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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tarja Preta: Promotor admite que esquema pode ter chegado a outros estados

RODRIGOBOLELLI

Promotor avalia que esquema apurado na Operação Tarja Preta pode “ser maior”

O promotor de Justiça Rodrigo Bolleli, responsável pelas investigações da operação Tarja Preta, do Ministério Público Estadual, que apurou fraudes na compra de medicamentos por prefeituras goianas, espera oferecer a denúncia contra os agentes públicos envolvidos o mais rápido possível. Em entrevista ao diretor do Diário de Goiás, Altair Tavares, ele disse estar “avaliando todos os documentos e contratos” apreendidos durante a operação, mas adiantou que o esquema é maior do que o apurado inicialmente.


“A investigação é muito maior e vai ter continuidade. Novos fatos surgiram e acreditamos que há necessidade dessa continuidade”, disse. “Nós notamos que o esquema é muito maior e pode estar presente em outros municípios e até outros estados”, complementa.

Segundo ele, os três prefeitos que já foram soltos, como mostrou o Diário de Goiás, ainda não estão inocentados. “São prefeitos que colaboraram e trouxeram elementos importantes para a investigação”, explicou, reiterando que a prisão temporária é decretada para que não haja prejuízo às investigações.

Ainda de acordo com o promotor, o pedido de afastamento de alguns gestores, feito pelo Ministério Público, se deve ao fato de que eles tem “influência sobre os funcionários públicos” e podem ter acesso a provas.


Transcrito do Diário de Goiás www.diariodegoias.com.br

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tarja Preta Araguari: desabrocham ilegalidades

Foto extraída do site do Ministério Público do Estado de Goiás


A infiltração, na Prefeitura Municipal, de supostos integrantes da organização criminosa que fraudava licitações e contratos no Estado de Goiás só foi possível graças à prática de ilegalidades por agentes públicos do município.

Por que ilegalidades? Os leitores antigos deste blog já sabem. Assim que publicado o resumo do contrato firmado entre o município e o escritório Chayb & Máscimo, fizemos um post questionando possíveis irregularidades. Entre outras, apontamos: terceirização ilegal da atividade-fim do município (os serviços de consultoria e assessoria deveriam ser desempenhados pela Procuradoria-Geral), fuga ao concurso público (existe vaga de procurador não preenchida) e ausência de licitação.

Sabe-se agora que essas ilegalidades eram bem maiores. Por quê? Porque, de acordo com as escutas telefônicas, desde abril, o advogado Tomaz Chayb, sócio do aludido escritório, já prestava serviços INFORMALMENTE ao município. Ainda segundo as escutas, esse fato era de conhecimento de integrantes do alto escalão da Prefeitura. Isso caracteriza, em tese, a prestação de serviços SEM COBERTURA CONTRATUAL. Na Administração Pública, é uma conduta ILEGAL dos gestores que permitiram que ele prestasse serviços nessas condições. 

Em respeito aos fiéis leitores, reproduzimos os trechos das leis violadas:

Lei nº 4.320/1964

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
Lei nº 8.666/1993
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

Com a palavra a Prefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores e o Ministério Público em Araguari.

Clique aqui e leia a transcrição das escutas telefônicas citando o nome da cidade Araguari, bem como de agentes públicos e empresários locais. 
Clique aqui e leia o post sobre a estranha contratação do escritório Chaib & Máscimo pelo município de Araguari.

Clique aqui e leia a primeira notícia sobre a prisão temporária do advogado que prestava serviços à Prefeitura Municipal de Araguari.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tarja Preta: base aliada tenta abafar o caso na Câmara

Neste momento na Câmara, vereadores contrários à abertura da Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) para apurar os indícios de irregularidades na Prefeitura Municipal (Tarja Preta) pressionam a vereadora Eunice Mendes (PMDB) a desistir do pedido de instauração da comissão investigativa. É que a vereadora vem liderando o grupo dos que querem a CLI.
Para tanto, tentam impor a abertura de outra CLI para investigar irregularidades em gastos dos recursos do FUNDEB, supostamente ocorridas no ano de 2012, na gestão Marcos Coelho. A referida vereadora, além de integrar a base de apoio do ex-prefeito, foi secretária de Educação até março daquele ano. 
Vejam o documento subscrito por esses vereadores:




Tarja preta na mídia


A possível participação de agentes públicos da Prefeitura Municipal de Araguari nos fatos relacionados à Operação Tarja Preta começou a ser ventilada apenas em blogs e nas redes sociais. Entretanto, o assunto ganhou corpo e, agora, povoa veículos de comunicação social da cidade e região.
Vejam o que se fala hoje dos fatos ainda em apuração:

Gazeta do Triângulo: Borelli consegue cópia do processo “Tarja Preta” onde Araguari não é citada pelos envolvidos

Correio de Araguari: Leonardo Borelli pediu ao Ministério Público investigação sobre operação Tarja Preta na Prefeitura

Correio de Uberlândia: 

MP apura possível envolvimento de servidores de Araguari em fraude


Portal G1: Prefeito de Araguari é citado em investigação feita pelo MP de Goiás

Cabe a você, leitor, manter-se atualizado e realizar uma análise crítica de tudo quando está sendo publicado pela mídia. Afinal, o assunto é importante e, no fundo, mexe com a qualidade dos serviços públicos e com o suado dinheiro dos seus impostos.
Este blog, como vem fazendo desde maio de 2009, continuará acompanhando os fatos, visando à busca da verdade e, por conseguinte, à preservação do interesse público.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tarja Preta: algumas dúvidas

Operação foi deflagrada na terça-feira
Foto extraída do site do Ministério Público do Estado de Goiás (www.mp.go.gov.br)

