Qualquer semelhança não é mera coincidência. A vida imita a arte e vice-versa. Alguns trechos do romance Serras Azuis, do escritor Geraldo França de Lima, confirmam isso.
Em um deles, ao traçar o perfil do coronel Eleodegário, um dos mandatários de Serras Azuis, o imortal escritor araguarino afirmou:
"Eleodegário pula para todos os lados, tem de dividir o bolo com perícia e calma, sobretudo com muito cálculo. Precisa, também, conhecer os pontos fracos de suas ovelhas para dar o xeque-mate na hora exata. Harmonizar pontos de vista contrários, conciliar interesses em choque, contentar um, sem descontentar outro, furar o tumor na hora propícia: eis as qualidades que fazem de Eleodegário o chefe. Por amizade ninguém toma partido: entram na luta, só por interesse, remoto ou próximo. Há cargos que só se distribuem entre parentes: outros entre maiorais, e, outros, comuns."Basta comparar os trechos destacados com a realidade da cidade. Araguari nunca deixou de ser Serras Azuis.
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Coronel Eleomarcário
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