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terça-feira, 12 de junho de 2012

Reclamando de barriga cheia


O Setor de Projetos da  Regional da Caixa Econômica Federal em Uberlândia tem demorado mais de seis meses para liberar projetos de obras das prefeituras municipais a serem executadas com recursos de origem federal, pelo menos no caso da Prefeitura de Araguari, conforme exemplo do contrato nº 311727-83, que tem por objeto o repasse de recursos para a construção de um CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) no Bairro Amorim (Rua Joaquim Barbosa), que foi protocolizado em dezembro de 2011 e ainda se encontra parado na Caixa Econômica Federal, em Uberlândia, aguardando aprovação.

Não se trata de um ou dois casos de atraso na análise de projetos, mas de procedimento geral da Regional da Caixa (de Uberlândia), onde também se encontram parados projetos de construção da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Bairro Amorim, projetos para recapeamentos de segmentos das Av. Minas Gerais e Batalhão Mauá, bem como de asfaltamento de segmentos das Ruas Padre Lafaiete e Olegário Maciel.  

Não é só a Caixa Econômica Federal que vem prejudicando o Município de Araguari com o retardamento no exame e aprovação de projetos técnicos de obras a serem realizadas mediante o repasse de recursos federais, mas também a GRS (Gerência Regional de Saúde), de Uberlândia, que também demora seis meses para examinar um projeto de obra, como o caso da UBS do Bairro Amorim – citada acima, que demorou seis meses para ser analisado e aprovado por técnicos da Vigilância Sanitária Estadual, para, só então, poder ser levado à Caixa Econômica Federal, onde certamente ficará por mais seis meses ou até mais.

Clique aqui e leia a reportagem completa no site do Correio de Araguari.

Pitaco do Blog
O jornal governista tenta atribuir a culpa pelo atraso nas obras à Caixa Econômica Federal (CEF) e à Gerência Regional de Saúde (GRS). É muito fácil agir assim. Difícil é ser isento e cobrar a melhoria da qualidade dos projetos e serviços executados pelo município. 
São vários exemplos de incompetência do poder público para projetar e realizar obras. A construção do Hospital Municipal, na gestão passada, é o precedente mais emblemático. Na atual, temos diversos casos de projetos mal elaborados e executados. 
O Residencial Monte Moriá, por exemplo, demorou a ser liberado justamente por causa dessas falhas. Ali, por falta de planejamento, inventaram, após a conclusão da obra, um piscinão para receber as águas pluviais que escoavam, causando danos, para uma propriedade privada. Qualquer engenheiro deve saber que, antes de construir casas, é necessário estar pronta uma coisa chamada infraestrutura (asfalto, água, esgotamento sanitário, galerias pluviais, etc.). Como, então, o jornal chapa branca tem coragem de reclamar da CEF? Nesse e em outros casos, a instituição bancária foi extremamente generosa, permitindo a construção de uma obra com esse tipo de falha?
O mesmo raciocínio vale para a GRS. O número de irregularidades praticadas pelos municípios na área da saúde pública é tão grande que aquele órgão, muitas vezes, não consegue fiscalizar a contento os gastos no setor. Em alguns casos, tem sido forçada a agir por intervenção do Ministério Público Federal (MPF), o que denota mesmo certa complacência por parte da GRS. Se ela agisse com o rigor necessário, o município não estaria, por exemplo, utilizando as instalações do HM como uma espécie de pronto-socorro improvisado.
Logo, o Correio de Aragauri, que reverbera o pensamento dos gestores municipais, está reclamando de barriga cheia.

Um comentário:

Anônimo disse...

barriga muito cheia e bolso também

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