domingo, 21 de abril de 2013

CGU quer explicações sobre diplomatas que recebem sem trabalhar

Vista aérea do Itamaraty: Ministério do Planejamento condicionou a realização de seleção pública para oficiais de chancelaria à implantação do controle de frequência dos servidores (Monique Renne/CB/D.A Press - 17/4/09)
Vista aérea do Itamaraty: Ministério do Planejamento condicionou a realização de seleção pública para oficiais de chancelaria à implantação do controle de frequência dos servidores (foto capturada no site do Correio Brazilense).
O Correio Braziliense publicou reportagens citando os nomes de 18 diplomatas que recebem sem trabalhar.

A Controladoria-Geral da União (CGU) cobrou do Ministério das Relações Exteriores (MRE) informações detalhadas de todos esses casos. São funcionários que recebem, em média, R$ 20 mil, mas não dão expediente. A Corregedoria-Geral da União irá acompanhar e averiguar tudo o que o departamento próprio de correição do Itamaraty já fez ou fará em relação aos quatro embaixadores, cinco ministros de segunda classe, oito conselheiros e uma primeira-secretária.


Pitaco do Blog
Receber sem trabalhar está se tornando o esporte favorito de um grupo de funcionários públicos privilegiados. Não se trata de algo que só acontece em Brasília. Em todos os lugares, temos exemplos dessa doença.
Cada dia mais, o serviço público vai-se tornando um "bico". Apesar de receberem salários acima da média de mercado, algumas carreiras insistem em não trabalhar ou em reduzir suas jornadas de trabalho. É o caso, por exemplo, de médicos e policiais. Quanto maior o intervalo entre os plantões, mais chances o profissional tem de trabalhar, também, em outro órgão público ou na iniciativa privada. É comum, por exemplo, vermos policiais exercendo segurança de estabelecimentos privados nas horas de folga. Isso gera um problema sentido na pele por todo cidadão brasileiro. Mesmo contratando esses profissionais com frequência, União, Estados e Municípios não conseguem oferecer serviços de saúde e segurança decentes à população.
O caso do Itamaraty é mais grave ainda. Mostra que funcionários do alto escalão do órgão, apesar de muito bem remunerados, simplesmente não compareciam ao trabalho. Isso reflete aquilo que é extremamente comum no serviço público: a falta de  gestão. Alguém deveria fiscalizar o cumprimento da jornada de trabalho por esses servidores públicos, mas preferiu se omitir. Os motivos da omissão são os mais variados, mas muitas vezes possuem raízes na ingerência política. É o famoso "jeitinho brasileiro". Enquanto, isso nós continuamos pagamos a conta. 

Falhas no Posto de Saúde do Amorim

No dia 19/04, a mídia mostrou outra deficiência na saúde pública do município. Reportagem de Anderson Magrão, Linha Dura, da Rede Vitoriosa, ouviu reclamações de duas cidadãs quanto ao mau atendimento no Posto de Saúde do Bairro Amorim.
A primeira entrevistada reclamou do pouco caso da Administração com a saúde pública. Com problemas na vesícula, ela enfrentou a demora na liberação do exame de ultrassonografia. No Pronto Socorro, a orientaram a procurar o Posto de Saúde daquele bairro, mas até o momento não teve o seu problema resolvido.
Outra entrevistada reclamou da ausência de médicos e da falta de estrutura naquela unidade. Segundo ela, o pediatra ora está de férias, ora não comparece ao trabalho. O bebedouro encontra-se sem água. Quando seu filho necessitou, o nebulizador estava estragado.
Clique aqui e veja a reportagem na íntegra.

Saúde pública: grandes filas na Farmácia da Prefeitura

As filas na Farmácia da Prefeitura são intermináveis. É isso que mostrou uma reportagem do Linha Dura, da TV Vitoriosa.
O repórter Anderson Magrão mostrou que pessoas permaneceram mais de cinco horas na fila, aguardando a entrega dos remédios a que têm direito. Para piorar o quadro, de acordo com uma entrevistada, poucos funcionários estavam atendendo e, com a demora, muitos cidadãos desistiram de apanhar os medicamentos. Ainda de acordo com a reportagem, as pessoas estavam aguardando desde o meio-dia, alguns sem almoço. Nem os idosos foram poupados. Tiveram que aguardar em pé na fila.
Veja a reportagem completa clicando aqui

