sábado, 12 de março de 2011

Funcionalismo

Escrito por Sávia de Lima


Como era esperado, um grande número de servidores municipais lotou o plenário da Câmara para pressionar o Legislativo a interceder junto ao Executivo a fim de viabilizar a revisão do Plano de Cargos e Salários do funcionalismo.
Apesar das discussões acaloradas e da insatisfação de parte dos servidores, a pauta da Câmara não foi travada pela falta de um posicionamento do Executivo, mas sim pela ausência de informações a respeito do convênio com o Batalhão Mauá. “O nosso compromisso com os servidores era ouvir o secretário de Administração e, posteriormente, tomar as providências que fossem necessárias para auxiliá-los. Nós entendemos a necessidade dos funcionários, mas também conhecemos a realidade do município. Neste sentido, vamos trabalhar juntos para chegar a um consenso que seja bom para as duas partes”, assegurou Rogerinho.
Ao fazer uso da tribuna, Levi de Almeida Siqueira, secretário de Administração, voltou a falar da situação financeira do município chegando a cogitar a possibilidade de haver uma recomposição salarial em torno de 10%, deixando a revisão do Plano de Cargos e Salários para um segundo momento. “Como não houve nenhum acordo e sim apenas uma exposição por parte do secretário, foi marcada uma reunião para segunda-feira, dia 21, entre os vereadores e uma comissão de funcionários públicos para falar sobre o assunto. A expectativa é de que eles nos apresentem uma pauta de reivindicações e que nós façamos essa ponte entre o Executivo e o funcionalismo. Nosso papel é intermediar e é exatamente isso que estamos fazendo”, concluiu o presidente da Câmara.
Embora tenha sido procurado pela reportagem para falar sobre a sua participação na sessão, Levi Siqueira não foi encontrado. Na secretaria de Administração, a reportagem foi informada de que ele não foi trabalhar na tarde de ontem, dia 11, e que “seria impossível localizá-lo, tendo em vista que o mesmo estava fora da cidade”. Durante toda a tarde, o celular do secretário permaneceu desligado.
O vereador Sebastião Joaquim Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Empregados em Serviços Públicos Municipais (Sintespa), também não foi localizado para comentar a posição de sua categoria. Apesar das inúmeras ligações, ele não atendeu o celular e nem retornou. Por meio de sua assessoria, a reportagem foi informada de que ele estava em uma reunião em Uberlândia.
Ao que tudo indica, a situação do funcionalismo ainda está longe de ser resolvida e a revisão do Plano de Cargos e Salários neste momento é inviável.
Transcrito do Gazeta do Triângulo, edição de 12/03/2011
Pitacos do blog
1º Finalmente, cessou o silêncio da Gazeta do Triângulo sobre a mobilização do funcionalismo municipal.
2º A concessão de 10% não repõe as perdas salariais sofridas pelos funcionários nos últimos anos.
3º O adiamento da discussão da revisão do Plano de Cargos e Salários será realizada quando? No próximo ano, por causa das eleições, os governos sofrem restrições para concessão de aumentos salariais. Assim, dificilmente, ele  (o Plano) poderia ser aprovado em ano eleitoral.
4º Detalhe interessante: o secretário de Administração desapareceu na parte da tarde da sexta-feira. Como o senhor prefeito afirmou que irá cortar o ponto dos servidores que participaram da paralisação, convém perguntar: será que o ponto do senhor secretário também será cortado?
5º Não entendi a conclusão da repórter de que a revisão do Plano de Cargos e Salários, no momento, é inviável. Nada é inviável se houver vontade política de resolver o problema. Digamos, então, que é difícil (pela má vontade e falta de  capacidade de negociar do governo), mas não impossível.

8 comentários:

Unknown disse...

Uma amiga confidenciou que na tarde de sexta-feira, 11 (ainda bem que não era 13) foi a trabalho até a secretaria de Serviços Urbanos e reparou na debandada geral; isto às 16h30min. Menos mal que aqueles ao menos compareceram à repartição; sabe-se lá com que disposição.

Não há modelo, velho nem novo, que resista à falta de compromisso com horário de trabalho e com o interesse público.

Ah, o espírito carnavalesco...

Alessandre Campos disse...

O Gazeta parece que deixou a imparcialidade para segundo plano!!!

