sexta-feira, 7 de julho de 2023

Mulher é algemada pelos pés e pelas mãos em maca dentro da Santa Casa


De acordo com o UOL, Roberto Laurents de Sousa, médico da Santa Casa de Araguari-MG, ignorou a lei e denunciou mulher que buscou atendimento após complicações decorrentes de um aborto. O Código Penal e o Código de Ética Médica proibem a revelação de sigilo profissional nesses casos. É esse o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e, no plano internacional, da Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
Apesar disso, após receber a informação dada pelo médico, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deu voz de prisão e ALGEMOU A MULHER PELOS PÉS E PELAS MÃOS NA MACA. 
Segundo a advogada da vítima, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) atuou para proteger o médico e denunciou criminalmente a mulher. O juiz negou o pedido de prisão preventiva da vítima. 
O médico não respondeu ao UOL. A Santa Casa disse em nota que "logo após o atendimento foram acionadas as autoridades pertinentes com o intuito de resguardar outra vida". Infelizmente, a reportagem  não citou os nomes dos policiais e do(a) promotor(a) de Justiça que atuaram no caso.

Leia a reportagem completa clicando aqui.

Observações do Blog:
Os médicos e profissionais de saúde são obrigados a manter sigilo em relação às informações iniciadas de mulheres durante atendimentos em que se suspeita de realização de aborto. A divulgação dessas informações para a polícia ou o Ministério Público é considerada prova ilegal e, na falta de outras provas, pode levar à absolvição no caso de crime de aborto.

Código Penal:
Violação do segredo profissional
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.

Código de Ética Médica:
É vedado ao médico:
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.
Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.

Superior Tribunal de Justiça:
HC 820.577, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, decisão monocrática de 16.06.2023; e HC 783.927, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 6ª Turma, j. 14.03.2023.

Corte Interamericana de Direitos Humanos:
Caso Manuela e outros vs. El Salvador (2021).

sábado, 3 de junho de 2023

É pra acabá com os piqui do Goiás!

 

"Em situação de pires na mão". 

Yara Alves Ferreira e Silva, procuradora do Ministério Público de Goiás reclama do salário de R$ 41,8 mil mensais. Não é caso isolado. Dias atrás, mostramos aqui a procuradora Carla Fleury de Souza, do mesmo órgão, lamentando o "baixo salário" de R$ 37,5 mil mensais.

Pitaco do Blog

Há um movimento de insatisfação por parte de membros do Ministério Público em vários Estados. Eles querem ganhar remuneração parecida com os ainda mais generosos valores pagos pelo (contribuinte do) Estado de Minas Gerais. 

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Rumo ao paraíso: procurador-geral do MPMG pega carona com réu

 


Anote aí o nome do felizardo que ganhou carona para o Caribe no jatinho do empresário Lucas Prado Kallas: Jarbas Soares Júnior, procurador-geral de Justiça de Minas Gerais. Kalas responde em liberdade a cinco ações penais, acusado de fraude em licitações, corrupção ativa e tráfico de influência, além de duas ações cíveis, por improbidade administrativa, todas na Justiça Federal.
Fonte: Revista Piaí (leia aqui).

Pitaco do Blog

Se a gente prestar um pouquinho mais de atenção, irá encontrar promotor usando o cargo para, numa completa inversão de valores, defender políticos criminosos e perseguir cidadãos cujo "crime" maior foi questionar por que determinados procedimentos investigatórios não andam ou são arquivados indevidamente.


Pobre procuradora!



Está se tornando cada vez mais comum membros da muito bem remunerada elite do funcionalismo reclamarem dos salários. Desta feita, Carla Fleury de Souza, procuradora do Ministério Público do Estado de Goiás, alega ser muito baixa a remuneração mensal de R$ 37,5 mil. 

Veja mais sobre o assunto:

https://www.youtube.com/watch?v=neMMCQKii80


Pergunta do dia


Motivo da pergunta: de acordo com a Polícia Civil, o major Renato, atuando como responsável ou proprietário da empresa Nutri Nuts, manteve diversos contatos com uma servidora da Vigilância Sanitária do Município de Araguari para obter um laudo em favor da referida empresa (uma panificadora registrada em nome da mãe do militar). O documento era essencial para que a Nutri Nuts fosse habilitada em licitação e, logo em seguida, contratada pela Prefeitura.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Ministério Público pede cassação do prefeito


 O processo que investiga irregularidades nas eleições municipais de Araguari entrou na fase final em primeira instância. No dia 24, o Ministério Público Eleitoral reiterou o pedido de cassação do prefeito, Renato Carvalho Fernandes (Major Renato), e da vice, Maria Cecília de Araújo. Além disso, pediu a inelegibilidade de ambos e dos seguintes investigados: José Júlio Antunes Lafayette Silveira Martins Rodrigues Pereira (Zé Júlio, reitor do Imepac), Juberson dos Santos Melo (Jubão) e Wesley Marcos Lucas de Mendonça. Pediu, por fim, a aplicação de multa máxima a esses envolvidos e aos investigados Adriano Souza de Oliveira (Adriano do Gazeta), Thereza Christina Griep e Sebastião Alves de Almeida.

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