segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Araguari deve instalar o segundo Distrito Industrial

A prefeitura de Araguari, no Triângulo Mineiro, iniciará estudos para implantar o segundo distrito industrial (DI) no município. A cidade necessitará de mais espaço para abrigar empresas diante da perspectiva de atração de investimentos com os planos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale S/A, de construir um "superterminal" de cargas em Araguari.
Em janeiro, o diretor comercial da concessionária, Fabiano Lorenzi, em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, revelou o projeto de construir o terminal no Triângulo Mineiro. Os detalhes do empreendimento, como o valor do investimento, ainda não foram revelados.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento de Araguari, Thereza Christina Griep, diversas empresas estão interessadas em investir no município por conta do projeto da FCA. Ela explicou que ainda há espaço no DI existente em Araguari, mas será necessário um novo distrito para investimentos de maior porte.
A secretária, sem revelar detalhes das negociações, garantiu que empresas de diversos ramos, como logística, alimentos e microprocessadores, já consultaram o município. Além disso, estabelecimentos que já estão instalados em Araguari possuem projetos de aportes em expansão.
Segundo Thereza Griep, os estudos para a instalação do novo distrito deverão ser iniciados no próximo ano, quando a primeira fase do terminal da FCA deverá estar em operação.
Área - O terminal contará com uma área de aproximadamente 670 mil metros quadrados, já adquirida pela ferrovia. O empreendimento deverá concentrar cargas de grãos, fertilizantes e contêineres para carga geral.
A FCA conta com cerca de 8 mil quilômetros e cruza 300 municípios em sete estados (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Sergipe e Bahia). O sistema logístico é formado por 500 locomotivas e mais de 12 mil vagões. Os principais produtos transportados pela ferrovia são as commodities agrícolas, como soja, milho e açúcar.
A malha operada pela FCA é originária da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). A concessão foi obtida por meio do Programa Nacional de Desestatização (PND) realizado em 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A RFFSA transferiu suas malhas para a iniciativa privada por um período de 30 anos, prorrogáveis por mais 30.
A FCA obteve a concessão da Malha Centro-Leste da RFFSA em leilão realizado em junho de 1996. Em 2003, a Vale assumiu 99,99% do controle acionário da concessionária.
Conforme o último balanço divulgado pela FCA, a companhia aumentou seu prejuízo no primeiro semestre para R$ 96,253 milhões. Na primeira metade de 2010 o resultado foi negativo em R$ 18,104 milhões.
A receita líquida da ferrovia nos primeiros seis meses de 2011 somou R$ 468,177 milhões, ante R$ 483,124 milhões no acumulado até junho do exercício passado, o que significa queda de 3%.
O transporte de cargas alcançou 4,928 bilhões de toneladas por quilômetro últil (TKU) no acumulado entre janeiro e junho. O resultado é 11,7% inferior ao verificado nos primeiros seis meses do ano passado, quando totalizou 5,587 bilhões de TKU.
 
Transcrito do site da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).
Originalmente publicado no Diário do Comércio/MG.

9 comentários:

garliene arts disse...

Que grandezaaa!!! Depois de tantos lábios nos pés das orelhas, e com uma pasta a tira colo,quem iria negar?? Nossaaa que sacrificiooo !!!! Ai ai ai ai ai ....Senhores sejam mais discretos =S >>> Aqui num leva a frase não "TERRA DE NINGUÉM". >>> Pois sim olhos vigilantes com direção certa. #prontofalei

Aristeu disse...

Estão querendo transformar isto em conquista do Novo Modelo. Aproveitadores.

Anônimo disse...

È o oculos 3D de novo em ação...

Thereza Christina Griep disse...

E não é Aristeu, quem tem dado todo o suporte para a Vale é a atual administração.

Anônimo disse...

A TEREZA RESOLVEU APARECER, SERÁ QUE ELA PODE INFORMAR SE O GINÁSIO FICARÁ PRONTO ATÉ DEZEMBRO? FOI O QUE ELA AFIRMOU E REAFIRMOU EM UMA ENTREVISTA PARA A RÁDIO PLANALTO OU SERÁ MAIS UMA INAUGURAÇÃO PARA DEPOIS ADEQUAR A OBRE?

Anônimo disse...

Thereza,

Que tipo de suporte a prefeitura está dando à Vale, além de emprestar o cine teatro para entrevista de pessoal e entrega de curriculum?

Rodolfo Paranhos.

Pablo disse...

Senhora Secretária Thereza Christina Griep, faço minha a indagação do companheiro Rodolfo Paranhos.

"Que tipo de suporte a prefeitura está dando à VALE?"

Essa pergunta é deveras pertinente, uma vez que a própria VALE disse que escolheu a cidade de Araguari por essa já possuir a malha ferroviaria necessária.

Onde entra o Novo Modelo, do Ilibado Sr. Prefeito Marc Rabbit, nessa estória? Se o Novo Modelo está realmente oferecendo TODO O SUPORTE para a vale, como a senhora alega, mostre-nos, através de documentos, quais são esses suportes.

Aliás, não se atenha apenas a este humilde blog, até porque creio eu que todos os 112 mil habitantes, regidos pelo Novo Modelo, tem o direito de acesso a tal informação. Se você parar para analizar, isso contaria até pontos para a "politiquisse" que vocês tanto adoram, vide a 'revitalização das praças'.

Demagogia, aqui, não funciona.

Iconoclasta disse...

O "Novo Modelo" dando suporte a investimento privado?! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Onde?!
Todos os levatamentos, planejamento e a logística foram realizadas pela própria empresa que viu no municipio um potencial nada a ver com a administração daqui. Muito pelo contrário, se dependesse do governo municipal para suas instalações a viabilidade do empreedimento seria nula.

OBS: Como o "Novo Modelo" não consegue e não tem competência para mostrar seus feitos, vive na sombra alheia.

Ianis disse...

UBERLÂNDIA-MG, 29 de setembro de 2011.

Prezados Srs.,

Conheci a Razão Social Mitsui Alimentos em ARAGUARI.

E é de longa data, a espera por um pequeno acesso asfaltado, que jamais foi disponibilizado por nossos (des)Governos.

Deve ser mais um Mito... Sui... generes.

Atenciosamente,
Janis Peters Grants.

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