sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Triste fim...

Está chegando ao final o campeonato brasileiro mais disputado na era dos pontos corridos. Apesar de a competição ter sido acirrada, as duas rodadas finais acabaram decepcionando aqueles que gostam do futebol jogado somente dentro das quatro linhas.
O motivo dessa decepção é simples. Alguns clubes, para não verem os rivais em âmbito estadual serem campeões, resolveram, digamos, amolecer os jogos. Embora não tendo culpa por esse fato, o grande beneficiado foi e será o Flamengo, que já é campeão, como admitiu ontem o jogador Adriano.
A exemplo das indecentes viradas de mesa, esse tipo de comportamento macula a lisura da conquista. Assim, o "corpo mole" de Corinthians e Grêmio junta-se ao champanhe "estourado" pelo Fluminense em uma de suas viradas de mesa.
Esse tipo de atitude só confirma a tese de que, se o futebol brasileiro fosse tão bom fora das quatro linhas quanto o é dentro delas, o Brasil seria praticamente imbatível, como ocorre com o time profissional de basquete dos Estados Unidos.

Curtas

Quantidade e Qualidade
Já são nove os pedidos de impeachment do governador Arruda. No caso, quantidade é qualidade. A política jamais mudará pelas mãos dos políticos. É necessária a atuação dos cidadãos de bem para tirar do poder aqueles que não possuem condições morais de nos representar.

Tentativa de Investigação
Enquanto não começa a correr o processo de impeachment, o deputado distrital Reguffe tenta colher as assinaturas necessárias para processar o governador na Câmara Legislativa do DF. Vale lembrar que esse deputado é o que menos gasta a tal verba indenizatória paga aos deputados, possuindo o menor número de assessores na Câmara.

Vai um atestado médico aí?
Enquanto os corruptos tentam justificar o injustificável, quem tem trabalhado muito na capital federal são os médicos do serviço público. É deles que vem partindo os atestados médicos para fundamentar o afastamento dos envolvidos nos escândalos. Pelo jeito, estes só voltam a trabalhar (se é que algum dia trabalharam...) no próximo ano, quando, esperam, a poeira esteja assentada.

Soluções simples e eficientes
Enquanto isso, em Araguari, nota-se a boa atuação do senhor Miguel de Oliveira. A idéia da rotatória na junção da Batalhão Mauá com a Coronel José Ferreira Alves é excelente. Aliás, é o caso, inclusive, de se pensar na solução conjunta do problema naquela região, uma vez que ainda ficará sem solução o trânsito na saída da Praça dos Ferroviários em direção ao Centro. Parabéns, Secretário! Precisamos de idéias simples e inteligentes, como esta.

E a saúde, como vai?
E o Hospital Municipal?! Já foi inaugurado? Foram apuradas as responsabilidades pelas falhas no projeto e na execução da obra? Em Araguari, a lentidão com que os problemas são resolvidos é de dar inveja às tartarugas...

Mensalão araguarino
Diante dos atos explícitos de corrupção que temos visto na mídia, restam dúvidas sobre como seria o mensalão araguarino. Tenho cá minhas idéias. Embora os pacotes de dinheiro sejam menores, creio que eles circulam entre cuecas e meias de alguns políticos araguarinos. O clima em Araguari é muito propício para isso. Temos esses estranhos contratos de limpeza e varrição de ruas, o contrato de serviços de tecnologia da informação, as verbas indenizatórias da Câmara de Vereadores, os sucessivos contratos firmados com a competentíssima Abril Construções... Quem será o nosso Durval?!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Supresa na Caixa de Pandora

Dúvidas...

Vai começar a revitalização da avenida Joaquim Barbosa. Repasso aos leitores duas dúvidas que me assolam. Primeiro, por que, em vez de cuidar daquela avenida, o município não prioriza a revitalização das esburacadas avenidas Belchior de Godoy, Mato Grosso e Theodoreto Veloso de Carvalho? Segunda, por que só a empresa Abril Construções ganha as licitações em Araguari?