Pitaco do Blog
O mau atendimento da Farmácia da Prefeitura não é uma novidade. Há tempos os usuários reclamam da falta de medicamentos (clique aqui e aqui) e da demora nas filas. Houve caso, inclusive, de distribuição de remédios incorretos ou com prazo de validade vencido (clique aqui).
Contudo, tem-se a impressão de que os problemas se agravaram. Em menos de quinze dias, três pessoas procuraram as emissoras de rádio para reclamar da falta de medicamentos.
Há algo errado na prestação desse serviço. A mudança no comando do governo, pelo visto, não amenizou o problema. Resta saber em quem os governantes irão colocar a culpa desta vez. As desculpas, como sempre, devem ser as mais "esfarrapadas" possíveis.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Shows superfaturados


Nesta semana, foi deflagrada a Operação “Máscara Negra”, que investiga corrupção e desvio de verbas em diversos estados brasileiros. Mais de 150 promotores e 1.300 policiais participaram da ação. Buscas e apreensões aconteceram em municípios dos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Entre as principais irregularidades apuradas, encontram-se as suspeitas de superfaturamento no pagamento de shows musicais por diversas prefeituras.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, um dos locais onde foi realizada a operação, a Prefeitura de Guamaré gastou mais de R$ 6 milhões em festas. Já a de Macau chegou à cifra de R$ 7 milhões entre 2008 e 2012.

As irregularidades na contração de shows e eventos não são propriamente uma novidade no país. Há dois meses, ganhou notoriedade a contratação da cantora Ivete Sangalo para realizar um show na inauguração do Hospital Regional de Sobral, no Ceará. O Estado pagou 650 mil reais pelos serviços da artista. Dias após a inauguração, parte da fachada do hospital simplesmente desabou.

Embora não seja alvo dessa investigação, o município de Araguari também tem gasto dinheiro público com esse tipo de evento. As festividades do Carnaval deste ano, por exemplo, custaram aproximadamente 500 mil reais aos cofres públicos. Suspeitas de irregularidades em contratações e de favorecimento a uma determinada empresa ainda estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. 

Transcrito do jornal Observatório, 12/04.

Maus profissionais na Saúde Pública


Maus profissionais na Saúde Pública
A saúde pública agoniza Brasil afora. Uma das causas desse problema é acumulação ilegal de cargos públicos por médicos e outros profissionais de saúde. Vê-se, com frequência, casos de profissionais que afirmam trabalhar até mais de 80 horas semanais no serviço público (o equivalente a dezesseis horas diárias de segunda a sexta). Como ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, alguns desses maus profissionais costumam faltar ao serviço (plantões, inclusive).

Revolta gradual
Aos poucos, esse assunto vai revoltando parte da população. Reportagens televisas têm contribuído para jogar luz sobre as trevas. Tivemos casos de médicos que fabricaram digitais de silicone para “bater o ponto” no serviço do SAMU. Existem, ainda, casos de profissionais que afirmam dar expediente, no mesmo dia, em cidades separadas por centenas de quilômetros.

Transcrito da coluna Matutando, jornal Observatório, 12/04.

Auditando as contas do Marcão


Auditando as contas do Marcão
O Município de Araguari contratou, sem licitação, por 190 mil reais, uma empresa de consultoria para fazer um diagnóstico do último ano de gestão do governo anterior. Até o momento, não se têm informações sobre o resultado das apurações. Nada foi publicado no Portal da Transparência.

Na contramão da gestão fiscal responsável
Independentemente do resultado da tal auditoria, o Município continuou gastando dinheiro público de forma estranha. A criação de mais de 60 cargos comissionados e o gasto de mais de 500 mil reais com o Carnaval indicam uma falta de preocupação com a boa gestão fiscal. Afinal, se existia uma incerteza quanto à real situação do caixa, por que aumentar os gastos antes de ter um diagnóstico preciso?

Transcrito da coluna Matutando, jornal Observatório, 12/04.

Queimando o filme da cidade


Queimando o filme da cidade
Reportagem da Rede Record mostrou, na terça-feira, para todo o país, os resultados da fiscalização feita em estabelecimentos do município (restaurantes e fábricas artesanais) pela Vigilância Sanitária. Tristes cenas de descaso com a higiene e a saúde pública foram revividas. Não adianta, agora, culpar o Ministério Público. Tampouco a Rede Record é culpada. Os responsáveis estão aí a olhos vistos. São os maus empresários (uma minoria) e os governantes omissos, atuais ou antigos.

Refletindo sobre a queima do filme...
Alguns pontos da reportagem merecem destaque. Primeiro, a fala daqueles que se adequaram às normas e, hoje, estão sendo recompensados com o aumento das vendas. Segundo, as dificuldades que o repórter da Record teve para localizar e entrevistar o Secretário de Saúde, Alfredo Paroneto. Terceiro, a fala do promotor Valter Shigueo Moriyama, que, mesmo não dando nomes aos bois, declarou que governantes estão são coniventes com maus empresários.

Extraído da coluna Matutando, jornal Observatório.

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