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quinta-feira, 20 de junho de 2024
Escândalo de harmonização facial: deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) é cassada por desvio de recursos
quarta-feira, 19 de junho de 2024
A fraude do concurso: o legado do Gato Gatuno em Medievália
Na pacata Medievália, onde os segredos se entrelaçam como hera nas muralhas antigas, o Coronel Laranja Lima, conhecido como o Gato Gatuno por seus movimentos ardilosos, tramava uma teia de favores e influências. O prefeito decidiu garantir um lugar para sua esposa, a Graciosa Carol, uma médica formada no renomado Centro Universitário Unilav. O reitor da universidade, Jota, era um velho amigo do poderoso Coronel.
Dizem que, com seu poder municipal, Laranja Lima ordenou um processo seletivo para médicos, manipulado com cartas marcadas. Graciosa Carol não foi aprovada. Furioso, o prefeito invadiu a sala de reuniões da empresa responsável e exigiu manipulação dos resultados, mas o empresário recusou-se a ceder. Enfurecido, o Gato Gatuno rescindiu o contrato, desencadeando uma denúncia ao Ministério Público, cuja sigla irônica, "Muito Parado", refletia a morosidade de suas ações.
As investigações se arrastaram, mas o prefeito não se deixou abalar. Com habilidade de estrategista, Laranja Lima orquestrou um novo concurso para médicos, desta vez com vagas específicas para a especialidade de sua esposa. Quando novamente Graciosa Carol não alcançou as primeiras colocações, o prefeito convenceu os vereadores da Câmara Municipal a aprovar uma lei que ampliava o número de vagas do concurso já realizado. O aumento ocorreu justamente até o lugar em que a esposa do prefeito estava posicionada, garantindo a última vaga criada pelos vereadores subjugados. Tentando manter suas artimanhas na penumbra, Laranja Lima não publicou a nomeação de sua esposa na Gazeta Oficial Medievalense.
Assim, a saga do Gato Gatuno continuava a tecer-se como um tapete de tramas e interesses entrelaçados, onde a ética e a legalidade frequentemente cediam lugar à ganância e ao poder pessoal. Medievália, aparentemente pacata, revelava-se um palco onde as aparências enganavam e os jogos de influência moldavam o destino de seus habitantes.
terça-feira, 18 de junho de 2024
Operação Transata: investigações envolvendo ex-secretário da Prefeitura de Araguari
O engenheiro Dickson Santos Gomes, ex-secretário de planejamento e gestor de contratos da Prefeitura de Araguari, está atualmente sob investigação por corrupção na Prefeitura de Goiânia. Após deixar esse cargo em outubro de 2022, ele assumiu a superintendência de obras e infraestrutura na Seinfra da capital goiana, onde permaneceu por cerca de um ano e quatro meses. Durante esse período em Goiânia, foi mencionado em escândalos graves, envolvendo crimes de corrupção, segundo reportagens do jornal O Popular (leia aqui).
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, Dickson Santos Gomes é suspeito de ser elo entre o ex-titular da Seinfra, Denes Pereira, e um grupo empresarial envolvido em um esquema de fraude em licitações e contratos relacionados à iluminação pública, tema central da Operação Transata da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) - veja a reportagem da TV Anhaguera aqui.
Dickson atuou na Prefeitura de Goiânia em outubro de 2022 como diretor administrativo da Seinfra, passando a exercer, uma semana depois, o cargo de superintendente. Ele foi exonerado em 1º de março de 2024, logo após a Operação Lumière da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra Ordem Tributária (DOT).
Já a Operação Transata investiga irregularidades no uso de atas de registro preços publicadas por outros municípios, prática que nem sempre é economicamente vantajosa e pode ser usada no desvio de dinheiro público para os bolsos de agentes públicos e empresários. Conforme já divulgado pelo blog, as empresas investigadas (Elétrica Radiante, Goiás Led, Delvalle e Elétrica Luz) e outras contratadas pelo município de Araguari são originárias de Goiânia. Essas fornecedoras de material elétrico, conforme noticiado anteriormente (leia aqui), possuíam contratos de R$ 18 milhões com a Prefeitura de Araguari.
Os fatos aqui narrados levantam sérias questões sobre a lisura de contratos e licitações em Araguari. Mais do que isso, exigem que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais cumpra a sua função constitucional e investigue imediatamente os fatos ocorridos no município, conforme solicitamos no blog (clique aqui) e requerido em denúncia encaminhada ao órgão (leia aqui).
Saiba mais...
Comissionado foi elo de empresas com secretário de Infraestrutura, diz Polícia Civil
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💡 Iluminando o mistério: empresas de Goiânia no Natal Luz 2023
O modo de agir das empresas de material elétrico de Goiânia nas licitações
Dia Internacional de Combate ao Discurso do Ódio
Hoje, em comemoração ao Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, o Ministério Público Federal publicou nas redes sociais uma declaração enfática contra o uso de telas para disseminar discursos de ódio. De acordo com o MPF, tais práticas violam princípios fundamentais como igualdade e dignidade humana, garantidos pela Constituição. A instituição reforça a importância de manter a internet como um ambiente seguro e tranquilo, comprometendo-se vigorosamente a responsabilizar os autores desses crimes.
segunda-feira, 17 de junho de 2024
Negociando o horror: PM acusado de estupro de crianças queria comprar o silêncio de familiares das vítimas
O policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, foi preso pela Polícia Federal em Uberlândia, Minas Gerais. Ele é acusado de estuprar pelo menos três crianças da mesma família, em crimes que ocorreram tanto em Goiás quanto em Brasília. Antes de ser preso, Roberto trocou mensagens com familiares das vítimas, tentando suborná-los para que retirassem as queixas. Ele chegou a citar Deus, oferecer dinheiro e apoio psicológico, mas ignorou o fato de que uma das crianças foi violentada repetidamente por um período de sete anos.
