terça-feira, 23 de julho de 2013

"Aprocimação" ilegal e imoral

Ilegal e imoral

Continuam sendo veiculadas informações sobre a cessão de área pública à Associação dos Profissionais de Comunicação e Imprensa de Araguari (APROCIMA). A medida não é legal. Além disso, é imoral e fere, também, o princípio da impessoalidade. Por que ceder o imóvel para a APROCIMA e não para APAE? Por que não para uma entidade de defesa de direitos dos portadores de necessidades especiais? É essa a análise que deve ser feita. Infelizmente, ao que tudo indica, estamos na iminência de mais uma ação dos governantes visando a ter parte da imprensa nas mãos. Pior que isso é ver pessoas da própria imprensa comemorando o fato. Lamentável!

Transcrito da coluna "Matutando", jornal Observatório, 23/07.

Mais “circo” para a população

Depois da festa da posse do prefeito, com a realização de gastos não contabilizados (caixa dois?), e do Carnaval, contratado sob suspeitas de irregularidades graves, vem aí a 46ª Exposição Agropecuária. Consta que o município (você, contribuinte) bancará os shows. Uma vez mais, os artistas foram anunciados sem sequer ter sido feita licitação ou publicado o ato de contratação direta (sem licitação). Além disso, não se sabe como será a “parceria” a ser firmada com o Sindicato dos Produtores Rurais de Araguari. Por sorte de governantes despreparados ou mesmo mal intencionados e azar dos cidadãos, parece que em Araguari nunca existiram Câmara de Vereadores e Ministério Público para fiscalizar esse tipo de ato.

Transcrito da coluna "Matutando", jornal Observatório, 23/07

Fantastico - Deputado ensina como compra votos



Aula sobre compra de votos
Quem assistiu “O Fantástico”, Rede Globo, no último domingo, deve estar estarrecido. Aquilo tudo de que se comenta Brasil afora acerca da compra de votos foi filmado e escancarado. O programa exibiu um vídeo em que o deputado federal Aelton Freitas (PR) ensinava como comprar votos e espalhar boatos contra adversários eleitorais. Esse parlamentar eleito pelos mineiros teve 186 votos em Araguari nas eleições de 2010. Seria bom descobrirmos quem eram os "apoiadores" do dito deputado aqui na cidade. Provavelmente, deve ter sido adotado aqui também o modus operandi (método) do "cartãozinho" para comprar votos de eleitores picaretas e otários.

Transcrito da coluna "Matutando", jornal Observatório, 23/07

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Perguntar não ofende



Estou vendo as entidades de classe se reunindo para discutir os temas importantes para a cidade. É o tal G-8 (Grupo dos 8, integrado por ACIA, CDL, OAB, entre outros). Isso, em princípio, é bom. Essas organizações são forças vivas da sociedade e possuem condições de contribuir para a melhoria da cidade. Entretanto, elas não devem se deixar capturar pelo poder público da cidade. Se isso acontecer, vão se tornar meros cabos eleitorais de pretensões futuras dos governantes da ocasião.
Aproveitando a oportunidade, como perguntar não ofende, gostaria de saber, por exemplo, onde estavam essas mesmas entidades quando, na gestão Marcos Coelho, foram aumentados drasticamente os tributos (impostos e taxas) com a edição do inconstitucional Código Tributário Municipal. 
Da mesma forma, desejaria muito de saber qual a opinião dessas entidades a respeito das inúmeras denúncias de irregularidades na gestão Raul Belém. O que esses representantes de importantes segmentos sociais estão fazendo para tornar mais eficiente e ética a péssima gestão pública da cidade?

Cidadão por inteiro


Nesses tempos em que até o gigante acordou, vemos muitos araguarinos falando dos gastos dos senadores e deputados. Até os gastos da presidente Dilma com cabeleireiro são conhecidos e questionados. Isso é bom. É exercício de cidadania. Mas, poderia ser melhor se nos preocupássemos TAMBÉM com os gastos dos políticos locais. Não se sabe, por exemplo, quanto custam e como são gastas, por exemplo, as "verbas de gabinete" dos vereadores (aquelas usadas para pagar assessores e alguns serviços). Também não se sabe quanto custam as viagens do prefeito a Brasília e a BH. A Prefeitura e a Câmara não prestam contas desses gastos. Não se faz cidadania pela metade. Vamos cobrar transparência e moralidade TAMBÉM dos políticos araguarinos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nem tudo está perdido


Reguffe foi escolhido por jornalistas para o Prêmio Congresso em FocoFoto: divulgaçãoReguffe foi escolhido por jornalistas para o Prêmio Congresso em Foco
O deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF) foi escolhido pelos jornalistas que cobrem o Congresso como um dos três melhores deputados federais para o Prêmio Congresso em Foco. Os outros dois mais votados por suas atuações foram os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Jean Willys (Psol-RJ).

