sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A saúde pública e a privada


Foto de um dos banheiros da Secretaria de Saúde de Araguari
(prédio do antigo Hospital Nossa Senhora de Lourdes)
 Pitacos do blog
Na verdade, esse banheiro da Secretaria de Saúde tornou-se um depósito...de lixo. Como banheiro é um local, também, de reflexão e saúde pública é um bom tema para se refletir, convém aproveitar a oportunidade para rememorar alguns fatos.
É sabido que a população araguarina vem sofrendo com a falta de um hospital público. Enquanto o povo sofre com a má prestação dos serviços de saúde , o "Hospital Municipal" continua seguindo sua sina de "elefante branco". Ninguém ainda foi punido e o prédio continua entregue aos fantasmas que nele habitam.
Mas não é só!  Há ainda o prédio do hospital que pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal, que poderia ser melhor utilizado pelo poder público municipal.
Agora, o mais interessante. O município já aluga um outro prédio hospitalar. Trata-se do edifício pertencente ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, hoje ocupado pela Secretaria de Saúde (onde se localiza o dito cujo banheiro).  Segundo o Portal da Transparência, no ano de 2010 foram feitos quatro empenhos de R$ 7.500,00 cada um em favor daquele hospital, totalizando uma despesa de R$ 30 mil anuais, o que corresponde, em princípio*, a um aluguel mensal de R$ 2.500,00  (vide foto abaixo).
Para refletir no banheiro: se a Prefeitura não alugasse esse imóvel hospitalar, será que haveria algum grupo econômico interessado na sua locação?
Em suma, gastamos muito e não temos nada. Pagamos pela construção de um, pela locação de outro e pela manutenção de todos esses prédios hospitalares, mas a população não é servida por nenhum hospital público.
* caso as informações do site não estejam completas, é possível inferir-se que o aluguel mensal seria de R$ 7.500,00 e não de R$ 2.500,00. Como sempre, as informações do Portal são imprecisas. É por isso que outros entes públicos, a exemplo do governo federal, tornam públicas também as notas de empenho, onde consta a descrição dos bens/serviços.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Governo mentiroso


O novo modelo de administração alardeou aos quatro ventos que iria moralizar a administração pública. Pura balela! Os números mostram isso.
Comparando-se as prestações de contas do último ano da gestão Marcos Alvim com o primeiro da gestão Marcos Coelho, o que se vê contraria todas as promessas de campanha.
Quer um exemplo? Enquanto o governo Marcos Alvim gastou, em 2008, R$ 48.744.517,30 (quarenta e oito milhões, setecentos e quarenta e quatro mil, quinhentos e dezessete reais e trinta centavos) em despesa com pessoal, o novo modelo despendeu, em 2009, R$ 58.024.277,63 (cinquenta e oito mil, vinte e quatro mil, duzentos e setenta e sete reais e sessenta e três centavos). Para fins de Lei de Responsabilidade Fiscal, esses gastos aumentaram de 40,31% para 48,16% da Receita Corrente Líquida. Em suma, já no primeiro ano do governo Marcos Coelho, os gastos com pessoal aumentaram em quase 10 milhões de reais, ou seja, 19% de acréscimo em um só ano.
O que justificaria esse aumento? Foram feitos concursos públicos nesse período? Foram nomeados e empossados candidatos já aprovados em concursos anteriores? Concederam um grande aumento salarial aos servidores públicos? Aumentaram consideravelmente o valor do auxílio-alimentação ou de outros benefícios? A qualidade dos serviços público melhorou? A resposta óbvia se impõe: NÃO!
Sabem o que aconteceu? Colocaram mais jabutis nas árvores do que já havia no governo anterior. Em outras palavras, aumentaram o número de servidores sem vínculo efetivo com o município. Mais claro ainda? Houve considerável aumento nos gastos com servidores comissionados. Claro, também aumentaram o número de servidores temporários e de estagiários. Obviamente, em boa parte desses casos, as contratações foram usadas para beneficiar apadrinhados.
Voltaremos ao assunto quando forem disponibilizados os números relativos ao ano de 2010. De qualquer sorte, a perspectiva é sombria. Como foi ano eleitoral, é bem provável que o novo modelo tenha exagerado na dose de gastos com pessoal. Afinal, contratar servidor sem concurso é uma boa forma de arregimentar cabos eleitorais praticamente de graça.
Fonte: as informações constantes deste post foram extraídas do site do TCE/MG: http://www.tce.mg.gov.br/ .

