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sábado, 27 de julho de 2013

Caso dos e-mails anônimos: entrevista com o advogado de dois dos envolvidos


           
Dr. Thiago Araújo, que vem acompanhando os supostos envolvidos no caso da divulgação de e-mails
contendo ofensas e ameaças ao procurador-geral do município (foto: Observatório)

Na manhã de hoje, o jornal Observatório, com exclusividade, ouviu o doutor Thiago Araújo, advogado do secretário de Agricultura, Jonalvo Absair Lopes, e do diretor de Agricultura, Antônio Espigão, supostos mandantes da confecção e divulgação de e-mail ofensivo à honra e à pessoa do procurador-geral do município, Leonardo Borelli.

Inicialmente, o advogado informou que seus clientes tiveram ciência da divulgação do e-mail. Entretanto, negaram, inclusive perante a autoridade policial, ter participado desse ato.

Em seguida, informou que Leonardo Procópio prestava serviço informalmente à Secretaria de Agricultura enquanto aguardava a criação de um cargo em comissão para o qual seria nomeado. Essa prestação de serviço informal, de acordo com envolvido, ocorreu com anuência do prefeito, Raul Belém, do procurador-geral, Leonardo Borelli, e da diretora de Recursos Humanos, Mirian de Lima.

Ato contínuo, esclareceu que a pessoa que enviou o e-mail assumiu a prática do ato. Sobre a acusação de que os seus clientes teriam dado ordens para o envio do e-mail, o advogado nega veementemente. Segundo ele, à exceção do depoimento do senhor Leonardo Procópio, não existem provas nos autos de que a ordem tenha partido do secretário e do diretor. Aduziu ainda que sequer foi feita perícia nos computadores da Secretaria de Agricultura, ressaltando que as máquinas daquele órgão podem ser acessadas por qualquer funcionário.

Argumentou, ainda, que é necessário não haver precipitação por parte dos agentes políticos e da mídia. Isso para não prejudicar ainda mais a imagem dos seus clientes. “Eles não podem ser considerados culpados antes do devido processo legal”, concluiu o advogado.

Questionado sobre a possível motivação do senhor Leonardo Procópio para a prática do ato investigado, o advogado afirmou que ele não se sentia satisfeito na Secretaria, uma vez que já estava há dois meses sem receber, aguardando a nomeação para cargo em comissão.  De acordo com o advogado, ele passava por situação financeira difícil, sendo que o próprio secretário adquiriu mais de 500 reais em alimentos para ajudá-lo.

Acerca da noticiada exoneração do secretário e do diretor, o advogado informou que ainda não tinha conhecimento oficial ainda. Reconhece que os cargos são de livre nomeação e exoneração, cabendo ao prefeito tomar a decisão que entender ser a melhor. Afirma, contudo, que a exoneração pode até causar um maior desgaste político ao prefeito. Cita o exemplo da ex-secretária de Saúde Iolanda Coelho, que foi mantida no cargo pelo ex-prefeito Marcos Coelho durante as investigações do “Caso do Marmitex”. Ao final, como nada ficou provado contra ela, a sua eventual exoneração seria uma injustiça.

Por fim, quanto à alegação de que a participação do secretário nos fatos teria decorrido de uma sindicância aberta pelo procurador-geral para apurar possíveis irregularidades na pasta da Agricultura, o advogado disse que não possui informação oficial. O próprio secretário Jonalvo informou-lhe não ter sido notificado da existência dessa sindicância. Ressaltou, ainda, que o secretário Jonalvo sempre teve bom relacionamento com o prefeito e o procurador-geral, não havendo motivos para participar da prática do ato sob investigação.

O jornal Observatório continuará acompanhando as investigações. Ressaltamos que aqueles que tiveram seus nomes referidos nesta reportagem terão, se quiserem, o direito de também se manifestarem.

Um comentário:

Anônimo disse...

aproveitando o gancho e teclar pouco pois agora já não se pode nem confiar no anonimato da rede mundial, gostaria de dar um puxão de orelhas em um certo vereador, o qual votei na ultima eleição, que esta transitando com seu veiculo particular com as placas de identificação do Estado de Goiás, da Cidade de Catalão.

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