Foi realizada no dia 2 de junho uma licitação para contratação de órgão de imprensa para publicação de matérias oficiais. O município pretende utilizar 60.000 centímetros de coluna durante um ano, gastando R$ 210.000,00 no período. Resumindo, estima-se um gasto de R$ 3,50 por centímetro de coluna.
Conforme informações recebidas de pessoas da área, constata-se que, hoje, o valor do centímetro de coluna varia entre R$ 2,50 e R$ 3,00. Assim, de acordo com a estimativa feita (R$ 3,50), o Poder Executivo admite pagar um preço 27% maior que a média de mercado (R$ 2,75).
Poder-se-ia alegar que os preços poderiam sofrer variações no decorrer do prazo contratual (1 ano), fundamentando essa estimativa elevada. Contudo, isso, por si só, não embasa a escolha desse preço estimado (27% acima do preço médio), na medida em que o contrato é de grande porte, justificando uma redução de preços para um grande cliente.
Segundo informações recebidas pelo blog, a única empresa que atendeu aos requisitos do edital foi a Gazeta do Triângulo, que cotou o serviço por R$ 10,00 o centímetro de coluna. O Jornal Contudo, que ofertou um preço de R$ 3,50 - bem mais compatível com o de mercado -, teria sido inabilitado por não ter mais de uma edição semanal. Por causa dessa mesma restrição, outros veículos de imprensa deixaram de participar do certame.
Caso efetivada a contratação nesse patamar (sem a devida negociação e redução de preço), o município terá um considerável prejuízo. O preço é totalmente incompatível com a média de mercado. Nesse caso, os agentes públicos responsáveis pela licitação e eventual contratação devem explicações à população, que, na verdade, é quem irá pagar a conta.
A propósito, merece consideração a informação de que é o Poder Público quem sustenta alguns veículos de imprensa da cidade, justamente com base nos pagamentos dessas publicações. A dependência é tão grande que certo jornal poderia abrir mão da receita oriunda da venda de exemplares em bancas ou a assinantes.
Por essas razões, a licitação e o futuro contrato devem merecer uma atenção especial da população e dos órgãos de controle (Câmara de Vereadores, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais).
Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!
terça-feira, 8 de junho de 2010
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5 comentários:
Com a palavra a Câmara Municipal e os nobres fiscais, representantes do povo...
Esse custo de publicidade é tão parecido com o valor de uma unidade de mini-pão francês de 25g pelo preço de 0,98 (noventa e oito centavos) conforme consta na prestação de conta no site da transparência da prefeitura no mês de janeiro. No mês de fevereiro no mesmo site o preço do kilo do pão foi comprado a R$4,20. Se o mini-pão pesa 25gr são necessários 40 unidades para 1kg (1.000g) ao custo de 0,98 o valor do kilo sairá a R$ 39,20 , sendo que o preço mais caro de mercado é de 6,00 nas padarias da cidade. Como se explica isso?
É fácil: Pra quê multiplicar o pão se o que interessa é a multiplicação do dinheiro? Nem só de pão vive o homem, mas um centímetro de palavra compra um quilo.
É Aristeu o que vale é a multiplicação do dinheiro no bolso de poucos e para o povo: pão e circo Ita ou será "circu ito" do progresso, para não dizer outra coisa em virtude da censura...
O povo neste circo representa os palhaços!
Calma, senhores... a fiscalização será implacável!! Como sempre...
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