quarta-feira, 28 de julho de 2010

Onde está a verdade?

Enquanto as eleições não chegam, convém conferir os dados dos candidatos no site do Tribunal Superior Eleitoral (www. tse.jus.br). Isso é importante para conhecermos aqueles que querem procuração para nos representar.
Quem se arriscar nesse tour virtual, irá se surpreender. É que alguns candidatos, ao contrário da grande maioria dos políticos, em vez de se enriquecerem, acabam ficando mais pobres. Isso prova que a política pode ser, para uns, uma carreira quase franciscana...
É o caso, por exemplo, do vereador Luiz Antonio Lopes (Porcão). Nas eleições passadas, ele declarou à Justiça Eleitoral que possuía um patrimônio de R$ 224.840,00. No pleito atual, segundo consta do registro no TSE, ele não possui bens, ou seja, o seu patrimônio é zero.
Cuidado! Esses dados podem ser enganosos. A abrupta queda de patrimônio pode não traduzir a realidade.
Talvez seja mesmo fruto de erro na elaboração da declaração enviada à Justiça Eleitoral. Isso porque, conforme recente reportagem do Correio de Araguari, o candidato Porcão é sócio majoritário da empresa Viveiro Valor Verde, que produz e comercializa milhões de mudas de eucalipto clonado e de mudas de café.
Resta a pergunta: onde está a verdade?
Essas informações podem ser conferidas nos seguintes endereços:
1. dados do registro da candidatura de vereador: http://www.tse.jus.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/gerenciarregistrocandidatura/manterCandidato!mostrarRegistroCandidatura.action?codigoUECandidato=40690&sqCandidato=21736
2. dados do registro da candidatura de deputado federal: http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/jsp/abrirTelaDetalheCandidato.action?sqCand=130000001440&sgUe=MG#
3. reportagem do Correio de Araguari: http://www.correiodearaguari.com/correio/index.php?option=com_content&task=view&id=2621&Itemid=29 

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lei da Ficha Limpa barra mais um candidato em Minas

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais indeferiu o registro do candidato a deputado estadual Antônio Carlos Bouzada, do PC do B. É o segundo caso de candidatura suspensa pela Lei da Ficha Limpa no Estado.
O candidato foi considerado inelegível porque teve seus direitos políticos suspensos. O pedido foi feito pelo Ministério Público Eleitoral.
Junto com o ex-prefeito de Ponte Nova (MG) Ademir Ragazzi, Bouzada foi réu numa ação civil pública, protocolada em 1994, que decretou a suspensão de seus direitos políticos por oito anos. A Lei da Ficha Limpa é aplicável até oito anos após o cumprimento da pena, por isso ele ainda não pode se candidatar.
No início dos anos 1990, Bouzada era sócio de uma empresa contratada pela prefeitura da cidade para o fornecimento de 4.100 sacos de cimento. O pagamento foi feito, mas o cimento não foi entregue, o que gerou a ação.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/773616-lei-da-ficha-limpa-barra-mais-um-candidato-em-minas.shtml

Pitacos do blog:
Notícias como esta devem servir de exemplo para os eleitores e candidatos araguarinos. Aqueles devem aprender que, apesar dos pesares, compensa fiscalizar a Administração Pública e escolher bem os candidatos. Estes devem ser mais corretos no trato da coisa pública sob pena de se tornarem inelegíveis.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Publicidade = Ilegalidade + Desperdício?