Os Pitaqueiros

Devido ao grande número de palpiteiros na cidade de Araguari a iniciar pelos tidos “analistas políticos”, programas da moda nas mais diversas emissoras da cidade, passando por alguns vereadores, indo até o cidadão comum, aquele mesmo contaminado pelos “analistas do rádio”, ou então, os mais “corajosos”, que atendendo pedido de “alguém”, por amizade e até por dinheiro, escondido atrás de um telefone celular, preparado com ligação confidencial vem aos microfones, na sua grande maioria com nomes e endereços falsos, para dar os seus pitacos.
Os programas políticos, com seus ancoras desinformados e meros usuários da Internet, via de regra, se põem a ler notícias de terceiros, com a finalidade única de criticar, ou seja, “não fui eu quem disse”, porque em assim sendo, fala aquilo que gostaria de falar e não tem “coragem” para dizer, então usa deste expediente às vezes não muito claro, para atingir seus objetivos, com a materialização da máxima, retirar castanha do fogo com a mão do macaco, para não queimar as suas.
Por ser ouvinte assíduo do rádio AM local, já ouvi cada disparate que até os santos duvidam, porque falam do que sabem e do que não sabem, num verdadeiro exercício de futurologia, se esquecendo por completo que os maiores inimigos de quem faz previsão é a ACHOLOGIA (estudo do “acho”), porque sempre acham isto, acham aquilo e aquilo outro, e depois é o uso da bola de cristal, que nem sempre está calibrada e erra mais do que acerta. E, o pior é o fato de quando erram, o que ocorre na grande maioria das vezes, fazem de desentendidos, não fui eu quem disse, tocam a coisa prá frente, deixando na sua esteira, irresponsavelmente somente o estrago, porque lhes faltam a humildade e o discernimento de entender que errou.
Ainda ontem fiquei assustado com a notícia veiculada bombasticamente pelo repórter policial “di qui” da emissora que por sua causa, vai acabar mudando de nome para Rede Mentirosa e, pelo “comentarista político” que não sabe que não sabe de apelido lácteo, quando utilizaram da “mão do macaco” para dizer um punhado de asneira, na tentativa de provocar estragos e depois não ter que se desculpar, ao se referirem de forma pinçada e desinformada a compra de Whisky pela administração.
Segundo os quais, tais fatos, foram retirados de um blog, que de tão ruim mais parece projeto de blog do que qualquer outra coisa, onde o neófito blogueiro, que se diz “Vigilante”, é usado e abusado por duas pessoas sem caráter e desinformados, que o pão com mortadela já está a disposição destes para a mudança, divulga de forma “orientada” e, sem nenhum conhecimento, que o Novo Modelo de Administração adquiriu Whisky e energéticos por um preço absurdo, sem antes verificar o motivo da aquisição de tais itens pelo poder público. A guisa de esclarecimentos, muito embora desnecessário, em virtude da falta de credibilidade da fonte, foi adquirido da mesma empresa, e lançados na mesma nota, mas, levianamente omitido pela publicação, além do Whisky e energéticos, frutas, refrigerantes, pratos descartáveis etc.etc., tudo para atender aos camarins das bandas de músicas que fizeram o carnaval em Araguari de 12 a 16 de fevereiro de 2010, conforme exigência contida nos contratos. É legal ou não é ?
Os vereadores, aqueles tidos de oposição e até alguns da situação, se escondem atrás do pálio de serem representantes do povo..., que falam em nome deste..., ou de que está na defesa dos fracos e oprimidos, falam e fazem um punhado de besteira, ao cúmulo de não sair de programas de rádio, que via de regra, são de cupinchas analistas/repórteres políticos de voz e português horrível sem nenhuma vocação para este fim.
Ser oposição é muito fácil, pois não precisa fazer absolutamente nada, a não ser criticar, em especial quando falam que falam em nome do povo, mas o fato mesmo é que escondem os objetivos maiores que são os de um dia ser executivo, daí o mote de ser opositor, porque quem faz, eventualmente pode errar aqui e acolá, e os que nada fazem, faz muito sim ... OPOSIÇÃO !
Portanto, se tivéssemos uma imprensa séria e profissional de verdade na cidade, determinados “comentaristas políticos” já teriam sido despachados e as empresas que eles trabalham veiculariam desculpas pelas asneiras que disseram. Como não são e ainda duvidam da inteligência de quem os lê, vê e ouve, fica tudo por isso mesmo e quem falou ou escreveu a sandice continua ocupando espaço, ignorando solenemente a necessidade de se explicar ao distinto públio.
Transcrito do Correio de Araguari


