, o Conselho de Ética do Senado, onde já estão 11 pedidos de investigações contra Sarney, fará a primeira reunião. Não há como o tema deixar de ser objeto de exame nessa sessão.
Além do destino de Sarney, o Senado começa a examinar outro tema de relevo. Na quinta-feira, para a alegria do Natal e de outros que prezam a moralidade na Administração Pública, a CPI da Petrobrás, finalmente, iniciará os seus trabalhos. Trata-se de sessão destinada, sobretudo, à votação de diversos requerimentos para obtenção de provas, oitivas de testemunhas, etc.
Oxalá o país saia um pouco melhor desses episódios. Aliás, seria muito bom se ele fosse efetivamente passado a limpo, como reclama o jornalista Boris Casoy. Mas, acho que aí já é pedir demais.
Ótima semana a todos!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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5 comentários:
Hoje o Correio já noticiou que existe a estratégia de atacar o Virgílio para tirar as atenções do Sarney.
Outra estratégia da oposição será boicotar qualquer votação em sessões presididas por Sarney.
A política é uma arte. Abstraindo-se as discussões éticas, não se pode negar que Sarney conseguiu se sobressair na política brasileira nas últimas décadas. Ele é um artista, então.
Com esse histórico e não sendo mais tão jovem, seria chegado o momento de "avançar" para a retaguarda ou, como dizem os boleiros, tirar o time de campo. Entretanto, por possuir ainda bastante influência em setores vitais da república e contar com a certeza da impunidade, ao que tudo indica, ele não largará o osso facilmente. Permanece-se artista, mas não como ator principal. Cabe-lhe, no máximo, o papel de vilão. Se atuasse em outra área artística, seria um equilibrista em fim de carreira, que pode ser traído pela debilidade de suas forças e de seus sentidos a qualquer momento.
Eu acho que é um rei fora do baralho, só interesso-me em saber quem cairá junto com ele.
Por falar em baralho, o Correio de domingo anuncia um trunfo final do Sarney, uma "carta na manda". Segundo a coluna do Luiz Carlos Azedo, o STF deverá julgar um parecer sobre a o Sistema Brasileiro de TV Diginal (SBTVD) em uma ADIN proposta pelo minúsculo PSOL. Aprocuradoria Geral do República considerou inconstitucional o Decreto 5820/2006 que instituiu o SBTVD, à revelia do Congresso. Caso o STF acolha a ADIN o decreto terá de ser encaminhado ao Congresso para discussão e aprovação. Segundo os aliados do Sarney se o STF derrubar o decreto terá um trunfo nas mãos para enfrentar os grandes meios de comunicação de massa que exigem a sua cabeça. A Procuradoria G. da República corrobora a tese de que o SBTVD não é simples atualização de tecnologia de transmissão de TV, como argumenta o governo. Segundo a PGR, a transmissão em sinal digital teria de ser considerada como um serviço diverso da transmissão analógica, para a qual seria necessária nova concessão de canais uma atribuição do Poder Legislativo, responsavél pelas concessões e renovações de outorgas.
Para nós outros, é dificil entender como essas voltas se dão. É mais ou menos cada macaco no seu galho, mas para os políticos "a política é a arte do possível e do impossível". Se vocês não entenderem como o Sarney vai se aproveitar disso talvez não saibam quais pessoas ele tem nos pontos chave para se safar da crise.
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