Alguns cuidados têm que ser tomados por quem está acompanhando os desdobramentos da Operação Tarja Preta. Vou tentar resumir alguns pontos que, dependendo da fonte, estão causando dúvidas:
1) nem tudo que consta das transcrições é verdade. Nota-se que havia uma verdadeira guerra entre "representantes" de empresas para conseguir vendas nas cidades. Várias contradições são encontradas nas conversas. Além disso, é óbvio, ainda se seguirá um demorado processo até o desfecho do caso;
2) a operação começou no Estado de Goiás. A possível participação de agentes públicos de Araguari foi encontrada por acaso. Logo, como o MP-GO não pode investigar os fatos ocorridos em Araguari, as investigações estão em diferentes estágios. Após o encerramento dessa apuração inicial, o MP-GO deverá encaminhar ao MP-MG os resultados dos trabalhos;
3) se houver indícios de desvios de recursos federais, o que é provável no caso de gastos com saúde pública, o Ministério Público Federal poderá atuar no caso;
4) tem-se afirmado que a suposta quadrilha atuava em fraudes na compra de medicamentos. É verdade. Mas, a atuação ia além. Nas conversas telefônicas, vê-se que possíveis fraudes estavam sendo planejadas ou executadas em licitações para serviços de coleta de lixo, varrição de ruas, obras, aluguéis de veículos, etc.;
5) ao contrário do que parte da imprensa local tenta passar à população, a participação de integrantes da cidade de Araguari , mesmo não estando na cúpula da organização, pode ter sido relevante. Um dos empresários citados tem empresa no município. Um outro afirmou que havia instalado uma distribuidora de medicamentos na cidade. O advogado se instalou dentro do Departamento de Licitações com autorização da Prefeitura. O simples fato de o nome da cidade ter sido citado 119 vezes nas transcrições de conversas telefônicas já indica essa relevância.
Por hoje é só!

Tarja Preta: as investigações continuam


No estado de Goiás, as investigações sobre a atuação da suposta quadrilha que fraudava licitações e contratos para compra de medicamentos continuam no âmbito do Ministério Público (MP-GO). 
Até o momento, cinco prefeitos de cidades goianas já foram afastados do cargo judicialmente. Durante as investigações, 31 pessoas já foram presas. Aproximadamente 1 milhão de reais foi bloqueado em contas dos investigados. Nessas casos, os contratos foram suspensos também por determinação judicial.
De acordo com informações obtidas pelo blog, a renovação da prisão temporária de alguns envolvidos, autorizada pela Justiça, foi necessária para o prosseguimento da busca de provas. O MP-GO ainda não encerrou a sua participação nessa fase. Segundo a Assessoria de Comunicação do MP-MG, o órgão ainda não  foi oficialmente comunicado acerca dos fatos apurados e da citação de nomes de agentes públicos do município de Araguari em conversas telefônicas interceptadas. Em breve,  mais novidades.

domingo, 20 de outubro de 2013

Tarja Preta e o financiamento de campanha

O suposto esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na Operação Tarja Preta teve sua origem no financiamento de campanhas eleitorais. As apurações mostram que as irregularidades começaram em 2012, durante o processo eleitoral. A organização criminosa teria aliciado agentes públicos e candidatos em troca de financiamento de campanha eleitoral. Integrantes da quadrilha condicionavam o apoio financeiro à exclusividade no fornecimento de medicamentos aos municípios. 

A cúpula da organização era composta por empresas sediadas em Goiânia-GO. O Estado foi loteado por elas. Segundo o MPGO, 19 prefeituras participavam do esquema. As transações ilícitas teriam movimentado, somente no Estado de Goias, mais de 15 milhões de reais. Das 37 pessoas presas inicialmente, 11 já foram soltas. 3 prefeitos foram afastados do cargo por decisões do Poder Judiciário.

Ainda segundo a nossa fonte, a organização criminosa contava com um assessor jurídico, o advogado Tomaz Chayb, que foi também contratado pela Prefeitura de Araguari. A cúpula da quadrilha colocava o advogado para assessorar as prefeituras no setor de licitações e contratos. Com isso, os editais de licitação eram direcionados para as empresas que participavam do suposto esquema.

Em Araguari, as investigações estão apenas começando. Entretanto, as ligações entre alguns agentes públicos locais e integrantes da organização criminosa ficaram claras nas escutas telefônicas feitas pelo MPGO. Além disso, a forma de atuação, no município, do suposto assessor jurídico da organização criminosa é muito parecida com a ocorrida em cidades goianas. Em nossa cidade, o advogado também começou a trabalhar informalmente e teve influência na escolha e afastamento de servidores públicos que atuavam no setor de licitações. Além disso, o blog observou que alguns editais de licitação, praticamente padronizados, foram alterados para afastar empresas concorrentes.

Voltaremos ao assunto sempre que novas informações forem surgindo. Este blog faz absoluta questão de que os fatos sejam apurados. A verdade precisa ser restabelecida até mesmo para não manchar indevidamente a reputação de pessoas inocentes indevidamente citadas no escândalo. Os eventuais responsáveis devem ser punidos e afastados da vida pública. O dinheiro eventualmente desviado deve voltar aos cofres públicos.

Clique aqui e leia a transcrição das escutas telefônicas citando o nome da cidade Araguari, bem como de agentes públicos e empresários locais.

Clique aqui e leia o post sobre a estranha contratação do escritório Chayb & Máscimo pelo município de Araguari.

Clique aqui e veja o post sobre a exigência de condições que poderiam afastar empresas da licitação para a construção do Viaduto do São Sebastião.

Clique aqui e veja o post sobre a licitação para contratar serviços de publicidade que possuía exigências que afastavam empresas interessadas.




Postagem em destaque

Enterro da PEC da Blindagem