quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Ainda, os comissionados da Procuradoria


Recebemos denúncias sobre possíveis irregularidades praticadas em um processo judicial que buscava a exoneração (demissão) de todos os comissionados da Procuradoria-Geral do Município. Noticiamos o fato à corregedoria competente. Como a nomeação de comissionados ainda está sendo investigada pelo Ministério Público  de Minas Gerais em um inquérito civil, enviamos também cópia da denúncia ao Conselho Superior do órgão.

Lembrete: quem quiser enviar denúncias sobre quaisquer irregularidades na gestão municipal pode usar o formulário de contato do blog ou o e-mail: marcos@observatoriodearaguari.com.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Justiça condena ex-prefeito e mais quatro envolvidos no "Mensalinho de Caratinga"


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu na Justiça a condenação de um ex-prefeito de Caratinga, no Vale do Rio Doce, e de outras cinco pessoas, sendo um ex-secretário de governo e quatro ex-vereadores, por corrupção ativa ou passiva no caso que ficou conhecido na região como Mensalinho de Caratinga. Os seis receberam penas que variam de sete a oito anos de prisão, mas poderão aguardar em liberdade o julgamento de recursos.
De acordo com as investigações, entre 2009 e 2011, por não ter maioria na Câmara Municipal, o então prefeito de Caratinga e seu secretário de Desenvolvimento Econômico montaram um esquema de pagamento de propina a quatro vereadores do município. Em troca, conseguiam apoio político para aprovar projetos e também evitar a fiscalização de seus atos no Poder Executivo. Gravações conseguidas pela MPMG mostraram, inclusive, imagens dos parlamentares recebendo propina.
Por meio de busca e apreensão e da quebra de sigilo bancário, tudo autorizado pela Justiça, o Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Gepp) e a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Caratinga conseguiram outras provas, como uma agenda de 2010 do ex-secretário com detalhes do esquema e dois comprovantes de depósito em sua conta bancária, um de R$ 100 mil e outro de R$ 13 mil, realizados pelo então prefeito para a compra do apoio dos vereadores.
As investigações apontaram ainda que, em forma de propina, um dos ex-vereadores recebeu R$24 mil, o outro R$40 mil, o terceiro R$27 mil e o quarto R$15 mil. As quantias faziam parte do acordo para que os políticos votassem alinhados com o Poder Executivo. Esses valores eram entregues, na época, aos quatro parlamentares no gabinete do ex-secretário, que filmava tudo. O objetivo seria chantagear e pressionar os quatro vereadores a manterem fidelidade ao governo.
Na época, o relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo de Caratinga era marcado por cobranças mútuas. De 2009 a 2011, o então prefeito foi, inclusive, investigado em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e em comissões processantes. Mesmo nesse cenário de instabilidade, o político se livrou das investigações e aprovou a maioria dos projetos de interesse do Poder Executivo.
Nesse período, mesmo sem maioria na Câmara, o governo conseguiu aprovar projetos importantes, um de Gestão Urbana e outro do Consórcio Intermunicipal. “E como num passe de mágica, os quatro vereadores retiraram suas assinaturas dos pedidos de instalação de comissão parlamentar processante contra o ex-prefeito”, afirmou trecho da denúncia, assinada pelo Gepp e pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Caratinga, que acompanhou o processo.
Um desses políticos, sentenciado a sete anos de reclusão pelo envolvimento no esquema de compra de votos no período entre 2009 e 2011, é, atualmente, vereador do município. Esse fato levou a Justiça a determinar também a perda de seu atual mandato parlamentar. A justificativa foi de que ele ainda representa um risco a Administração Pública, uma vez que já usou, anteriormente, seu cargo público para receber vantagem indevida.
Cabe recurso da decisão

Conselho Superior do MPMG viu irregularidades na Procuradoria do Município


O Conselho Superior do Ministério Publico de Minas Gerais constatou várias irregularidades no preenchimento de cargos da Procuradoria-Geral do Município. Após recusar duas manifestações de promotores locais, aquele colegiado irá analisar se tais falhas foram corrigidas. Os trechos acima, extraídos da decisão tomada pelo Procurador do MPMG Luciano França da Silveira Júnior, referem-se expressamente a essas irregularidades. Entre elas, a burla ao concurso público e destinação de cargos comissionados a pessoas não concursadas (art. 37, II e V, da Constituição Federal).

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Justiça determina que Araguari divulgue lista de funcionários de empresas e ONGs que recebem recursos do município


A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça determinou ao município de Araguari, no Triângulo Mineiro, a publicação da lista com o nome de funcionários de empresas e de Organizações Não Governamentais (ONGs) que recebem permanentemente recursos públicos municipais.
Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Araguari, com a divulgação vai ser possível apurar se essas empresas e ONGs estão contratando apadrinhados políticos, uma vez que os cargos de confiança do Poder Público não seriam suficientes para acomodar a quantidade de indicações políticas.
Para conseguir a divulgação dos nomes, o promotor de Justiça André Melo usou como base a Lei Federal  nº 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. A norma estipula como dever de órgãos e entidades públicas a publicação de informações de interesse coletivo ou geral em meios eletrônicos e informativos.
Segundo a Promotoria de Justiça, além de promover aos cidadãos o acesso às informações de modo que possam acompanhar o que ocorre na administração pública, a intenção com a divulgação da lista é inibir possíveis abusos ou atos de improbidade administrativa de agentes públicos e políticos.

domingo, 2 de setembro de 2018

Vai que cola!


Alguns aderiram ao discurso de que a Prefeitura e o Ministério Público estão sendo perseguidos por cidadãos comuns. Por exemplo, um comissionado da própria Prefeitura acusou uma associação de estar querendo mandar nesses dois órgãos.

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