O deputado do DF apresentou 31 projetos, 14 requerimentos de informação, 18 emendas e proferiu 186 discursos desde o início da legislatura. Entre os projetos, está o que retira os impostos dos remédios.
Reguffe também está no seleto grupo de sete deputados que têm 100% de presença no plenário, sem ter tido uma falta sequer desde o início da legislatura em 2011, sendo o único do DF nessa condição. Nas emendas ao orçamento, enquanto muitos deputados colocaram suas emendas em shows e eventos, o parlamentar do DF colocou para a compra de remédios para os hospitais públicos e para a construção de escolas em tempo integral.
O parlamentar também foi escolhido como o deputado mais citado no tema Defesa do Consumidor pela sua atuação na comissão sobre o tema. No primeiro dia do mandato, Reguffe abriu mão dos salários extras, reduziu sua verba de gabinete e o número de assessores de 25 para apenas 9, entre outras medidas, que geraram uma economia direta aos cofres públicos de mais de R$ 2,3 milhões.
Fonte: Jornal O Coletivo (www.jornalcoletivo.com.br).

Pitaco do Blog
Normalmente, sou muito chato com relação à atuação dos políticos em geral. Mas, nunca podemos cometer o erro de generalizar.
A reportagem mostra que os deputados federais Antonio Reguffe (PDT-DF), Chico Alencar (Psol-RJ) e Jean Willys (Psol-RJ) vêm correspondendo à vontade dos eleitores.
Acompanho mais de perto de atuação do deputado Reguffe, aqui do Distrito Federal. Desde antes de ingressar na vida pública, ele defendia a moralização da politica brasileira. Como deputado distrital foi uma grata surpresa, cumprindo aquilo que prometera aos eleitores. Tanto isso é verdade que, proporcionalmente, foi o candidato a deputado federal mais bem votado do Brasil. Recebeu em torno de 19% dos votos dos eleitores do DF.
Esse tipo de atuação, que deveria ser regra, acabou-se tornando exceção no jogo sujo da politica tupiniquim. De qualquer sorte, nos mostra que nem tudo está perdido. Cabe ao eleitor selecionar melhor os futuros ocupantes de cargos eletivos. Essa seleção é fundamental, sobretudo porque, como sabemos, os partidos políticos e o próprio Poder Judiciário costumam ser bondosos com pessoas desqualificadas que buscam a eleição para assegurar a impunidade dos atos do passado e a prática de novas irregularidades.

domingo, 14 de julho de 2013

NOTA DE REPÚDIO ÀS PROPOSTAS DE “LDO DA MORDAÇA” & “LEI DE INCENTIVO À CORRUPÇÃO”


O ex-presidente da República e atual presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal, senador FERNANDO COLLOR, apresentou, durante reunião da Comissão do dia 3 de julho de 2013, as seguintes propostas:

“emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, que visa à responsabilização civil e administrativa de servidores por falhas no procedimento fiscalizatório que acarretem comprovados prejuízos ao Erário pela paralisação ou atraso na execução de obras e serviços” (LDO da Mordaça”);

“projeto de lei para condicionar à aprovação do Congresso Nacional a produção de efeitos de medida cautelar do Tribunal de Contas adotada em relação a contratos administrativos” (“Lei de Incentivo à Corrupção”).

O senador COLLOR parece não ouvir o clamor dos cidadãos, que inclusive voltam às ruas para reivindicar medidas efetivas contra a corrupção e manifestar repúdio aos projetos que visam enfraquecer a atuação do controle.

