segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Araguari: desenvolvimento menor que o de cidades vizinhas

O Índice FIRJAN* de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde. É  apurado, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
Mesmo com um recorte municipal, a FIRJAN afirma ser possível gerar um resultado nacional discriminado por unidades da Federação, graças à divulgação oficial das variáveis componentes do índice por estados e para o país.
De leitura simples, o índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Além disso, sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.
A propósito, fiz uma comparação do IFDM de Araguari (0.7843) com o de algumas cidades da região. O resultado demonstra aquilo que muitos já perceberam. Cidades como Uberlândia (0,8597), Catalão (0.8029) e Patos de Minas (0.8071) estão à frente de Araguari nos quesitos atendimento básico de saúde, ensino fundamental de qualidade e  inserção no mercado formal de trabalho.
Tendo em vista, sobretudo, a proximidade com as vizinhas Uberlândia e Catalão, convém que Araguari crie e implemente políticas públicas de longo prazo destinadas não somente a aumentar o seu índice de desenvolvimento, mas também a aproveitar as oportunidades decorrentes do inegável crescimento desses municípios. Em outras palavras, ser vizinho de uma grande cidade não é um mal em si mesmo. Depende de como se reage diante desse fato. Problemas e oportunidades surgem em igual medida. Basta fazer a escolha certa, administrando a cidade com seriedade e um mínimo de planejamento.
Você pode conferir a pesquisa completa clicando aqui.
* Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rodoavenidas: os problemas continuam.


Em detalhe, buraco na Avenida Mato Grosso "tampado" com restos de construção civil.
O governo afirma que irá recuperar as rodoavenidas (Hugo Dorázio, Mato Grosso e Belchior de Godoi). O caso se arrasta desde o início de 2010. Após celeuma e troca de farpas entre situação e oposição, a Câmara autorizou a contratação de empréstimo junto ao Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais para realizar a obra. Em agosto deste ano, o tal contrato de empréstimo foi assinado. Assim, o município já tem em caixa 5,5 milhões de reais para recuperá-las.
Entretanto, ao que tudo indica (vide foto), os usuários ainda sofrerão com as más condições dessas vias por mais algum tempo. Até o momento, o governo não fixou a data de início das obras. Assim, a situação tende a se agravar nos próximos 3 meses, período chuvoso e com inegável aumento do tráfego nessas vias, muito utilizadas pelos turistas que se dirigem a Caldas Novas durante as férias.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

'Não dê esmola, dê dignidade', campanha orienta em Araguari, MG

PM tenta convencer moradores de rua a voltarem para cidade de origem.



O único albergue do município foi interditado e precisa de reforma.


A campanha "Não dê esmola, dê dignidade", em Araguari, vai orientar a população a não dar esmolas aos moradores de rua. No município do Triângulo Mineiro, uma equipe de assistência social com apoio da Polícia Militar (PM) tenta convencer estas pessoas a voltarem para as cidades de origem.

Três vezes por semana a ronda social percorre pontos que já são conhecidos como abrigo para quem mora na rua, sempre com apoio da Polícia Militar. Das pessoas encontradas na Praça dos Ferroviários, muitas são de outras cidades. Os policiais conferem os documentos para checar de onde eles são. A assistente social faz o convite para que os moradores de rua voltem para casa. "O trabalho é dificil", comentou a assitente social Aparecida Damião.
Para esse trabalho, a prefeitura espera a participação da comunidade. A ideia é incentivar a troca da esmola por uma ajuda para que essas pessoas busquem dignidade. O material da campanha que será distribuído está quase pronto. Segundo a secretária de Trabalho e Ação Social, Virgínia Alcântara, o trabalho deve iniciar em dezembro.
O único albergue da cidade foi interditado e precisa de reforma. Com isso, Araguari não tem onde os moradores de rua possam passar a noite temporariamente. "Pretendemos arrumar um local perto da rodoviária, mas ainda não há data definida", disse a secretária.
Transcrito do Portal G1 - Triângulo Mineiro
Pitaco do Blog
Os governantes sempre encontram saídas geniais para transferir a culpa das mazelas sociais para a população. O caso noticiado é mais um exemplo disso.
A ausência de albergue e a existência de moradores de rua não decorrem de culpa exclusiva da sociedade. No primeiro caso, é responsabilidade única e exclusiva dos governos, em especial do municipal, que, além de não priorizar gastos com assistência social, não realizou a devida manutenção do imóvel onde funcionava o albergue. Resultado: aluguel de outro imóvel (sem licitação) e a realização de despesas com essa campanha. No segundo caso (existência de moradores de rua), há responsabilidade conjunta do estado e da sociedade. As famílias, degradadas, abandonam seus entes "queridos" à própria sorte, e o Estado, omisso, não cumpre a sua função constitucional de prestar assistência social e de reduzir as desigualdades sociais.
O mais impressionante é que a campanha tenta mexer com a solidariedade do povo araguarino (diminui-la, na verdade). Ao sugerir que os cidadãos desconfiem de todo aquele que pede esmolas, o município tenta induzi-los a se afastar do ensinamento cristão de que se deve fazer o bem sem olhar a quem. Se a pessoa tem a convicção de que, dando esmolas, estará fazendo o bem, por que o município se julga no direito de interferir? Não seria mais interessante aplicar melhor os recursos públicos na atividade-fim da assistência social?
Em suma, queremos menos eventos e festinhas bancados com recursos públicos e mais gastos com a dignidade das pessoas que vivem à margem da sociedade.