Volto ao tema dos gastos com a publicidade oficial. O município vem gastando corretamente os recursos nessa área? Tanto sob o aspecto legal quanto sob o econômico, a resposta, desgraçadamente, é não!!!! Vamos aos fatos.
Como o Município não possui um Diário Oficial, a publicação dos atos de interesse público (leis, extratos de licitações) vem sendo feita em jornais da cidade.
Até o começo do ano, cabia ao Gazeta do Triângulo realizar o serviço, cobrando R$ 10,00 por centímetro coluna. No dia 10/01, por exemplo, foram pagos R$ 10.000,00 a esse jornal por esse serviço.
O processo licitatório para a escolha do novo contratado acabou restando frustrado. As licitantes interessadas foram inabilitadas. O Gazeta por não ser editado no formato standart (55 cm) e o Jornal Contudo por não produzir duas edições semanais.
Assim, optou-se pela contratação sem licitação do Correio de Araguari ao preço de R$ 3,50 por centímetro de coluna, mesmo valor oferecido pelo desclassificado Contudo.
Aparentemente, o Município fez um bom negócio. Apenas, aparentemente... Alguns aspectos dessa história nos chamam a atenção.
Primeiro, por que uma  diferença tão grande entre os preços cobrados pelo Gazeta e o Correio? Esse assunto merece ser investigado por quem de direito (Câmara, Ministério Público e Tribunal de Contas de Minas Gerais). De duas uma, ou o Correio está cobrando preço muito abaixo do de mercado ou o Gazeta superfaturou os seus serviços.
Segundo, por que a licitação previu condições que sabidamente diminuiriam ou eliminariam concorrentes? Na cidade, existem somente dois jornais em formato standart (Correio e Contudo). Os demais (Gazeta e Acontece) são menores (formato  tablóide). Não é juridicamente razoável excluir concorrentes pelos simples fatos de não serem publicados no formato standart (maior que os denominados tablóides, que vêm abocanhando mercado no  mundo inteiro).  Qual o fundamento para essa discriminação?
Terceiro, se a Prefeitura somente tinha interesse na publicação em jornais do formato standart, por que antes contratou o Gazeta, que não é editado nessa formatação?
Quarto, é moral e legalmente aceitável contratar um jornal cujos sócios ou responsáveis editoriais supostamente se envolveram em atos contrários à lei? Com efeito, há no jornal contratado pessoas que foram (ou estão sendo) processadas por  supostos crimes e/ou atos de improbidade administrativa.
Quinto,  é aceitável, sob o prisma ético, a contratação de veículo de imprensa aparentemente subserviente aos interesses dos atuais detentores do poder? Note-se que o Correio foi criado em janeiro de 2009, coincidentemente no início do mandato do atual prefeito, e, desde então, vem fazendo as vezes de veículo de propaganda do governo e de seus integrantes. Basta ler qualquer edição para se chegar a essa conclusão.
Sexto, mostra-se econômica a forma como são publicados os atos no periódico? Neste ponto, verifica-se que o tamanho da fonte e do espaço utilizados são exagerados. A Prefeitura deve acreditar que todos os leitores do jornal tenham problemas de visão. Na verdade, o espaço utilizado para publicar um ato público serve, folgadamente, para publicar  dois ou três, tornando antieconômica a contratação.
Para facilitar a compreensão do que afirmei,  vejam a foto abaixo tirada das publicações oficiais feitas  no Correio de Araguari (à esquerda) e no Correio Braziliense (à direita). Um simples passar de olhos sobre elas nos permite afirmar que a contratação feita pelo município é extremamente onerosa. Poder-se-ia gastar metade do que vem consumido. Em outras palavras, estão jogando dinheiro público no ralo.

sábado, 17 de julho de 2010

Concurso Público Já!!!!

Alguns fatos nos levam a refletir.
Navegando na net, percebi que a cidade de Caeté-MG, terra natal do vice-prefeito de Araguari e candidato a deputado estadual, uma cidade com apenas 40 mil habitantes, irá realizar concurso público para preencher 349 cargos. Isto mesmo! Um cidade bem menor que Araguari irá oferecer aos cidadãos, em condições de igualdade, 349 oportunidades de trabalhar no serviço público.
Pois bem, parece que essa idéia de justiça e igualdade não contaminou o vice-prefeito de Araguari. Aqui, onde ele tem a máquina púbica nas mãos, continua a indecência no serviço público. Os cargos que poderiam ser ocupados por qualquer pessoa disposta a estudar para ocupá-lo por mérito são entregues aos apadrinhados, parentes e amigos do rei. Assim, as árvores da Prefeitura e da Câmara estão cheias de jabutis comissionados. Para dar uma falsa aparência de moralidade, eles até simulam processos seletivos para estagiários e contratados temporários. Tudo para inglês ver...
Pior que isso é ver que ninguém faz nada. A Câmara assiste a tudo bovinamente, como, aliás, vem fazendo desde sempre. O Ministério Público não age de ofício e, quando provocado, prefere fazer ajustes de conduta que jamais serão cumpridos pelo município. E assim a ilegalidade se perpetua. O que fazer então? Pedir ajuda ao bispo ou ao papa?
Quem quiser ser tratado com um pouco mais de igualdade é só seguir o caminho inverso ao trilhado pelo vice. Vá pra Caeté! O edital do concurso e a relação das vagas estão nos seguintes links:
http://www.fumarc.com.br/concursos/detalhe/cargos-para-nivel-elementar-medio-tecnico-e-superior/23
http://www.fumarc.com.br/imgDB/concursos/retificacao_anexo_I_oferta_de_Vagas-20100715-091356.pdf