Ao alegar possíveis prejuízos da atuação dos Auditores Federais de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), o senador COLLOR pretende intimidar tais agentes públicos, já que quaisquer medidas cautelares, de acordo com a sua proposta, sujeitariam o Auditor à responsabilização civil, penal e administrativa.

Para a ANTC, ao ameaçar os Auditores Federais de Controle Externo do TCU com sanções civis (de indenização) e administrativas previstas na proposta de emenda à LDO/2014 (“LDO da Mordaça”), o que se pretende é a obstrução da ação de controle externo, criando cenário propício para práticas de corrupção que a sociedade repudia com veemência.

Sobre a fiscalização de obras públicas, é importante reiterar que o TCU já esclareceu, por meio de Nota de 23 de maio, que dos 1.153 contratos de obras rodoviárias a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), apenas 167 estão paralisados, ou seja, tão somente 14%. Desses 167 contratos paralisados, apenas sete foram alvo de restrição por parte do TCU, o que representa 0,6% do total de contratos da autarquia federal.

É de amplo conhecimento que o baixo desempenho dos investimentos federais não decorre da fiscalização do TCU (Acórdãos 109/2012, 3.244/2012, 2.831/2011-Plenário), mas da ineficiência crônica da gestão do DNIT, identificada em inúmeras auditorias realizadas pelo TCU na última década, merecendo destaque os seguintes problemas:

- excesso de agentes terceirizados no exercício de atribuições típicas da área fim do DNIT, que chegam a 82% em determinadas unidades estratégicas para a gestão de obras;

- número reduzido de engenheiros para fiscalizar as obras;

- falta de estrutura do controle interno da entidade autárquica, que dispõe de apenas 7 auditores para fiscalizar um orçamento anual de quase R$ 15 bilhões;

- concentração de contratos vultosos em poucos fiscais são alguns dos fatores críticos que residem na raiz da ineficiência crônica da autarquia federal.

Apesar da urgente necessidade de medidas corretivas, o que se constata é inação dos Poderes Executivo e Legislativo que resistem em dotar o DNIT de uma estrutura profissional compatível os desafios técnicos e o volume de recursos sob sua gestão.

Atribuir aos Auditores de Controle Externo do TCU a responsabilidade pelos prejuízos e mau uso de recursos públicos constitui manobra desleal com o objetivo de desqualificar o controle externo e iludir a população. Apenas em 2012, a fiscalização de obras realizada pela Corte gerou economia de R$ 2,5 bilhões, dinheiro suficiente para construir mais de 60 mil casas populares segundo o TCU.

É oportuno ressaltar que qualquer fiscalização realizada pelos Auditores é submetidas e apreciada pelos nove Ministros que integram o Plenário do TCU. Além disso, no caso de fiscalização de obras públicas, a auditoria segue parâmetros legais de custo fixados pela LDO que obrigam todos os gestores federais. Não se trata, pois, de fiscalização de obras segundo critérios discricionários definidos pelos Auditores ou pelos Ministros do TCU, mas segundo bases legais.

Já no que tange à atribuição do TCU para conceder medidas cautelares, prevista no artigo 45 da Lei nº 8.443, de 1992, trata-se de matéria amplamente debatida e reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece o poder geral de cautela da Corte de Contas, cuja alteração da Lei Orgânica é de iniciativa privativa do TCU. Portanto, o Congresso Nacional não pode alterar a Lei Orgânica do TCU sem observar a reserva constitucional de iniciativa.

No entendimento do STF, a atribuição de poderes explícitos conferida ao Tribunal de Contas, tais como enunciados no artigo 71 da Lei Fundamental, supõe que se reconheça, a essa Corte, ainda que por implicitude, a possibilidade de conceder provimentos cautelares vocacionados a conferir real efetividade às suas deliberações finais, permitindo, assim, que se neutralizem situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário (MS 24.510/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE; MS 20.882/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Nesse sentido, a ANTC repudia com veemência a tentativa de submissão e intimidação dos Auditores Federais de Controle Externo do TCU com base em previsões vagas, servindo apenas para tumultuar a pronta ação de controle externo com vistas a preservar os recursos públicos.

É importante que a sociedade brasileira saiba que, se essa proposta do senador COLLOR for aprovada, a medida colaborará para que danos identificados ao patrimônio público deixem de ser evitados, oportunamente, como o cidadão espera do TCU.

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