Brasil ocupa 14° entre países que pagam suborno, diz ONG

Lucas Marchesini
Do Contas Abertas


O Brasil está em 14° no Índice de Pagadores de Suborno de 2011 (tradução livre de Bribe Payers Index), que contou com 28 países e é realizado pela ONG Transparência Internacional (TI). A pontuação brasileira foi de 7.7. O ranking é elaborado a partir de questionários aplicados a mais de 3.000 executivos de empresas de todo o mundo. A nota máxima, 10, quer dizer que, para os entrevistados, as companhias do país nunca se envolveram em pagamento de propina quando estão em negociações no exterior. Tanto a posição quanto a nota brasileira melhoraram em relação ao último índice datado de 2008. Naquela edição, o Brasil ficou em 17° entre 22 países, com 7.4 pontos.
Os países campeões de 2011 foram a Holanda e a Suíça, com 8,8 pontos. Completando o top 5 estão Bélgica (8,7), Alemanha e Japão (8,6). As últimas posições são do México (7), China (6,5) e Rússia, (6,1). A média entre os países avaliados foi de 7,8. A TI ressalta que o resultado geral foi desapontador, pois não houve melhora significativa nos resultados entre 2008 e 2011. A entidade ressalta que o primeiro passo importante na luta contra a corrupção no exterior é o esforço efetivo por parte dos governos dentro de casa. Isso também foi ressaltado na matéria de segunda-feira (31) feita pelo Contas Abertas (veja aqui).
O índice também separa a tendência a se envolver em corrupção por setor de atividade. De acordo com ele, a atividade mais “limpa” é a agricultura e a industria leve com 7,1 pontos. Já no fim da tabela, o setor de construção e contratos com a esfera pública que obteve apenas 5,3 pontos. A situação ruim no ramo não é desconhecida, visto que o segmento repete a posição de 2008. Para a TI, ela se deve a características específicas da atividade. Os contratos geralmente contemplam enormes quantias e os projetos são muitas vezes únicos e, por isso, difíceis de referenciar quanto ao tempo de duração e ao custo do empreendimento.
O estudo da TI também traz algumas recomendações para governos e empresas. Para a esfera pública, a principal medida sugerida é de exigir padrões anti-suborno e corrupção de fornecedores e empreiteiras que participam de licitações públicas. Para o setor privado, é ressaltada a maneira que as companhias também devem agir: códigos de integridade são essenciais, mas não suficientes. Dessa forma, as companhias devem criar medidas efetivas para combater o problema.
Esse ponto é abordado pela lei 8625/2010 que está sob análise de comissão especial na Câmara dos Deputados. A existência de programas como os sugeridos pela TI serviriam como atenuantes para empresas envolvidas em corrupção.
Confira o link do estudo: http://bpi.transparency.org/

Transcrito do site Contas Abertas

Camada suave

Ao que parece, para poder asfaltar mais ruas de pedras, a Prefeitura reduziu demais a espessura da camada de asfalto. Em alguns lugares, as pedras já começam a aparecer. Em outros, como na foto, começa a brotar vegetação em pleno asfalto.

Vegetação brotando na Rua Luis Schinor, recentemente
asfaltada pelo município


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dinheiro público ajuda a pagar jogos de 320 juízes em resorts em PE