Pitaco do neófito blogueiro, usado e abusado por duas pessoas sem caráter (quem seriam?)
Até que enfim alguém do novo modelo de administração vem tentar explicar os gastos públicos. Se bem que o douto Dr. Dejair não é exclusivo do novo modelo. Já integrou vários governos municipais sempre com brilhantismo e por mérito próprio (não confundam com aprovação em concurso público). Apenas para lembrar, fez parte do honestíssimo governo Mãe Preta. Agora, defende com todas as forças o também correto governo Marcão.
As informações trazidas pelo articulista são interessantes. A aquisição de whisky e energéticos foi feita para servir ao camarim das bandas carnavalescas. Particularmente, duvido da legalidade e da moralidade desse tipo de contratação, inclusive da própria realização de festa carnavelesca com recursos públicos e sem licitação. 
Ainda que esses gastos fossem legais e morais, não se justifica a falta de transparência do governo. Em vários momentos, isso ficou patente.  O relatório de compras da Prefeitura, por exemplo, é um simulacro de prestação de contas. Traduz, na verdade, o pensamento quase generalizado no Palácio de que tudo deve ser omitido da população.  Afinal, o desconhecido não pode ser discutido. Nem mesmo por nós, achólogos
Se das informações contidas no Portal da Transparência constassem, por exemplo, o órgão adquirente, o CNPJ dos contratados e a cópia da nota de empenho, talvez estas dúvidas nem tivessem surgido. Aliás, se alguns gestores atuais  e antigos fossem minimamente corretos, este projeto de blog nem existiria.
A propósito, lembro-me de que, por ocasião do Carnaval 2010, alguns vereadores questionaram os gastos com sonorização e iluminação. Foram considerados exorbitantes. Ao que parece, o assunto morreu sem as devidas apurações, o que, infelizmente, é comum em Araguari. Eu mesmo cheguei a pedir cópias desses contratos a alguns vereadores da oposição, mas não obtive êxito.
Ao contrário do que pensam o Dr. Dejair e outros corifeus e prosélitos do novo modelo, a intenção deste neófito blogueiro não é ser subserviente à vontade de nenhum grupo político. Quem pauta a  atuação do blog, na verdade, são os leitores, todos igualmente importantes para mim. Concordando ou não com minhas ideias, eles participam do blog porque este espaço democrático é, por definição, deles mesmos.  Para falar a verdade, a maioria dos leitores eu nem conheço, mas penso que comungamos de um ideal comum: contribuir para a melhoria da cidade. Admiro-os pela coragem de se exporem às mais diversas retaliações e ameaças dos poderosos de ocasião. Tem que ser assim. Não se faz omelete sem quebrar ovos. Quem quer o bem da cidade não pode estar do lado A ou do lado B. Tem que se postar, com o perdão do truísmo, do lado da cidade e dos cidadãos de bem, que ainda são maioria. De que lado estariam o Correio e o Dr. Dejair?
Também, diversamente do afirmado pelo articulista, as minhas opiniões não são fruto de mera achologia. Como cidadão, tenho todo direito de manifestar meu pensamento, sempre procurando respeitar os direitos de terceiros. Não abro mão disso. Na condição de servidor de um Tribunal de Contas, considero ter adquirido alguns conhecimentos que podem ser utilizados, também, no controle social da gestão pública. É assim que venho agindo. Só não faço mais devido às minhas limitações de tempo.
Por fim, Dr. Dejair, estou colocando o blog à disposição da Administração Municipal para divulgação das coisas boas do governo Marcos Coelho (deve existir algo de bom nele, né?). Só faço uma exigência. Quero, em troca, a total transparência da gestão pública. Para começar, que tal o senhor, na condição de Secretário de Fazenda, me franquear o acesso a informações que deveriam ser públicas? Confesso que venho tendo dificuldades para obtê-las (já fiz requerimentos que foram solenemente ignorados pelos nossos gestores).  Afinal, o senhor como grande conhecedor do Direito, sabe que a Constituição Federal faculta aos cidadãos participarem da gestão da coisa pública. Eu sei que a tal democracia, por vezes,  incomoda os poderosos de ocasião, mas ainda não inventaram nada melhor. Sou fã dela e vou continuar cobrando transparência e honestidade deste e de qualquer outro governo. Como o senhor disse, eu sou um blogueiro neófito. Logo, por definição, estou só começando. Vem mais por aí!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Poder "de fogo"