A "Rodovia da Morte" e a Omissão

A BR 050 continua fazendo suas vítimas. Enquanto isso, os políticos continuam com vagas promessas de duplicação. E a sociedade? Bem, esta assiste a tudo pacientemente, apenas chorando as perda de entes queridos nas curvas mal traçadas e perigosas da rodovia.
Este tema é interessante, pois envolve a participação de segmentos sociais no destino da cidade e região. Em vez da omissão, a sociedade deveria participar ativamente de discussões sobre a questão e, mais que isso, exigir a resolução imediata do problema.
Trago um exemplo da importância dessa participação social. Uma rodovia provavelmente menos importante que a nossa 050 será duplicada em breve com a ajuda de empresários. Trata-se da BR 060, que liga Goiânia à cidade de Jataí, no sudoeste goiano.
Restam, assim, alguns questionamentos. Por que será que os empresários de lá têm interesse em custear parte dessa duplicação? Será que eles gostam de jogar dinheiro fora? É óbvio que não! A exemplo do que acontece aqui, a duplicação daquela rodovia trará inúmeros benefícios à economia da região. Por que, então, os fortes empresários uberlandenses, araguarinos e catalanos não se movem?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pizza ou panetone?!

O que dizer do escândalo de Brasília? Embora o Lula duvide, as imagens dos políticos distritais pegos com a mão na massa falam por si mesmas.
Infelizmente, esse caso não é exceção. Ao contrário, é prática corrente na administração pública brasileira o desvio de recursos públicos. O caso dos mensalões federal e mineiro estão aí para comprovar o acerto da tese. Fica a pergunta: quantos bolsos, cuecas e meias estarão, neste momento, recheados com recursos públicos Brasil afora?
Voltando ao caso de Brasília, algumas considerações merecem ser feitas.
A prática atual não difere da que ocorreu nos governos de Cristovam Buarque e de Joaquim Roriz, antecessores de Arruda.
Em menor grau, constatou-se a ocorrência de cobrança de taxas de administração na contratação de cursos promovidos pelo governo do PT com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador. Comenta-se que, à época, esses famosos 10% da taxa de administração eram embolsados pelos políticos petistas. Seria a gênese do mensalão?
Agora, a corrupção grossa e desenfreada começou mesmo foi nos sucessivos governos Roriz, do qual o próprio Arruda foi colaborador. O interessante é que a quadrilha da época tinha entre os seus integrantes o mesmo Durval Barbosa, pivô do escândalo no governo atual.
À época, Roriz editou normas autorizando a cessão dos empregados da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan) para outros órgãos do Distrito Federal. Mesmo esvaziada, a companhia passou, por ordem governamental e sob a batuta de Durval, a centralizar a contratação de serviços de teconologia da informação do Governo local.
Sucederam-se, assim, inúmeros contratos ilegais e danosos aos cofres públicos, conforme atestam as decisões do Tribunal de Contas do DF (www.tc.df.gov.br). Como não tinha quadro de pessoal suficiente, a Codeplan, na grande maioria dos casos, contratou o Instituto Candango de Solidariedade - que, por não ter também quadro de pessoal especializado, subcontratava os serviços justamente com algumas dessas empresas hoje envolvidas no escândalo. Obviamente, havia também a cobrança da chamada taxa de administração.
Em suma, ao final do governo Roriz, o senhor Durval era alvo de diversos processos administrativos e judiciais, visando não somente à sua apenação adminsitrativa, cível e penal, mas também à reparação dos danos pelos seus atos enquanto dirigente da Codeplan. Por alto, pode-se dizer que a ele são imputados débitos de dezenas de milhões de reais.
Mesmo com esses antecedentes, o governo atual resolveu admitir o senhor Durval novamente. Para tanto, criou um novo órgão, a Secretaria Especial de Assuntos Institucionais, para acolhê-lo e, ao que tudo indica, comandar esse esquema ilícito de arrecadação e distribuição de recursos.
Dessa forma e considerando que não existem santos em política, pode-se concluir que a volta do senhor Durval ao governo traduz, apenas, o prosseguimento ou a retomada desse esquema extremamente prejudicial aos cofres públicos. Afinal, seria ingenuidade pensar que as qualidades desse senhor consigam suplantar os seus maus antecedentes, caracterizados por inúmeras condutas que tanto desabonam sua vida pregressa. Desgraçadamente, as imagens auto-explicativas do escândalo disponíveis na mídia demonstram justamente essa intenção de continuar dilapidando o erário.
É essa, em apertada síntese, a história do escândalo da moda.
O importante, diante desse quadro, é refletir sobre as práticas adotadas pelos nossos agentes públicos em qualquer esfera de poder. A grande maioria deles cuida da coisa pública como se fosse própria. Mais que refletir, é momento de agir, começando a desconfiar de todos os políticos, exigindo de eventuais desajustados punição e mudança de postura. Afinal de contas, não podemos permitir que esses episódios recorrentes continuem terminando em pizza ou em panetone.

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