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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cúmulo do amadorismo político



A secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município de Araguari, Thereza Christina Griep, ao participar de uma comunidade que defende a reeleição do seu sogro, prefeito Marcos Coelho, colocou-se à disposição para ajudar na realização de uma manifestação de professores estaduais* contra o governador Anastasia, que visitará a cidade na data de hoje.  Esse fato cria várias dúvidas:
1º Que tipo de ajuda seria ou foi oferecida aos manifestantes? 
2º Essa ajuda envolveria a participação da Secretaria por ela chefiada ou do governo municipal? 
3º Como o governador passaria a tratar as reivindicações de Araguari sabendo que uma secretária municipal colaborou na organização de um ato público contrário à sua presença na cidade? 
4º É esse o tipo de recepção que a titular da Pasta do Turismo tem a oferecer ao governador? 
5º A maioria da população araguarina, sabidamente hospitaleira, concordaria com esse tipo de tratamento?
Sinceramente, a conduta de certos agentes públicos aqui em Araguari, sobretudo no período eleitoral, beira o amadorismo.  Eles parecem desconhecer limites éticos e legais. Confundem o papel de cabo eleitoral com o de agente público. Não é função de representantes do município fomentar manifestações contrárias a autoridades públicas do Estado. Mesmo que o governador não esteja em missão oficial na cidade, há um pacto federativo que deve ser respeitado. Ele não deixa de ser governador pelo simples fato de estar em campanha eleitoral**. 
Nesse caso específico, o senhor prefeito e a secretária envolvida, no mínimo, deveriam apresentar um pedido público de desculpas à população araguarina e ao governador por esse ato nada republicano e democrático. 

Obs.: 
* Nada contra a manifestação programada pelos professores. É um direito sagrado deles lutar pela melhoria das condições de trabalho e dos salários. Notoriamente, o governo de Minas Gerais não costuma tratá-los com a dignidade que merecem. 
** Considero questionável a forma de atuação dos governos estaduais e federal nas campanhas eleitorais dos municípios. Entretanto, eventuais erros não justificam determinadas condutas.

5 comentários:

Faust disse...

Se fosse um ato de Professores da Rede Estadual de Ensino promovendo esse ato até que passaria despercebido diante de nossos olhos. Mas uma COORDENADORA DE CENTRO DE TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO, LOTADA NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (Débora) e uma SECRETÁRIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TURISMO (Thereza C. Griep) promovendo esse tipo de "baixaria" é inconcebível. convém ainda citar que esse conluio escancarado pode trazer sérios prejuízos para a cidade na medida que se realiza essa manifestação desprovida de sentido, senão eleitoreiro, além de evidenciar o total despreparo dessas pessoas para ocuparem tais cargos na administração.

Anônimo disse...

pseudo_entendido_quanta falacias _o direito de reenvidicar direitos e de todos _chega primeiro do que ser um bom anfitriao na politica isto nao existe nem pedidos de desculpas.

Anônimo disse...

pseudo_entendido_quanta falacias _o direito de reenvidicar direitos e de todos _chega primeiro do que ser um bom anfitriao na politica isto nao existe nem pedidos de desculpas.

Anônimo disse...

pseudo_entendido_quanta falacias _o direito de reenvidicar direitos e de todos _chega primeiro do que ser um bom anfitriao na politica isto nao existe nem pedidos de desculpas.

ANTONIO MARCOS DE PAULO disse...

Anônimo, ninguém é contra a liberdade de expressão e o direito de se manifestar. O problema é uma representante do município agir dessa forma. Em nome de quem ela agia? Em nome próprio? Como os interessados na manifestação viam a participação dela? Como mera cidadã? Ou como secretária municipal? Qual tipo de apoio seria dado? Apoio moral? Apoio financeiro? Logístico?
É justamente por causa desse comportamento ultrapassado que Araguari perde inúmeros benefícios. Ora, faz cara feia para o governo estadual; ora para o governo federal. A relação tem que ser institucional sempre. Um agente político jamais poderia sequer pensar em praticar ato contrário a agentes políticos de outro ente federativo. Seria um erro primário.

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