O PM confessou os abusos contra um menino de 10 anos e pediu que o pai das crianças retirasse as queixas. Alegando desespero, Roberto também mencionou que Deus deveria estar envergonhado de suas ações e propôs negociações financeiras e psicológicas. Ele foi preso no apartamento do filho em Uberlândia, após estar foragido desde agosto de 2023. A prisão contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado e do Grupo de Capturas da Polícia Federal.
Roberto e o pai das crianças se conhecem desde 1991, quando serviram juntos no serviço militar obrigatório no Distrito Federal. O policial reformado, que nasceu em Pires do Rio (GO), mudou-se para Uberlândia, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG). Ele fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública e frequentava uma igreja evangélica na cidade. Segundo o delegado da PF, Roberto explorava sua religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e se aproximar das famílias das vítimas abusadas. Ele cometia os abusos quando ficava sozinho com as crianças, aproveitando-se de sua posição e confiança.
Os detalhes dos crimes revelam que, em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto denunciou à Polícia Militar que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente durante uma viagem a Caldas Novas (GO). Durante a estadia, o policial reformado e o menino dormiram na mesma sala, e o abuso ocorreu enquanto a criança dormia. Além disso, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou ter sido abusada por Roberto desde os 10 anos. Uma outra filha do amigo, de 14 anos, também relatou ter sido vítima de abuso por parte do policial. Atualmente, há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça pedindo a revogação do mandado de prisão.
Pitaco do blog
Os casos de estupro envolvendo familiares ou pessoas de confiança das famílias são alarmantes e trazem à tona uma realidade perturbadora. Segundo dados nacionais, 76% dos casos de estupro de vulnerável (relação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente com menos de 14 anos) ocorrem dentro do ambiente familiar, cometidos por parentes ou amigos próximos da vítima. A dificuldade de denúncia e o abuso da confiança tornam esses crimes ainda mais devastadores. É essencial conscientizar e proteger nossas crianças, garantindo que elas se sintam seguras para denunciar qualquer forma de violência.
sábado, 15 de junho de 2024
Araguari-MG: contrato de R$500 mil para réplica de locomotiva
A Fundação Araguarina de Educação e Cultura (FAEC) formalizou o contrato nº 012/2024 através da modalidade de inexigibilidade de licitação (Processo Licitatório nº 022/2024, Inexigibilidade de Licitação nº 011/2024) com a empresa Arte Designer Sociedade Unipessoal Ltda (CNPJ: 44.942.192/0001-20). O contrato tem por objeto a contratação de artista plástico especializado na execução de obras de arte em metal/aço para a projeção, concepção, fabricação e implantação de uma réplica de locomotiva a vapor com vagão tender e vagões com letreiros. A obra será instalada na rotatória do cruzamento das Avenidas Senador Melo Viana e São Paulo, conforme especificações técnicas do termo de referência.
O contrato, com vigência de 26/02/2024 a 26/02/2025, tem valor total de R$ 500.000,00, conforme estabelecido pelo Artigo 74, Inciso II, da Lei n. º 14.133/2021 e suas alterações posteriores. Os gastos detalhados incluem R$ 380.000,00 destinados à réplica da locomotiva, R$ 90.000,00 para vagões e letreiros, e R$ 30.000,00 para iluminações cenográficas.
MPMG oferece denúncia contra sete pessoas envolvidas em esquema de desvio de verbas da saúde pública em Alfenas
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) formalizou denúncia contra sete indivíduos acusados de participação em um esquema de desvio de verbas destinadas à saúde pública em Alfenas, no sul de Minas Gerais. A denúncia, desdobramento da operação Resgate iniciada em maio, incrimina os réus por organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. A investigação revelou que duas organizações da sociedade civil (OSC), Projeto Esperança em Cristo Jesus (Proesc) e Centro Terapêutico Nova Esperança, receberam significativas quantias do Fundo Municipal de Saúde entre 2018 e 2024, totalizando R$ 22 milhões. Apesar dos altos repasses, os serviços prestados pelas OSCs foram marcados por irregularidades graves, como condições precárias para os atendidos e falta de equipe qualificada.
Os principais acusados são os líderes das OSCs, acusados de estruturar o esquema para desviar recursos públicos em proveito próprio e de terceiros. A mãe da diretora do Centro Terapêutico Nova Esperança facilitou os desvios utilizando sua conta bancária pessoal e uma empresa de fachada, enquanto outros envolvidos colaboraram na lavagem de dinheiro por meio de transações financeiras e investimentos em bens móveis e imóveis. Um ex-secretário de saúde de Alfenas também é acusado de receber indevidamente valores significativos e de facilitar a implantação do Proesc na cidade, devido a vínculos com os dirigentes do grupo criminoso.
Além das condenações criminais requeridas pelo MPMG, os promotores pleiteiam uma indenização de R$ 8,7 milhões tanto por danos materiais quanto morais, além do confisco dos bens obtidos através da lavagem de capitais. As investigações continuam para apurar a extensão total do esquema e o envolvimento de outros suspeitos, assim como para recuperar os valores desviados dos cofres públicos.
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