Vista aérea do Itamaraty: Ministério do Planejamento condicionou a realização de seleção pública para oficiais de chancelaria à implantação do controle de frequência dos servidores (foto capturada no site do Correio Brazilense).
O Correio Braziliense publicou reportagens citando os nomes de 18 diplomatas que recebem sem trabalhar.
A Controladoria-Geral da União (CGU) cobrou do Ministério das Relações Exteriores (MRE) informações detalhadas de todos esses casos. São funcionários que recebem, em média, R$ 20 mil, mas não dão expediente. A Corregedoria-Geral da União irá acompanhar e averiguar tudo o que o departamento próprio de correição do Itamaraty já fez ou fará em relação aos quatro embaixadores, cinco ministros de segunda classe, oito conselheiros e uma primeira-secretária.
Pitaco do Blog
Receber sem trabalhar está se tornando o esporte favorito de um grupo de funcionários públicos privilegiados. Não se trata de algo que só acontece em Brasília. Em todos os lugares, temos exemplos dessa doença.
Cada dia mais, o serviço público vai-se tornando um "bico". Apesar de receberem salários acima da média de mercado, algumas carreiras insistem em não trabalhar ou em reduzir suas jornadas de trabalho. É o caso, por exemplo, de médicos e policiais. Quanto maior o intervalo entre os plantões, mais chances o profissional tem de trabalhar, também, em outro órgão público ou na iniciativa privada. É comum, por exemplo, vermos policiais exercendo segurança de estabelecimentos privados nas horas de folga. Isso gera um problema sentido na pele por todo cidadão brasileiro. Mesmo contratando esses profissionais com frequência, União, Estados e Municípios não conseguem oferecer serviços de saúde e segurança decentes à população.
O caso do Itamaraty é mais grave ainda. Mostra que funcionários do alto escalão do órgão, apesar de muito bem remunerados, simplesmente não compareciam ao trabalho. Isso reflete aquilo que é extremamente comum no serviço público: a falta de gestão. Alguém deveria fiscalizar o cumprimento da jornada de trabalho por esses servidores públicos, mas preferiu se omitir. Os motivos da omissão são os mais variados, mas muitas vezes possuem raízes na ingerência política. É o famoso "jeitinho brasileiro". Enquanto, isso nós continuamos pagamos a conta.
4 comentários:
UMA PEQUENA DIFERENÇA ENTRE POLÍTICOS E DIPLOMATAS É QUE OS PRIMEIROS NÃO PRECISAM ESTUDAR E PASSAR NO CONCURSO MAIS CONCORRIDO DO PAÍS.
Numa definição diz que Diplomata é Indivíduo versado em diplomacia, homem fino, hábil e astuto.
Não trabalhar é coisa de astuto?
Receber sem trabalhar...
Qualquer semelhança, jamais será mera coincidência!
E tinha gente , digamos, renomada, que recebia sem trabalhar no governo Marcos Coelho!!! "Madame da alta sociedade araguarina!!!"
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