Entre as compras inusitadas feitas pelo novo modelo de administração, uma vai deixar todo mundo de cabeça tonta.
Trata-se da aquisição de 1 (um) litro de whisky Johnnie Walker e de 10 (dez) energéticos (veja foto acima). Valor da farra: R$ 149,80 (cento e quarenta e nove reais e oitenta centavos). Inegável, eles têm bom gosto. Mas a conta, como sempre, fica por nossa conta.
É bom lembrar que nem todo mortal tem direito a esse "deleite", ainda mais bancado pelo dinheiro público. Deve ser por isso que os políticos vivem de "ressaca eleitoral".
Não é que eu seja chato na hora de pagar a conta, mas nessas horas é bem melhor a companhia do Lula. Afinal, segundo dizem, ele se contentaria com garrafa de 51. Sairia bem mais em conta.

"Um olhar sobre a cidade"

A tempestade que caiu na tarde de ontem destruiu grande parte do asfalto na avenida Coronel Theodolino. Os estragos trazem maior dor de cabeça para a administração municipal.
Fonte: Gazeta do Triângulo

Pitaco do blog
Muitas vezes, uma imagem vale mais que mil palavras. É o caso da fotografia publicada pelo Gazeta do Triângulo.
A questão é saber de quem é a culpa pelos estragos da chuva. Seria só de São Pedro?
Acredito que não. Existem aqui na terra outros seres não-santos que são os verdadeiros responsáveis. Afinal, que eu saiba, São Pedro, mesmo tendo negado Cristo três vezes, não é dono de empreiteira.
Os responsáveis são os administradores da cidade, os antigos e os novos. Pelo que se vê em algumas fiscalizações realizadas na Prefeitura, os nossos prefeitos foram extremamente gentis com as empreiteiras. Isso cria uma relação perigosa, afetando a legalidade dos contratos e a qualidade dos serviços. Cito, como exemplo, o fato de o ex-prefeito Marcos Alvim ter sido condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver, juntamente com a construtora Araguaia Minas, valores relativos a generosos reajustes concedidos a essa empresa. Vale ressaltar que esse fato se repetiu outras vezes, conforme demonstrado em relatório de auditoria realizada Controladoria-Geral da União.
Pior: essas mazelas continuam acontecendo. Como as empreiteiras continuam as mesmas, pode-se concluir que as mesmas falhas continuam existindo. Falta apenas constatá-las na prática, o que, infelizmente, só ocorreria se fosse realizada fiscalização no município pela União. Não adianta, nesse caso, colocarmos nossas fichas no controle exercido pela Câmara, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG). A Câmara não tem condições técnicas nem vontade política de fazê-lo, o Ministério Público já está assoberbado e o TCE não tem condições humanas e materiais de fiscalizar todos os municípios.
Vejam também que, mesmo nas fiscalizações de recursos federais, não foi examinada, na maioria dos casos, a qualidade das obras. A única exceção foi no caso do "Hospital Municipal". Deu no que deu.