BRASÍLIA - Cerca de 320 juízes e seus acompanhantes estão contando com o apoio de empresas estatais para fazer turismo esportivo em Porto de Galinhas (PE). O Banco do Brasil e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, bancaram parte dos Jogos Nacionais da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), uma maratona de provas em resorts à beira-mar, com modalidades que vão do tiro esportivo ao pingue-pongue e ao dominó.
Os Jogos Nacionais da Anamatra começaram no sábado e terminam nesta quarta-feira. A Anamatra admite ter recebido R$ 180 mil em patrocínios, sendo R$ 50 mil do BB e R$ 35 mil da Chesf. A Secretaria de Turismo de Pernambuco também contribuiu com despesas de uma orquestra de frevo. Completam a lista de beneficiadores empresas como Oi e Ambev.
O dinheiro público empregado no evento cumpre a dois propósitos principais, como ressalta o site dos jogos: propiciar "a interação, o convívio, a troca de experiências e o estreitamento dos laços entre todos os que fazem a Justiça do Trabalho", além de promover a saúde da magistratura. É que uma pesquisa da associação apontou altos índices de depressão, obesidade, hipertensão e sedentarismo entre os juízes, decorrentes, segundo a entidade, "da alta carga de trabalho, da pressão por crescente produtividade e da falta de estrutura no ambiente de trabalho".
O presidente da Anamatra, Renato Sant'Anna, lembrou, em referência ao reajuste de salário negado pelo governo ao Judiciário, que as "olimpíadas" são uma chance de unir a categoria num "momento difícil" para a magistratura.
Procurada, a Anamatra alegou que os participantes pagaram taxa de inscrição (R$ 200), além de suas despesas de deslocamento para Porto de Galinhas, hospedagem e alimentação, sem colaboração dos patrocinadores. "As empresas e entidades que apoiaram o evento contribuíram para reduzir os custos com infraestrutura dos jogos, manutenção dos espaços, sinalização e arbitragem das partidas", explicou, em nota.
O Banco do Brasil argumentou que o público-alvo do evento atende a seus interesses mercadológicos, pois os juízes são clientes com bom poder aquisitivo. "Além disso, o banco tem folhas de pagamento, entre outros negócios, com diversos Tribunais Regionais de Trabalho, incluindo o de Pernambuco, que geram rentabilidade muitas vezes superior ao patrocínio a este evento", justificou.
A Secretaria de Turismo de Pernambuco informou que, procurada pela Anamatra, julgou pertinente oferecer a banda de frevo para divulgar a cultura local, já que há no evento juízes de todo o Brasil e eles são turistas em potencial. A Chesf não se pronunciou.
Desde sábado, aproveitando o feriadão enforcado, os juízes disputam 11 modalidades, com direito a medalhas para os campeões. A primeira festa de premiação, comandada por um humorista, foi à beira da piscina do Summerville Resort, um dos quatro que hospedam os atletas, cuja diária mais barata sai a R$ 820. O encerramento seria nesta terça-feira.
Uma das novidades deste ano foi o dominó, que ficou entre as modalidades mais concorridas. Participaram 32 duplas, que jogaram por cinco horas na segunda-feira. Os maranhenses Carlos Castro e Francisco de Andrade Filho levaram o ouro.
Os triunfos são registrados num site criado para o evento. No xadrez, levou a melhor o juiz da 12ª Região Gustavo Menegazzi.
- Foi um ano complicado, pois vim de uma cirurgia no joelho, então, para mim, o título é muito importante - disse Menegazzi ao portal.

Leia mais sobre esse assunto em O Globo

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Comparando...

Vendo as notícias da mídia regional, podemos fazer interessantes comparações entre Araguari e outras cidades. Alheatoriamente, escolhemos as notícias da cidade mineira de Ubá. Vejam.
Em Araguari, o Tribunal de Contas do Estado considerou irregulares as contas de dois prefeitos por terem repassado dinheiro a mais para a Câmara de Vereadores. Já em Ubá: Câmara Municipal de Ubá devolve R 1 milhão aos cofres públicos
Aqui, a Prefeitura não realiza concursos públicos. Prefere se entupir de comissionados e contratados temporários. Lá em Ubá: Abertas inscrições para concurso da Prefeitura de Ubá
No Brejo Alegre, a Prefeitura aumentou de forma ilegal e abusiva o IPTU e outros tributos. Enquanto a questão se arrasta na Justiça, os contribuintes vão sofrendo. Naquela cidade: Prefeitura de Ubá sorteia carro entre os contribuintes em dia com o IPTU na cidade
Isso não quer dizer que Ubá seja o paraíso, e Araguari, o inferno. Todas as cidades têm seus problemas. Entretanto, mostra que é possível tratar o cidadão de forma um pouco mais justa.
Qual a solução? Mudar de Araguari? Não, apesar desses problemas, aqui é o melhor lugar do mundo para se viver. É melhor, então, mudar Araguari. Exigir mais ética e competência dos nossos gestores é o primeiro passo. Avante!

Postagem em destaque

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Uma idosa de 89 anos, em situação de vulnerabilidade, teve sua ação contra a Energisa/SA encerrada sem análise de mérito, após não comparece...