Mineiro tenta denunciar maracutaia há 15 anos
Um engenheiro contratado na obra do “Residencial Parque do Mirante”, em Uberaba (MG), financiada pela Caixa Econômica Federal, tenta há mais de 15 anos denunciar as falcatruas na construção. Segundo Pedro Coelho, foi encaminhada à CEF documentação que comprova ter havido fraude para esconder os vícios lesivos ao Erário. A denúncia foi até encaminhada à Procuradoria-Geral da República e à OAB-MG.
Fonte: www.claudiohumberto.com.br
4 comentários:
Será tentativa de honestidade? Neste nosso Brasil, ainda mais o elemento sendo engenheiro interessado na área, posso fazer a seguinte ilação: Por tanto tempo assim de insistência jurídica pode não ser também vingança ou tentativa de ganhos?
Marcos,
Entendo que a impunidade é um somatório de determinadas situações, regras e culpados, mas estou convicto de que numa sociedade organizada os assuntos são mais bem tratados quando encaminhados por entidades representativas de grandes grupos de interessados. Assim, não tenho esperança de que blogs, cartinhas de valorosos e corretos cidadãos venham corrigir irregularidades graves, evidentemente também praticadas por numerosos grupos de interessados. É mais ou menos a história de que uma andorinha sozinha não faz verão. Dessa forma entendo, em se tratando de irregularidades, que a ação buscando a justiça ocorra por meio de grupos representativos e meios coercitivos eficientes. Assim ocorreu em países que atingiram um grau de justiça mais elevado depois de ampla discussão dos instrumentos de defesa coletiva dos interesses ou direitos difusos.
Concordo com você, Natal. De fato, uma andorinha, voando sozinha, não faz verão.
A questão é saber como formar esses grupos organizados para pressionar por mudanças. Penso que eles devem surgir de baixo para cima. Em outras palavras, várias andorinhas se reunem para, com maior força, pleitear as correções de rumos. Aqui, o papel dos blogs (apesar de restritos) e dos cidadãos-chorões ganha importância, na medida em que a violação de um direito coletivo é, também, no fundo, a violação de direitos individuais.
Por outro lado, não creio muito nas mudanças vindas de cima para baixo. Primeiro, porque quem está em cima não tem muito interesse em mudar uma situação que lhe beneficia. Segundo, porque aqueles que nos representam não agem, em regra, na defesa dos nossos interesses. Logo, neste último caso, muito provavelmente, o interesse principal desses representantes seria a autopromoção.
Diante disso, vamos voando aparentemente sozinhos até encontrar o nosso bando.
De minha parte, estou apenas começando uma batalha. Ora, boto a boca no trombone aqui, ora envio petições ao Poder Público e aos órgãos de controle.
Por fim, quero dizer que já estou feliz pela acolhida dos meus leitores aqui do blog. Contudo, essa felicidade pode alcançar as estrelas caso algum desses leitores se disponham a assinar, comigo, os pedidos que estou fazendo perante o poder público de Araguari, dos quais decorrerão provavelmente outros pedidos, desta feita endereçados ao Poder Judiciário. Como diz o lema da coluna Desafabo, do Correio Braziliense, pode até não alterar a situação, mas muda a sua disposição.
É isso mesmo, a minha sugestão exclui as representações existentes e creio que a criação de entidade específica para o acompanhamento da gestão pública seja mais eficiente. Senão repete-se o caso do cidadão que há quinze anos busca denunciar as falcatruas em obras financiadas. Não excluo os Blogs mas é fato que as autoridades não se manifestam neles e nem tomam providências a partir deles. Apenas por isso. Boa sorte.
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