É isso.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FCA e ANTT intervêm no processo de aprovação do loteamento do Residencial Monte Moriá

Falta de licença ambiental e de obras de infra-estrutura impedem sorteios das casas dos Residenciais Monte Moriá e Madri – FCA e ANTT podem impugnar Monte Moriá por ter sido construído na margem/divisa da ferrovia.Residencial Monte Moriá
 
Os loteamentos dos Residenciais Monte Moriá e Madri ainda não têm aprovação final da Prefeitura, além de estarem sob fiscalização do Ministério Público, através de sua Curadoria de Meio Ambiente. Em ambos ainda não foram totalmente concluídas as implantações de suas respectivas redes de água e esgoto, com definição da destinação final dos esgotos. No entanto, o maior problema que atinge a ambos é o manejo das águas pluviais que se acumularem em suas respectivas áreas, pois não foram implantadas redes de galerias pluviais, com a agravante de não ter sido sequer definida a destinação final das águas pluviais.

O único local onde parece ser viável o deságüe final das águas pluviais de ambos os conjuntos residenciais pertence a proprietário particular, que se recusa a negociar a área conforme os preços de mercado, exigindo pagamento de valor próximo a um milhão de reais, quando parece haver consenso de que a área não vale mais que 30 ou, admitindo-se algum exagero, até 50 mil reais. Sem solução final para as redes de água, esgotos e galerias pluviais, a Prefeitura fica não pode aprovar definitivamente o loteamento, bem como emitir o “habite-se” das respectivas casas, o que impede que seja autorizada a ocupação das mesmas, com a entrega aos mutuários que vierem a ser beneficiados. A Prefeitura está impedida até de realizar os sorteios das casas destes empreendimentos.

Diante do impasse e considerando a natureza social da questão, a Prefeitura decidiu desapropriar a referida área para que possa viabilizar o deságüe das águas pluviais que se acumularem nos Residenciais Monte Moriá e Madri. As construtoras firmaram compromisso de ressarcirem à Prefeitura o valor que for gasto na desapropriação.

Para agravar a situação, surgiu mais um obstáculo à aprovação do loteamento do Residencial Monte Moriá, para seguinte - após realização de obras de infra-estrutura - emissão do “habite-se” de suas casas pela Prefeitura e realização do sorteio das mesmas para definição das famílias que serão beneficiadas: a FCA (Ferrovia Centro Atlântica) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) não foram consultadas sobre a implantação do referido empreendimento, que faz divisa com a Ferrovia EF-045 (Araguari – Celso Bueno).

Foi concedido prazo para as manifestações da FCA e da ANTT, que o CORREIO não conseguiu apurar com exatidão, mas que pode chegar a 90 dias. Não se espera a oposição de problemas graves, mas é certo que têm direito de se manifestarem sobre a questão.

