A Unidade de Pronto Atendimento de Araguari (UPA 24 horas) vem enfrentando dificuldades para atender a população. Segundo noticiado pela mídia local, a Organização Social Missão Sal da Terra, contratada para administrar a unidade, afirma estar trabalhando acima da capacidade contratada. Treze pacientes "internados" na Sala de Emergência, que só tem capacidade para três.
Pitaco do Blog
O problema é complexo. Envolve não somente as deficiências operacionais da UPA. Por óbvio, a situação é agravada por falhas nas unidades básicas de saúde (nível primário, conhecido como porta de entrada do SUS), e na regulação de leitos (transferência de pacientes "internados" para unidades de média ou alta complexidade).
De qualquer sorte, considerando que a situação da UPA submete seres humanos a risco de agravamento da saúde ou de morte, não custa perguntar:
- Onde estão o prefeito, o secretário de Saúde e a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores?
- Por onde andam os gestores municipais responsáveis pela construção e pelo não-funcionamento do "Hospital Municipal de Araguari"?
- Cadê o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que "endossou" esse contrato de gestão firmado com a Sal da Terra? Vale lembrar que, em outros entes federativos, como Goiás e Distrito Federal, por exemplo, o Ministério Público entende que a transferência da gestão de unidades de saúde para entidades privadas ou do terceiro setor, por não se tratar de atividade meramente assessoria, viola a Constituição Federal e a Lei do SUS.
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