ANTONIA disse...

o engraçado é afirmarem que parte do funcionalismo ficou insatisfeita, quando na realidade todos continuam insatisfeitos , visto que mais ou menos 80% do funcinarismo ganha salário minimo e nao terá tal recomposição salarial, ou seja nem um real de aumento e os outros que tiveram uma esmola oferecida também não estão satisfeitos, ou seja, tudo continua ainda pior porque naquel noite de quinta feira nos sentimos ainda mais humilhados, depois de um dia inteiro de trabalho ficamos até as 22:30 na câmara para nada, em tempo digo porque aqueles funcionários que lá estavam por podem ter certeza que em sua grande maioria cumprem seus horários e dias de trabalho. Fomos desrespeitados pelo o executivo e por parte do legislativo a cada dia fico mais e mais triste, quando estava lá naquele dia me senti pedindo esmola por um direito que tenho É MUITO TRISTE TODA ESTA SITUAÇÃO.

Anônimo disse...

Interessante notar que o SR. LEVI Siqueira comentou que o aumento de 10% em esmolásticas parcelas, seria apenas para servidores que ganham cima do minímo. Segundo O Administrador, quem ganha minímo recebe reajuste anual.
Pelas palavras do Pastor Levi, podemos notar que se pudesse, a administração Marcos Coelho, Jubão e Eunice Mendes, pagaria salário minímo para todas as categorias.

Anônimo disse...

atenção funcionários , vamos todos nos entramos na justiça do trabalho para rever nossas perdas no plano de cargos e salarios. conto com vocês

Paulo C. Morais disse...

Depois de semanas a Gazeta resolveu se manifestar... imprensa imparcial é isso aí...

Wellington disse...

Hoje ás 17 horas os representantes das categorias dos servidores irão à câmara municipal tentar negociar e saber da posição dos vereadores. De minha categoria sou o representante, mas adianto que minha posição é entrar na Justiça, pois em 2006 meu salário base não era o minímo. Estamos sendo prejudicados e muito, já que o Secretário de administração irá conceder uma hipotética reposição apenas para quem ganha acima do minímo.
Infelizmente com o Novo Modelo só na justiça!

Dilson Martins disse...

Marcos;

1º - Considero o jornal Gazeta do Triângulo sério e comedido.

2° - 10% de reajuste para TODOS os sevidores além do já corrigido sobre o salário mínimo é sim o começo de uma recomposição!
Claro que deverá continuar pelos próximos anos no mesmo patamar!
Fico feliz com a promessa de que colegas, data venia, poucos, terão 5% de reajuste em maio e 5% em setembro. Nós, resto... É resto, né?!
Observação:
Isso requer PLANEJAMENTO, POSTURA, AÇÃO!

3º - O adiamento da discusão da revisão do Plano de Cargos e Carreiras será ao tempo e modo de nós, servidores.
Explico:
Novas caras, mais vozes e nova dinâmica por parte do sindicato, somado aos que religiosamente comparecem, efetivará resultados rápidos e mo mínimo regulares.
Observação:
Imperioso neste momento a entidade restabelecer o respeito, a confiança e a credibilidade dantes. Ponto de partida para buscar os que nunca filiaram e/OU adentraram em seu recinto.

4º - O secretário apenas executou as ordens do prefeito! Onde ele esteve nestes 26 meses e meio não me parece de maior importância. O saldo deste balanço irá muito em breve para o prefeito (positivo ou negativo). Preocupa em demasia a falta de sintonia, comunicação, desinteresse e desmazelo do governo junto aos servidores e departamentos.
Observação:
Quem não se comunica, se trumbica!

5º - Conheço a jornalista e sei da sua competência, imparcialidade e ética!
Ao dizer ser inviável a revisão do Plano creio que apenas foi retratado as alegações do secretário e é claro, do governo. Isto dentro de um cenário em que o próprio legislativo ainda dorme e sonha que está construindo fatos concretos e positivos para a máquina pública.
Observação:
Quando o nosso Legislativo, esse, que fiscaliza o cumprimento das leis, os atos do Executivo, exigirá o cumprimento de beneficios legais aos servidores da prefeitura? (artigo 102 da Lei Orgânica do Município de Araguari e Lei complementar 041/2006...).

6º - Inviável aos olhos do Governo!(revisão do plano de cargos e salários). Que neste momento perde tempo com intrigas políticas. Fruto da dor de cotovelo ao ver cobranças óbvias antecederem os seus, agora, supostos atos.

7º - A nossa entidade sindical não deve planejar qualquer movimento contando com a caridade ou boa vontade de qualquer seguemento da mídia local e regional! Seja, Tem que estar preparada financeiramente para comprar os espaços e/ou fazer com eficiência ela mesma as comunicações.
Observação:
Nada substitui a presença dos líderes e, esta, quanto mais, melhor!

Observação: Isso requer PLANEJAMENTO, POSTURA, AÇÃO!

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