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vice em Primeiro Lugar

Peraí, não é o que estão pensando... Não se cuida de resultado de pesquisa eleitoral. Trata-se, isto sim, da classificação do campeonato de gastos com celular no âmbito da Prefeitura.
O vice-prefeito ocupa o nada honroso primeiro lugar em gastos com aparelho celular custeados por você, contribuinte araguarino. Segundo informações extraídas do site da Prefeitura (www.araguari.mg.gov.br),  o vice, que também é candidato a deputado estadual, gastou R$ 3.145,68 com o uso do celular nos três primeiros meses do ano. 
Os seus (na verdade, nossos) gastos são muito superiores aos dos demais agentes públicos beneficiados com o uso do aparelhinho pago com recursos públicos. Ele deixou para trás até mesmo o prefeito, que gastou "apenas" R$ 1.825,84 nesse período.
Vale lembrar que essa despesa é apenas com o aparelho celular colocado à disposição da autoridade. Ou seja, não inclui gastos com  telefones fixos ou com os celulares de assessores e secretários, que também podem ter sido utilizados pelo atual líder do campeonato.
Restam algumas perguntinhas básicas:
1) Existe um teto de gastos com celular no âmbito do Poder Executivo?
2) Os gastos realizados são razoáveis? 
3) Essa discrepância de valores é indício de que o vice utilizava a máquina pública para fazer campanha eleitoral fora de época?

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Poder é Midiático

No mês de fevereiro, a Prefeitura gastou somente com a empresa André Franco Produções e Publicidades a "modesta" quantia de R$ 29.964,67, destinados ao pagamento de serviços de publicidade e propaganda.
Para que você, leitor, possa extrair suas próprias conclusões, trago alguns valores gastos em fevereiro na área de saúde pública para comparação:
- litrotripsia (tratamento de cálculos renais) = R$ 11.180,00
- manutenção de equipamentos hospitalares = R$ 9.768,00
- terapia renal substitutiva = R$ 8.863,44
Minha conclusão: os três gastos com saúde acima totalizam R$ 29.811,44, abaixo, portanto, do que foi gasto com publicidade e propaganda pelo Poder Executivo. Em outras palavras, a Prefeitura poderia até duplicar esses importantes serviços de saúde se reduzisse os gastos com propaganda, muitas vezes desnecessária. 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Concurso público para o Hospital Municipal...de Uberlândia

O edital do processo seletivo para contratação de funcionários para o Hospital Municipal de Uberlândia foi publicado nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial do Município. São 499 vagas para os setores administrativo, de enfermagem e do corpo clínico.
As inscrições podem ser feitas na Avenida Alexandre Ribeiro Guimarães, nº5, no bairro Santa Mônica até o dia 23 de julho. Pela internet as inscrições vão até o dia 25 de julho. A taxa de inscrição varia de acordo com o cargo pretendido pelo candidato.
Fonte: www.megaminas.globo.com


Pitacos do blog: Por que o Hospital Municipal de Uberlândia não se tornou um elefante branco? Por que em Uberlândia os serviços de saúde são prestados diretamente pelo município e não por meio da contratação de hospitais e clínicas particulares? Por que em Uberlândia são realizados concursos públicos? Por quê? Por quê?...
E ainda tem político de Araguari que não sabe por que muitos eleitores da cidade votam em candidatos de Uberlândia...

Postagem em destaque

Prefeitura de Araguari: o combate à dengue e a arte de priorizar amizades

Enquanto a epidemia de dengue avança, a Prefeitura de Araguari parece mais empenhada em agradar amigos do que em cuidar da saúde pública. A ...