sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Acusados de trabalho escravo doaram R$ 54,5 mil a candidatos em 2010

Milton Júnior
Do Contas Abertas
Combatente declarado do trabalho escravo, o deputado federal reeleito Paulo Piau (PMDB/MG) recebeu ajuda financeira de R$ 1 mil de um fazendeiro acusado pelo Ministério do Trabalho de ser responsável pelo uso de mão-de-obra escrava em Ananás (TO). Outro peemedebista, o empresário e eleito deputado federal pelo estado de Sergipe, Fábio Reis, também foi agraciado com uma doação de R$ 50 mil, neste caso de um fazendeiro incluído na “lista suja da escravidão” em dezembro de 2008 por manter 48 pessoas sob condições consideradas subumanas.
Em março de 2007, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Tocantins libertou oito trabalhadores da Fazenda Guanabara, pertencente a Marco Antônio Andrade Barbosa. “O Marco Antônio é de Uberaba (MG), onde também fica minha base política. Nós temos uma convivência lá por meio do Sindicato Rural de Uberaba e das cooperativas agropecuárias. Então, a nossa ligação chama-se Uberaba. Não tem nada a ver com o Tocantins e, aliás, eu nem tinha conhecimento desse processo de trabalho escravo”, garante Paulo Piau. 


Pitaco do blog
Esta informação nos mostra por que é tão dificil combater práticas ilegais no país. É que, entre os financiadores de campanhas políticas, encontram-se criminosos de toda espécie. Quais interesses defendem os políticos financiados por fazendeiros escravocratas, por fornecedores do governo, por pessoas ligadas a organizações criminosas?

3 comentários:

Aristeu disse...

Trabalho escravo será a última barreira a ser vencida antes que impere o amor.

Unknown disse...

Vem capiau... isplica mió esse negócio pra nóis...

Aristeu disse...

Trabalho escravo e mal remunerado são quase sinônimos. Poucos são os satisfeitos com a respectiva remuneração. Um padeiro, por exemplo, tem uma vida muito escrava, pois mesmo que ganhe bem não tem tempo de gastar. A dona de casa se julga escrava. O assalariado se julga escravo... O justo mesmo é não ter que trabalhar. O duro mesmo é que tem muita gente, mas muita mesmo, que se escravizaria num trabalho insalubre por um mísero prato de comida.

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