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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Um tapa na cara do Ministério Público

 




No Correio Oficial de hoje (10/02), a nomeação, com efeitos retroativos, de Wesley Marcos Lucas de Mendonça para o cargo de Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Habitação. O ato é, na melhor das hipóteses, eticamente questionável.

De acordo com o Ministério Público, Wesley Lucas foi flagrado em interceptações telefônicas feitas pelo GAECO combinando compra de votos em favor do então candidato Major Renato. Por esse e outros motivos, o agora nomeado figura entre os réus de uma das ações de investigação judicial eleitoral que pedem a cassação do mandato do prefeito e da vice (leia aqui). Dos autos desse processo consta fotografia mostrando a presença do então vereador no local combinado para o pagamento da compra de votos (foto abaixo). 


Nesse contexto, apesar de se referir ao Ministério Público, o título do post poderia perfeitamente mencionar que esse tapa atingiu, também, a Polícia Civil e os demais órgãos públicos que atuaram na fiscalização das eleições municipais. Da mesma forma, não seria desarrazoado considerar que a maior vítima são os cidadãos araguarinos que ainda lutam por uma política minimamente ética.

Saiba mais...

A Operação "Fura-Fila" visa a apurar a prática de crimes de associação criminosa, corrupção passiva e ativa, bem como peculato eletrônico. Foi deflagrada pelo GAECO-Uberlândia, 1ª e 2ª Promotorias de Araguari, Polícia Civil e Polícia Militar (leia aqui).

Sobre o pedido de cassação da chapa Major Renato e Maria Cecília, clique nos links abaixo:

Ministério Público pede a cassação da chapa Major Renato e Maria Cecília


MP pede cassação do Major Renato por compra de votos


IMEPAC fez disparos em massa via WhatsApp pedindo votos para o Major Renato


Juíza Eleitoral de Araguari já foi assessora de Doorgal Andrada, pai de sócia do IMEPAC


MP diz que desistência de ação por parte de Tubertino não afetará apuração de abuso do poder econômico

Eleições 2020: diálogos interceptados mostram Jubão orientando funcionário de empresa do grupo IMEPAC a obter votos para o Major Renato

Juíza "é acessível para nós..."

Provas obtidas na Fura-Fila turbinaram investigação da prática de abuso do poder econômico e compra de votos

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