sábado, 25 de julho de 2009

Qual a situação do imóvel público doado à Unitri?

No governo passado, o município doou ou cedeu um imóvel para a construção da nova sede do Centro Universitário do Triângulo (Unitri). Paradoxalmente, logo em seguida, a universidade bateu em retirada da cidade. Assim, as perguntas que me restam são:

1º quando será (será?!) construída essa nova unidade da Unitri?
2º a Prefeitura fixou um prazo para a Unitri edificar a nova sede?
3º na hipótese de descumprimento dessa eventual cláusula de construir em certo prazo, há algum ônus para a beneficiário da cessão?
Como os administradores araguarinos são sempre zelosos no trato da coisa pública, eu nem deveria estar preocupado com esse assunto, mas tenho alguns motivos para tanto:
1º foi concedido um incentivo público à iniciativa privada. Em outras palavras, o meu e o seu dinheiro foram direcionados para uma empresa particular.
2º a concessão de incentivos sem qualquer contrapartida pode violar a moralidade e a impessoalidade, sem falar que se mostra claramente antieconômico.
3º o Grupo dono da Unitri já possui antecedentes mal resolvidos nessa área de imóveis alienados pelo poder público. Aqui em Brasília, o grupo tentou, sem êxito, ingressar num programa de fomento e receber um valiosissimo imóvel em pleno Plano Piloto (Digamos que o negócio não se concretizou porque o Senador Wellington Salgado não teve a mesma sorte do Ministro Gilmar Mendes, que, valendo-se dos benefícios de uma lei inconstitucional, edificou as belas instalações do Instituto de Direito Público em plena L-2 Sul, área muito valorizada da capital) . Além disso, conforme notícia publicada, em meados de abril deste ano pelo jornal
O Popular, de Goiânia, a Universidade Salgado de Oliveira, do mesmo grupo econômico, não pagou integralmente o que devia pela compra de um imóvel pertencente à Centrais Elétricas de Goiás. Vejam:
Celg vende clube e não recebe Quatro anos depois da venda de seu clube social, em área nobre no Setor Sul, a Celg não recebeu o valor total do negócio, de R$ 10,5 milhões. O comprador, a Universidade Salgado de Oliveira (Universo), pagou apenas R$ 3,6 milhões, mas mantém no local cursos de graduação, e alega que deixou de pagar por desconhecer questão judicial sobre a posse do terreno. Ação do Ministério Público considera o Município como real proprietário da área. A companhia, que vive grave crise financeira, tenta anular o negócio.
fonte:
http://www.opopular.com.br/anteriores/16abr2009/cidades/default.htm

Um comentário:

Aristeu disse...

O ladrão, quando é escolado, é temido por demais; imagine então sendo dono de faculdade, é pra lá de doutorado...

Postagem em destaque

Falta em audiência resulta em negativa de religamento de energia elétrica para idosa dependente de aparelhos médicos

Uma idosa de 89 anos, em situação de vulnerabilidade, teve sua ação contra a Energisa/SA encerrada sem análise de mérito, após não comparece...