Técnicos ligados à área de financiamentos habitacionais ponderaram que estes problemas são naturais e toleráveis, num Programa igual ao “Minha Casa, Minha Vida”, mormente no caso de localidades como Araguari, que fez esforço especial para angariar grande volume de recursos, tendo-o conseguido à custa de muita celeridade nos processos de financiamentos que montou, incorrendo nestes percalços, que surgem no decorrer da execução dos projetos.

Ontem, 31, foi realizada audiência na Curadoria de Meio Ambiente do Ministério Público da Comarca de Araguari, sendo concedido prazo de 30 dias à Presidente do CODEMA, Sra. Glaucimar Soares da Silva Vieira, para que “apresente parecer conclusivo do órgão acerca de todas as obras que são necessárias para viabilizar o correto direcionamento e disposição das águas pluviais provenientes dos citados empreendimentos, de forma a não causar qualquer degradação ambiental” (trata-se de todos os empreendimentos localizados na microbacia do Córrego Cachoeirinha: Residencial Monte Moriá, Madri e Portal de Fátima). 

Transcrito do Correio de Araguari 

Pitaco do blog
As conclusão aqui é a mesma da postagem anterior: FALTA DE PLANEJAMENTO. 
Como é que se autoriza um empreendimento desses sem as licenças ambientais? Como se constroem casas sem a infraestrutura básica no local? Cadê as redes de esgoto? E as redes pluviais?
Bem, diante da resposta negativa a essas perguntas, nem caberia perguntar se o municipio se preocupou em dotar esses novos núcleos habitacionais dos serviços públicos minimamente essenciais, tais como: postos de saúde, escolas, postos policiais.
Esse tipo de fato retrata um quadro desolador. Em termos ambientais e urbanísticos, Araguari ainda está na década de 70. Aqui, a ausência de tratamento de esgotos e as falhas na drenagem de águas pluviais ainda fazem "sucesso". Bem-vindos ao passado!

Remédio indigesto


A Secretaria de Saúde deve explicações aos cidadãos. Examinando singelamente algumas despesas na área de saúde, constata-se que a gestão daquele órgão pode estar ocasionando prejuízo aos cofres do município.
Trago aqui apenas um exemplo de compras que precisam ser melhor esclarecidas.
No ano de 2010, a Secretaria adquiriu 32 (trinta e duas) caixas do medicamento Nexium 20 mg (7 comprimidos), destinado ao tratamento de problemas gástricos. Gastou R$ 1.743,47 (mil, setecentos e quarenta e três reais e quarenta e sete centavos). O preço médio da caixa saiu, então, a R$ 54,48 (cinquenta e quatro reais e quarenta e oito centavos).
O problema está na grande variação de preços dos produtos adquiridos. Comparando-se os valores, vê-se que o município adquiriu 8 (oito) caixas ao preço unitário de R$ 73,99 (setenta e três reais e noventa e nove centavos) na Drogabilio Ltda. Esse preço unitário é 113,22% mais caro que o das 5 (cinco) caixas adquiridas na empresa Maria de Lourdes Rodrigues e Cia Ltda. a de R$ 34,70 (trinta e quatro reais e setenta centavos) cada.
O mais estranho vem agora. Em curto espaço de tempo, o produto foi adquirido por preços diferentes no mesmo estabelecimento, Drogabilio Ltda. Foram 4 (quatro) caixas a R$ 40,47 (quarenta reais e quarenta e sete centavos) cada e mais 8 (oito) a R$ 73,99 (setenta e três reais e noventa e nove centavos). A diferença aqui foi de 82,82%. Se comprasse pelo menor preço, o município poderia ter adquirido 18 (dezoito) caixas de Nexium em vez de 8 (oito).
Esse pequeno exemplo demonstra, no mínimo, a falta de planejamento na aquisição de medicamentos, onerando-se desnecessariamente os cofres do município. Está mais do que na hora de o novo modelo de administração tomar alguma atitude, a fim de evitar esse tipo de ocorrência. Meios legais e administrativos para isso existem. Basta querer mudar.

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